CAPÍTULO 7 - UMA LONGA CONVERSA

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Demoramos mais do que o esperado para chegar a casa. Quando chegamos já era quase de manhãzinha. O sol ainda não tinha saído, mas os primeiros tons do amanhecer já estavam tomando conta do céu.

Direcionei Aslan para a porta da frente de casa, com a ajuda da minha mãe retiramos o homem do bagageiro da carroça.

Nós nos esforçando muito, mas conseguimos leva-lo até o meu quarto. O colocamos em cima da cama e saímos de fininho o deixando dormindo na cama.

Ao sairmos minha mãe foi até o quarto dos meninos para checa-los. Enquanto eu fui até Aslan para tira-lo da carroça e leva-lo para sua bainha, antes de ir dormir um pouco.

Demorei uns dez minutos para conseguir tirar a carroça de Aslan e coloca-lo em sua bainha.

- Boa noite Aslan. Ops, acho que agora seria bom dia, mas você entendeu – digo fazendo carinho nele.

Aslan como agradecimento roça o seu focinho no meu pescoço e relincha. Sério às vezes parece um gatinho, com esse relincho que parece um ronronar.

Saio do celeiro e volto para casa, imaginando minha cama confortável e meu cobertor. Humm... que delícia.

Estou subindo as escadas, como uma tortura todos os meus músculos estão doendo e mal tenho forças para levantar o pé, quando me lembro de que meu quarto estava sendo usado. Bem, agora aonde vou dormir?

Pensando rápido, dirijo-me para o quarto dos meninos e vejo que mamãe está dormindo ao lado de Willian e Julian na cama de casal. Já John está dormindo na cama de solteiro, mas ocupando todo o colchão.

- Não durmo nem louca ao lado de John – sussurro para mim mesma – porque da ultima vez acordei com ele me dando socos na cabeça, achando que estava lutando contra monstros.

Sério acho que naquele dia fiquei com uma baita de uma dor de cabeça o dia todo, além também de um galo.

Saio do quarto dos meus irmãos e vou em direção ao único lugar que eu poderia dormir confortavelmente, sem ser o celeiro.

Na porta do meu quarto, observo com cuidado o nosso convidado inconsciente e declaro que sem dúvida alguma ele é inofensivo, por enquanto.

Deito-me do outro lado da cama, puxo os lenções para nos cobrir e vou dormir. Caio no sono logo em seguida, já que hoje posso declarar com certeza que foi um longo dia.

Na manhã seguinte, acordo de cara com um par de olhos da cor mel meio acinzentada me encarando. Nossa a cor dos olhos tem um padrão tão diferente, mel na borda mais extrema e um azul meio acinzentado ao lado da pupila. Fico observando fascinada, até que um raio de inteligente finalmente me atinge, assustada grito que nem lunática e pulo da cama, caindo e batendo a cabeça com força no chão.

- Isso deve ter doido – diz uma voz masculina desconhecida – até te ajudaria, mas estou meio que indisponível no momento.

- Hã... É... Bem... Obrigada – gaguejo para ele – eu me assustei – digo quem uma anta.

- Sim, eu percebi – responde ele com uma risada fraca.

Oh! Mas como sou inteligente, não tinha coisa melhor para dizer não? Tenho certeza que agora estou parecendo um tomate de tanta vergonha.

- Humm... Bem... Eu meio... Que não tinha outro lugar para dormir, assim que precisei dormir ao seu lado – tento explicar envergonhada.

Anabelle e a Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora