CAPÍTULO 6 - PERIGO A ESPREITA

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Quando saí da floresta fui direto encontrar com minha mãe. Entretanto me movi sorrateiramente para não chamar atenção, já que eu não queria que as pessoas começassem a fazer perguntas.

Estava pensando em como diria para minha mãe sobre o rapaz da floresta. Bem, o que eu diria? Mãe, então eu encontrei um rapaz quase morto na floresta proibida, a qual você me proibiu de ir. Ah! Ele também me pediu para guardar segredo, porque todos que sabem dele acabam em perigo eminente. Interessante não é? Não, não sei se ele é um bandido, assassino ou até um feiticeiro.

É oficial hoje minha mãe me mata (suspiro).

Continuo pensando como dar a notícia a minha mãe quando a encontro conversando com Linda. Dou três respiradas bem fundas para me preparar mentalmente, e me dirijo até eles com as pernas bambas que nem gelatina. Só Deus sabe como vou contar a minha mãe sobre o rapaz.

Esperei elas terminarem de conversar e Linda ir embora para me aproximar dela. Quando me vê me aproximando começa a caminhar ao meu encontro e pergunta com um olhar preocupado.

- Eu a estava procurando, onde você tinha se metido? – e vendo o meu estado exclama – Mas o que aconteceu com você filha?! Por que seu vestido tá todo rasgado?!

- Calma mãe, fale mais baixo – digo preocupada que alguém possa estar nos observando ou ouvindo – Primeiro desculpa te preocupar, mas algo aconteceu e preciso que você fique calma.

- Ok – diz ela sem pestanejar apressada – Mas me conte logo o que aconteceu.

Eu suspiro e começo a detalhar o que aconteceu na floresta num sussurro (acho melhor ser sincera logo de cara):

- Bem, eu estava um pouco entediada na festa depois de dançar com Mike e resolvi dar uma caminhada pela floresta e... – mas não consigo terminar, pois minha mãe me interrompe com um grito.

- Você o que?! Na floresta?!

- Calma mãe – tento acalma-la colocando uma mão em seu ombro – Me deixe terminar.

Ela dá um suspiro pesado e com uma voz mais baixa e tranquila, ela começa a me repreender.

- Como assim você foi à floresta? Eu já não disse para você nunca, jamais, ir lar sem alguém te acompanhando?

- Mãe, por favor, me deixe terminar. Preciso de sua ajuda e rápido – percebendo a urgência na minha voz minha mãe se cala e escuta com muita atenção – Bem, continuando, eu estava andando pela floresta quando ouvi um som agonizante, como se uma animal estivesse ferido. Foi à procura da origem do som, quando achei um rapaz ferido por uma flecha. E sim já sei, nem precisa dizer que podia ter sido um feiticeiro ou assassino ou ladrão – digo dando um suspiro pesado e com uma palma levanta para cima impedindo que ela me interrompesse – Mas não era, o meu instinto diz que podemos confiar nele. O rapaz estava realmente ferido. A flecha chegou muito perto do coração e precisa de ajuda rápido.

- Então filha o que você está fazendo aqui? Por que não foi logo a procura do curandeiro da vila? – diz ela preocupada e estressada.

- Essa é a questão mãe, ele me implorou para que não dissesse a ninguém que ele estava aqui. Disse que é perigoso – falo a ultima parte num sussurro.

- Oh Deus! Perigoso – sussurra ela com a mão no coração – Mas como assim perigoso? Ele é um ladrão ou algo assim?

- Como disse eu não sei mãe, mas ele precisa de ajuda rápido. E sei que pode parecer loucura, porém eu não creio que ele seja alguém perigoso. Mãe eu te imploro, por favor, ele precisa urgentemente de ajuda. Precisamos ajuda-lo – comento com um fio de voz.

Anabelle e a Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora