Capítulo 23 - Silêncio

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Oi! Bem, gostaria de me desculpar. Eu não dei nenhum presentinho de Natal... mas desejo um feliz 2016! Me perdoem pela demora, estava com um bloqueio criativo total. Espero que gostem do capítulo. Boa leitura!

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Faço um gesto com o dedo indicador, com objetivo de que Evelyn fique em silêncio. Espero que ela fique, caso contrário nosso plano irá falhar miseravelmente.

- Não se esqueça, precisamos ficar em silêncio.

- Você já disse isso doze vezes - ela retruca.

Estamos vestidas com roupas pretas, que no escuro quase somem. Mas meu cabelo não facilita. O problema é que não temos máscaras e sem máscaras não consigo cobrir a massa vermelha de minha cabeça, mas no momento um coque terá de servir.

- Até que preto fica bem em mim - observa - Não acha? - Evelyn pergunta, esperando minha confirmação.

Hoje em dia não é difícil encontrar a casa de alguém. A internet normalmente faz tudo por nós. Agora estamos saindo do automóvel. Encosto levemente a porta do carro. Escuto um estrondo e pulo assustada.

- Você não acha que poderia ser um pouco mais discreta? Assim vai chamar atenção! - grito sussurrando para Ev, que bateu a porta do carro.

- Claro! Como se a cor de seu fusca já não fosse o bastante! - ela revida.

- Pelo menos eu estacionei o carro longe da casa, assim não tem como eles saberem que somos nós. Diferente do que você pensa, eles nos reconheceriam caso vissem um fusca amarelo do lado de fora.

- Tecnicamente, eles só identificariam você, já que o carro é seu...

Olho fulminante em sua direção.

- E para a sua informação. Você não precisava estacionar a quatro quarteirões de distância! Meus pés estão me matando! - ela para e massageia um pé, se apoiando no muro ao seu lado.

- Eu disse que não tinha necessidade de saltos em uma situação dessas.

- Mas saltos são mais bonitos! - ela reclama.

- Mas agora, nosso objetivo é que ninguém nos veja!

Faltam somente dois quarteirões agora. Andamos à passos rápidos em direção à casa de um azul claro. Dona de segredos, pelo menos eu espero.

Combinamos que sairíamos antes das 4:30 da casa, para que possamos nos arrumar e ir para a escola. Temos 3h para encontrarmos algo. Está tudo cuidadosamente planejado. Um erro pode colocar todo o plano por água abaixo.

Steward não quis me contar seus segredos? Ótimo. Então descobrirei eu mesma. Sinceramente não quero fazer isso, mas ele não me deixa escolha. Ainda agora, que sinto como se ele estivesse se afastando. Estivesse perdido. Distante.

A minha maior dúvida é: ele não confia em mim o bastante para contar o que o aflige? Mas então eu penso, talvez ele esconda de mim não por que o aflige, mas por que pode afligir à mim.

Meus pensamentos são interrompidos por Ev, segurando meu pulso.

- Já pode parar de andar, queridinha. Chegamos - diz, virando meu rosto em direção à belíssima casa.

Observo cada detalhe. A cor da parede é tão nítida quanto a Lua cheia que preenche o céu noturno. A porta de madeira polida está devidamente bem cuidada. Na verdade tudo está bem cuidado. Como se cada coisa estivesse em seu devido lugar. A perfeição da casa me encanta.

Somente duas das janelas parecem estar acesas. Sendo elas do andar superior. Como será o andar superior da casa de Steward? Estive somente no quarto dele, porém nada além disso.

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