A Nova Escolhida

Capítulo 25 - Condição

Oi de novo!! Para recompensar minha demora decidi publicar esse capítulo o mais rápido possível. Amo vocês e até a próxima! Boa leitura!! 😘

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Lentamente e ainda instável, desço dois degraus. Mas então paro. Isso não é necessário, é claro que por dentro estou machucada, destroçada e não sinto mais as batidas de meu coração, mas preciso me recompor.

Eu não sei por que me envolvo, sei como termina. Eu conheço alguém, começo a sentir algo, passo por fortes emoções e então... tudo o que passei destroça-me, estilhaça-me, como o vidro frágil que sou. Tento me fazer de forte, mas não sou. E odeio admitir isso, mas não suporto o que acontece comigo. Todas as emoções ficam presas dentro de mim. Elas me sufocam.

Mas não consigo despejar tudo para fora de mim. Tudo fica aqui. Me atormentando, me sufocando, me matando aos poucos. Da mesma maneira que não posso atirar o que sinto em outra pessoa. São os meus problemas. É a minha vida, não posso simplesmente jogar uma bomba em alguém.

Respiro fundo, esfrego os olhos e desço a escada por completo. Dylan está me esperando na porta, sua atitude não me surpreende, ele já imaginava como eu iria descer de lá.

- Adeus Dylan. - digo desolada, já passando pela porta.

- Nem um abraço de adeus? - fala sorrindo com os braços abertos. Eu preciso de um abraço, mas se ganhar um vou desabar.

- Me desculpe - e continuo andando, mas ele me puxa pela cintura e me abraça. - Não Dylan, eu vou... - recuso e tento me soltar.

- Acalme-se May, não fique assim. - diz passando a mão por meus cabelos - ele realmente ficaria com você aqui, se pudesse. - as lágrimas intrometidas caem sem controle.

- Mas por quê? - fungo - por que vocês precisam ir? Por que não posso ir junto?

- Nós vamos para muito longe, mas ele te ama. Não chore May, não consigo te ver assim.

- Eu não vou conseguir Dylan. Não posso suportar - Encosto minha cabeça em seu peito.

- É claro que consegue, você é forte May. - ele pega meu queixo colocando meu rosto de frente com o meu. - Eu sei que é.

- Eu não sou e não tem como não sofrer, ou sorrir. - olho em seus olhos - Ele acabou de me deixar. Para sempre. Bem agora que descobri que tenho uma irmã e que meu pai matou minha mãe. Ele me deixa agora. Dylan, você não faz ideia... - derramo e só percebo após acabar - me desculpe Dylan, eu não deveria...

- Como se sente com tudo isso? - pergunta massageando meu cabelo.

- Aflita, magoada, mas aborrecida e inquieta - eu hesito - traída. - engulo em seco - mas já amo minha irmã e estou muito feliz por tê-la encontrado.

- Então você tem uma irmã? - ele está interessando. Interessado demais.

-Tenho e ela é maravilhosa. - digo orgulhosa.

- Mas e Joey? - ele solta-me do abraço.

- Esse é o problema. Ele sabia, mentiu e não é meu irmão. Alguém, que ele se recusa a dizer, o pegou ainda quando bebê. Sua família era pobre e não tinha dinheiro nem possibilidade de acolhe-lo, assim o alguém o pegou para concluir o plano.

- Que plano? - pergunta curioso, os olhos intensamente atentos.

- Não faço ideia. - seco as lágrimas. Sinto olhos em mim. Olhos que sei de quem são, mas me recuso à olhá-lo. Abraço Dylan novamente. - ele está aqui. Adeus Dylan.

- Espere! Conte mais. - diz segurando-me antes que possa me soltar.

- Desculpe Dylan, preciso mesmo ir. Steward está aqui, não quero que ele me veja assim.