Golpe Baixo

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POV.: Kate Stevenson

A escola inteira estava lá. Minha boca caiu e eu engoli em seco, a energia minguando quase que completamente. Cada aluno da escola estava nas arquibancadas, sacudindo bandeiras verdes e prata ou azul e prata, gritando nomes, apostas, gritos de guerra, quase identifiquei uma musiqueta por trás. Era como um sonho. Procurei Sev na multidão, meu coração pesando. Ele estava ao lado de Minerva, olhos em mim. Me acalmei imediatamente. Com ele ali. Nada nos aconteceria.

– Deus do céu! – Vlad parou ao meu lado, olhando tudo, boquiaberto. Duran riu dele, parecendo menos idiota. Mas continuava sendo, ser grosseiro com os outro só por medo de ser julgado por falta de dinheiro... Babaca!

– Olha o Satanás! – ele riu, mal percebendo que eu estava olhando para Neville do outro lado de Minerva, tão branco que parecia reluzir ao sol brando – Já ele, tá vendo?! Me ama! Não consegue me deixar em paz. Rimos.

Duran parou do meu lado e se abaixou para sussurrar em meu ouvido.

– Temos convidados.

Ergui os olhos para onde ele olhava. Atrás de Severus estava Quim, Harry e Jorge. Os três riam-se, observando tudo. Neville olhou os três sua expressão voltando ao que foi quando avistamos a campina com as suculentas da lua. Parecia tão humano, desejei poder deixa-lo assim sempre.

Não é hora de pensar nisso, Katherina!

Logo estávamos no ar e meu coração voltou a bater forte. Mal ouvi as recomendações do juiz, apenas o apito e subi o mais alto possível, ficando em cima de nossas balizas. Osni me sorriu, nervoso. Sorri de volta e me voltei para o jogo.

Percebi que Duran avançava com toda a velocidade pra longe de nós, goles embaixo de braço, um dos meus olhos estava no campo, fazendo meu trabalho, o outro olho estava percebendo o jogo. Duran quase chega às balizas com a bola, chegaria e marcaria sem duvidas, porque o goleiro deles estava de olho em Ayso.

Teria se não fosse por Bi. Eu mal vi minha irmã chegando, era um risco prateado no meio do jogo, desviou dos dois balaços, despistou Stella, e avançou por cima de Duran, tão rápida que eu mal via os cabelos ruivos.

– Vai ultrapassar e bater – comentou Osni, assombrado, olhei, ela estava realmente muito rápida, não conseguiria intercepta-lo sem derrubar os dois. Avancei com a vassoura, meus olhos voando para os corvinos, mas não havia preocupação neles – Deus, ela vai fazer.

Voltei os olhos, arfando. Sim, ela ia fazer. A velocidade diminuiu um pouco, o bastante apenas para eu ver minha irmã virando de cabeça para baixo na vassoura, segura apenas pelas pernas, o rabo de cavalo balançando, e roubando a goles dos braços de Duran, que mal notou sua aproximação. As arquibancadas se ergueram, Sev pareceu mais branco, Neville sorriu e Minerva ergueu as sobrancelhas.

Bi se balançou jogando a bola para o outro artilheiro, e Duran nem teve tempo de fazer nada, apenas xingar alto o bastante para Osni e eu rimos. Ayso Derrubou a goles em Karina com um balaço e quase derrubou o artilheiro, sendo aplaudido e ovacionado.

Duran começou a apontar para o campo, olhando para mim, incisivo, neguei a cabeça, maluquinho o coitado. Subi mais avistando um ou dois vislumbres dourados, reflexos, avancei duas ou três vezes para o chão, quase fazendo o outro apanhador bater com as fuças no chão, mas nenhum de nós pegou o pombo, nem vimos o objeto com um pouco de clareza. Voltei para cima.

130x125 para a Corvinal, precisávamos daquele maldito pombo. Eu não podia perder. De jeito nenhum. Isso não era coisa de sonserina.

– Ei, apanhadora! –olhei, o outro apanhador, acho que seu nome e Dexter, ou algo assim, estava ao meu lado, uns três metros longe, em seu rosto um óculos de aviador brilhava ameaçadoramente – Tenho um recado para você! – o olhei por um segundo, sem entender, então me voltei para um Matthew (esse nome combinava com ele), ele deu de ombros, rindo – É muito importante!

Herdeiros  E O  Filho Do LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora