E a pedido de(a) meu(a) leitor(a) ChapeuDePalha um capítulo novo ;)
****************************************************************************
Três dias depois...
Ainda não podia acreditar que já se faziam três dias desde que encontramos Alan ferido, quase que fatalmente, na floresta. Isso fica ainda mais impossível de acreditar com ele andando por ai como o dono do mundo, como se nada tivesse acontecido.
A cada dia Alan fica cada vez mais forte, acho que com mais uns três a quatro dias vai estar em plena forma de novo. Às vezes fico até imaginando se ele é realmente humano, porque o Senhor sabe que sua reabilitação e cura estão sendo mais do que rápidas, podemos até dizer super-rápida (notem a ênfase no super). Chega a ser quase sobre-humano.
Nesses três dias parece que entramos em outro mundo. Sabe, um tipo mundo paralelo, outra realidade. Parece que Alan sempre viveu aqui, minha mãe o adora e meus irmãos o idolatram. Eles passam cada vez mais e mais tempo com ele, brincando ou conversando.
Chego até ter ciúmes, os meus irmãos nesses três dias me abandonaram. Só se lembram de mim quando estão com fome (suspiro). Acho que estão extremamente animados com um homem em casa, já que papai morreu quando John e Willian ainda eram novinhos, e mamãe ainda não tinha adotado Julian. Acho que é essa coisa de "papo de homem" ou era "tempo de homem"? Bem, tanto faz. A questão é: estou sendo jogada para o lado (mais suspiro).
Agora em relação a mim, Alan é... Como posso descrever... Arrogante e ao mesmo tempo gentil? Não, isso não descreve muito bem... Humm... Superprotetor e irritante? Não, isso também não o descreve muito bem. Humm... Como posso dizer isso... Ah já sei, ele é como se fosse um irmão mais velho, você sabe aquele que te irrita até a morte, mas no fundo é gentil e carinhoso. E no caso dele podemos dizer também que tem uma baita de complexo de irmã, ou seja, superprotetor também. Ah, e não vamos esquecer o apelido fofo, mas idiota que ele me deu: Anjo.
Ok, vamos esquecer-nos de todo esse blábláblá e nos concentrar no agora. Bem, nesse exato momento estou mais do que entediada, estou entediada até a morta. Meus irmãos lindos, mais comumente conhecidos como Os Pestinhas, estão como sempre grudados no Alan, como se fossem carrapatos, e eu estou sem nada pra fazer além de ver o tempo passar.
Os estou observando jogar um jogo que realmente não entendo, mas de acordo com eles "meninas não podem jogar". Até parece que não, se eles me explicassem como se joga o bendito jogo eu conseguiria sem duvidas jogar ou até ser bem melhor que eles, reflito irritada.
Fico os observando passar a bola com o pé pra lá e pra cá por mais alguns minutos tentando entender o bendito jogo, mas acabo desistindo e decido ir falar com Aslan. Ele é o único que não me abandou pelo Alan, acho até que ele não gosta dele.
Já faz um bom tempo que não falo com ele, precisamos passar um momento de qualidade juntos. Assim que me dirijo para o celeiro.
Quando chego lá, a égua da minha mãe, Lily me cumprimenta com um relincho suave.
- Oi Lily – digo acariciando seu pescoço e focinho – Como você está, minha linda?
Como se ela tivesse dito que está bem, ela faz um som do seu relincho suave e movimenta a sua cabeça para cima e para baixo.
- Oh, que bom... – digo, mas sou interrompida por um bater na porta e um relincho forte e estressado da bainha ao lado. Aslan, suspiro.
- Mas que falta de educação Aslan – o repreendo – Não vê que estou conversando com Lily?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Anabelle e a Princesa Perdida
RomanceA princesa perdida é o primeiro livro da saga Anabelle. Anabelle sempre pensou que era uma garota normal, um pouco pobre de mais, mas com muito amor em sua vida vivendo com sua mãe adotiva e seus adoráveis irmãos. Porém tudo muda quando, em um bosqu...