Capítulo 22

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Aurora

Rir foi a única coisa que eu consegui fazer naquele momento. Eu não conseguia encara-lo, como não conseguia parar de rir. As lagrimas escorriam dos meus olhovos e minha barriga já estava começando a doer.

- Você é uma piada bichinha.

- Porque?

- Me amar Miguel? Pelo amor de deus. - Gargalhei - Quantos anos você tem, doze? Acabou de me conhecer e já me ama? Quanto tempo tem que a gente transa, uma mês?

- Quase dois.

- E já é o suficiente pra você me amar? Jura?

- Você não entende. Ele negou com a cabeça.

- Isso é ridículo Miguel! Ta querendo desistir da aposta, é isso?

- Pelo amor de Deus, Aurora. - Parou o carro.- Eu não estou nem ai mais pra essa aposta idiota.

Olhei dentro dos seus olhos e respirei fundo negando com a cabeça.

- Eu quero ir pra minha casa.

- O que qui tem eu gostar de você Aurora, hein? É algum pecado?

- É burrice! Você tem quase trinta anos nas costa e não pode chupar uma buceta que já apaixona? Me poupe. Rolei os olhos.

- Você tem muito mais que um sexo gostoso Aurora! Você é linda, dona de si, natural, atrevida, gostosa. Eu gosto do jeito como você vive sua vida sem se importar com a opinião dos outros, como você é você mesma e não um fantoche da sociedade.

- Eu não sou mulher pra namorar Miguel. Pra se prender em um relacionamento e ser de um homem só.

- Você não quer, é diferente.

- É, realmente, eu não quero! Agora liga essa merda e chega desse assunto.

- Tudo bem.

Ele suspirou e ligou o carro dando a partida do mesmo..

Eu não acredito que ele fez a burrada de se apaixonar por mim, ele tem que estar enganado, confuso, isso não pode ser verdade. Por mais implicante que eu seja com ele, Miguel é uma boa pessoa e não merece gostar de alguém como eu... Quando ele parou o carro na esquina, eu desci do mesmo sem me despedir e sai andando, pude ouvir o mesmo dando a partida e continuei meu caminho.

- Droga!

- Falando sozinha princesa?. Dei um grito ao ouvir a voz do Polegar.

- O que está fazendo por aqui Polegar?

- Apenas dando uma volta. Ele sorriu.- Esta gostosa hein.

- Não enche Polegar.

Rolei os olhos e apertei meus passos, ninguém merece uma hora dessa da noite ter que aguentar esse homem.

- Porque a pressa gatinha? . Segurou em meu braço e puxou, me fazendo recuar.

- Solta!

- E se eu não soltar?

- Acho que vamos ter que retomar uma guerra.

Suspirei ao ouvir a voz do meu irmão. Não que eu tivesse medo do Polegar, porque acho que conseguiria bater nele, mas nunca se sabe o que se passa na cabeça desses bandidos, então e melhor não arriscar.

- O santo protetor AT .

- Larga ela Polegar.

- Qual foi Arthuro, só estava batendo um papo com sua irmãzinha.

AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora