Bromelia feliz

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Sev concordou comigo em não odiar Neville, mesmo que eu ainda ache que na verdade ele queria executar Neville na calada da noite, Beatrice não falara mais nada sobre desconfiar de Neville, senti que ela mao gostava muito dele, mas ainda sim parecia se lembrar de quem era era.

Coloco o jarro na mesinha e me sento em minha cadeira já cativa ao lado do professor se Herbologia. Percebo que seu rosto já voltou ao normal, ate a barba estava feita, gosto de como seu rosto amadureceu, Hermine me mostrara umas fotos dele quando estudavam em Hogwarts. Era gordinho e fofo, sorriso doce. Gostei de acreditar que vou ver mais seu sorriso depois que a poção tinha-se ido.

Suas sobrancelhas se contraem, inspira fundo e lambe os lábios, acordando. Os olhos castanhos primeiro no teto, esta um pouco confuso, mas pisca forte, olha para a planta na planta, seus olhos estão sonolentos ainda, mas mais brilhantes do que antes, então dessem para mim.

- Bom dia, professor.

- Bom dia, Kate, para alguem que me odeia você está frequentando muito meu leito - reviro os olhos e olha pra a planta, sorriso de lado - Bromélia Feliz, fazem muitos anos que não vejo uma.

- Foi o que pensei, quando pedi para um elfo achar essa para mim. Li sobre elas e percebi que não tinha nenhuma nas estufas ou em sua sala. O senhor gostou?

- Sim! Ela é linda. Sabe o que ela faz? - concordo com a cabeça, sorrindo de leve - Como seu professor posso obrigar que me diga.

- Meu filho não está em condição de mandar em ninguém... - ele ri, tossindo de leve - Ela é chamada Bromélia Feliz porque só abre perto de pessoas felizes na maioria das vezes, é como um girassol de sentimentos positivos.

Observo os enormes botões fechados e ele mantem os olhos em mim. Olhos doces.

- Ela não vai se abir para mim, eu estou doente e me sentindo um lixo pelo que fiz com você, mas ela poderia se abrir para você - olho-o - Mas não vai acontecer, porque você tem medo de mim - arregalo os olhos - Quero que me conte por que. Nao lembro nem de metade do que fiz nos últimos tempos. Quero saber, Katherina.

Tomo fôlego, mas não falo nada. Coloco-me de pé e seguro sua mão com minhas duas, ele aperta de leve e sorri.

- Professor Longbotton, o senhor fez muita coisa ruim comigo nas ultimas semanas, mas contar ao senhor não ia ajudar em nada - ele abre a boca para protestar e aperto sua mão de leve - Eu entendo o que houve e não estou zangada, professor. A única coisa me assusta é a ideia de que... Bem... A poção só aumenta o sentimento. Eu entendo que não goste da gente, mas... Tudo aquilo, não é como se fosse nossa culpa, não entendo como a poção chegou a tamanha proporção. Que o senhor... Eu fiquei com tanto medo - quase soluço, e um lagrima desse. Sua mão grande limpa meu rosto, seu olhar está dolorido.

- Eu não odeio vocês - quero protestar, mas apenas soluço e tento ao máximo chorar baixinho - Verdade. Eu só tenho raiva do que vocês representa. A volta de tudo o que me destruiu, a volta da pior época. Vocês me lembram isso, e sendo minhas aulas... Bem, dar aula é o que eu mais gosto na vida, dar aula para vocês me trás sempre à essa hora sombria. Por isso não fiquei muito feliz quando vieram a Hogwarts. Senti tanta raiva, estava furioso na audiência de vocês, me senti estupido por sentir raiva de duas meninas de 11 anos, mas a vontade era de testemunhar contra sua permanecia no mundo bruxo. Me descupe, Kate, por ser tao egoísta assim - olha infeliz para o teto - Merlim, me desculpe.

Suspiro e sento na cama. Começo a contar o que houve, tudo o que senti e o que ele fez. Contei mais porque confiava nele do que pelo fato de ele ter pedido, segurei sua mão enquanto contava. O termo terapia em grupo me vêm a cabeça e sinto voltade de rir. No final sei que ele não se sente tao miserável quanto estaria se eu tivesse apenas despejado nele culpando-o, e eu me sinto mais leve. Contar a Bi e a Sev era estranho, porque tudo que eu recebia era um olhar condescendente e um abraço de pena. Neville não. Ele segurava minha mão porque sabia que eu precisei ser forte e sozinha, ele sabia como era.

O resto do dia foi leve, parte de mim prestava atenção nas aulas e a outra se perguntava se o elfo random que pedi para achar a flor tinha roubado ela ou colhido em algum campo.

Hermione diz que elfos domésticos não roubam, exceto quando acham que é por uma boa causa, como Monstro roubando as coisas dos Black para esconder de Sirius. Tentei imaginar um campo de bromélias felizes de todas as cores.

O dia foi bom, tudo tinha se normalizado, e assim foi todo setembro, o mês passou rápido e tudo com que me preocupei foi não dormir em história da magia e não matar muitas plantas em Herbologia. Neville voltou ao seu cargo, Minerva fez questão de explicar a todos o que tinha acontecido.

Severus teve que concordar, segundo Minerva e Hermione todos aqueles acontecimentos envolta de mim e Bi apenas aumentaria os boatos de que eramos mau presságio. Se aquilo vazasse para os pais (com certeza vazaria) todo o mundo bruxo estaria comentando.

Assim foi, Rita Skeeter fez durante uma semana com mentiras, teorias malucas, e conspirações fervorosos textos contra nós duas, muitas vezes atacou Severus, chamado-o de o Pior Herói da Guerra, Harry e Quim a silenciaram e o mundo bruxo se acalmou um pouco. Fomos esquecidas por algumas semanas.

Grifinória estava na frente pela taça das casas, venceram da Lufa-Lufa em um jogo de quadribol e Corvinal perdeu vários pontos por causa de um casal se pegando no banheiro. Sonserina estava em terceiro lugar e eu ia levar isso a serio. Eu estava para não dormir, estudando, jogando quadribol, ajudando os outros a estudar... A cada aula eu ia ficar cada vez mais próxima da Corvinal e da Grifinória, isso me manteve distraída por um tempo.

A verdade é que tudo aquilo nos distraiu do mais importante: contar tudo a Severus. A verdade é que Severus nem desconfiava de muita coisa. Meus feitiços ofidioglotas, o dom de Bi, o livro de Bernard... O estranho homem que invadiu o quarto de Beatrice.

Eu sentia que tinha algo errado algo que acabaria conosco se não prestassemos atenção. Mas nao havia no que prestar atenção, foram dias parados de curtir com os meninos, observar Severus em suas poções e assistir aula.

Ate a segunda semana de outubro. Nesse momento as coisas começaram a ficar difíceis. O primeiro sinal foram os pesadelos. Ate aquele momento não me lembrava do pesadelo que tive na biblioteca de Sev, mas lembrei-me perfeitamente dele quando acordei sobressaltada em meu dormitório. Vlad dormia calmamente, todo o dormitório estava silencioso.

Respiro fundo e passo a mão pelo cabelo, estava umido, parte da minha mente registra o fato de que peguei essa mania de Donovan. O professor de Defesa Contra as Artes das trevas agia como se Bi e eu fossemos baús sem fundo. Sempre jogando informações em cima de nós esperando que absorvessemos tudo, por isso conviviamos muito.

Desso as escadas para o salão comunal e me ponho a observar o lago pelas janelas, lembro de não ter notado-as em minha primeira noite ali, e me assustado com um grande tentáculo passando por elas no outro dia de manhã.

Estou com frio e me sinto mal, queria ir ate Sev, ou ate Beatrice, mas não. Eles ficariam preocupados demais. Principalmente porque eu não conseguia explicar o que tinha acontecido.

Fecho os olhos com força, tremendo.

No sonho um homem encapuzado está observando um corpo. Percebo que é uma menina, tão loira e palida, não sei se a palidez lhe veio com a morte ou era sempre assim.

Estou paralisada d apenas observo.

- Em que nível chegamos, Salazar? - o homem encapuzado brinca com o corpo com a ponta do pé que está encoberto - Usando abortos? Mesmo sendo meio veela... Mesmo tendo magia... Mal posso esperar pelo retorno da gloria.

Atrás de mim um homem ri, seco.

- Também mal posso esperar, meu senhor. Colocar as mãos na filha de Viviane o fara poderoso de novo.

- Sim... Finalmente a maldita sangue ruim sera útil para alguma coisa, não é? - sua voz estava desgostosa. Sangue-ruim não me ofendia, mas fiquei irritada. Seja lá quem fosse aquele puto... Bem, não era assim que a banda tocava comigo, não aquele desprezo, e não aquela desaprovação. Mestiça sim. Mestiça com orgulho.

- Logo estarei pronto para ela, quero que coloque-as a prêmio. Matar a inútil e trazer a predestinada pra mim - sorri - Só para mim.

Antes de acordar viro-me para o homem que fala atrás de mim, cebelo ruivo, olhos profundamente azuis, iguais aos meus.

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⏰ Última atualização: Aug 12, 2016 ⏰

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