Devil Side ||H.S||

||7||

Me encontro deitada em minha cama pensando em todas essas coisas que vem acontecendo.
O que já é de costume meus pensamentos sempre terminam no garoto de olhos verdes, ele parecia tão desnorteado naquele dia, como se não tivesse posse de seus atos, mas parece que ele gosta disso tudo, que ele não precisa de nenhum tipo de ajuda, espero que encontrem ele, e o ajude a receber novamente sua sanidade.
Paro meus pensamentos olhando as horas em meu telefone 12:10, me levanto lentamente e vou até o banheiro tomando um banho rápido, coloco uma calça jeans e uma blusa branca grande.
Pego meu currículo com todas informações que eles vão precisar a meu respeito,pego minha bolsa e coloco meu telefone e minha carteira, calço uma sapatilha preta.

Hoje minha mãe foi trabalhar e meu pai nunca está em casa, ele trabalha em outra cidade, ou seja eu fico sozinha a maior parte da semana.

Saio de casa e vou até o ponto de ônibus, espero uns dez minutos até o ônibus chegar e eu pego o mesmo.

Entro no  grande local envelhecido e me direciono até a recepção.

-Boa tarde, eu tenho uma entrevista de emprego marcada com a Sr Clare.
Falo.

-Boa tarde, bom ela está entrevistando uma menina, qual seu nome pra mim verificar quando vai ser?
Pergunta.

-Audra Clarity Bennet.
Falo.

-Você é a próxima.
Ela fala e sorri pra mim.

-Obrigada.
Falo e me sento no banco.
Depois de algum tempo uma mulher de cabelo curto sai da pequena sala que fica no lado esquerdo da recepção.

-Audra Clarity Bennet.
Uma mulher anuncia.
Me levanto e caminho até a pequena sala de paredes brancas.

-Sente-se.
Ele fala e eu me sento.

-Bom eu vi na sua ficha que você acabou de sair da faculdade de psicologia, você poderia me emprestar seu currículo por alguns segundos?
Ela pergunta e eu lhe entrego meu currículo.

-Você tem uma ótima indicação, seu ex diretor fez questão de vim pessoalmente falar comigo.
Ela sorri.

-Ele é um amigo de infância meu.

-Sim, Josef era um diretor excelente.
Falo e ela sorri ainda mais.

-Bom, mas como eu já tinha lhe enformado, nossa empresa apenas  encaminha novos empregados para hospitais, e a única vaga que não foi preenchida até agora é de ajudante de enfermeira em um manicômio.
Ela fala como se tivesse se lamentando.

-Todos temos que começar  de baixo, não é mesmo?
Pergunto sorrindo.

-Claro, porém lá não se recebe apenas doentes mentais, também se recebe prisioneiros tendo a finalidade der ser tratados mentalmente.
Ela fala.
Eu admito isso me deu um pouco de medo,mas nada que eu possa superar.

-Eu aceito.
Falo firmemente.

-Bom, eu te mando por Email o início do trabalho e o salário.
Ela fala e eu balanço a cabeça em concordância e me levanto.

-Obrigada Sr Clare.
Falo e estendo a mão que a mesma segura em um aperto de mão casual.

-De nada!
Ela fala e eu saio da pequena sala me dirigindo até a saída.

|Harry P.O.V|
Estava inquieto sentado no sofá, meus pés batiam freneticamente no chão fazendo um pequeno barulho que ecoava pela casa.
Num movimento brusco me levanto e começo a andar de um lado pro outro, meus batimentos cardíacos pareciam aumentar a cada passo que eu dava.
Chequei as horas em meu relógio de pulso e vejo que são 2:32 ainda está muito sedo para o minha refeição.
Depois dos minutos passados eu corro até a saída da minha casa e vagueoi pelas ruas tentando achar alguém que diminua minha fome.

Havia uma mulher sentada em um quebra-molas na rua e eu caminho até ela rapidamente e paro em sua frente, elevo seu corpo com minha mão em seu pescoço, ela se assusta e começa a se debater e choramingar, jogo seu corpo no chão e a sufoco tirando todo seu oxigênio, quando vejo que ela está morta, começo a devorar sua carne, seu sangue tinha gosto de álcool com certeza ela esteve bebendo, me alimento o suficiente do seu corpo e me levanto do chão e avanço até minha casa.

Chego na mesma e me direciono rápidamente até o banheiro me despindo das roupas ensangüentadas e entro no chuveiro retirando todo fragmento de sangue do meu corpo, olhei para baixo vendo ele escorrer pelo ralo.
Saio e me visto deito em minha cama pensando novamente naquela garota, eu preciso a encontrar.
Meus olhos se encontram pesados então eu os fecho e depois de um tempo adormeco.

|Audra P.O.V|
Me encontro deitada em minha cama, quando o meu telefone começa a tocar, pego ele e vejo na tela quem está me perturbando a essa hora.
Número privado brilhava na tela despertando minha atenção, apresso para atender.

-Alô.
Falo, mas não obtive resposta, a única coisa que eu escuto é uma respiração acelerada.

-Alô.
Falo mais alto, mas a pessoa não responde fiquei quieta para tentar escutar algo a mais, mas o único som que eu escuto é de uma respiração acelerada, então eu desligo o telefone e me viro pro outro lado da cama pra tentar dormir, depois de muito tempo eu consigo.

Luzes vermelhas eram captadas por mim, era uma sala escura, eu me encontrava deitada no chão, lentamente eu me levanto, e algo me empurra me fazendo cair no chão  novamente, levanto de novo, mas algo invisível ou muito veloz me derruba, ouço uma voz no fundo, ela não está clara parecem sussurros, mas eu consigo distinguir o que ela dizia.
-Você pode mais do que isso.
Fala a voz, com medo me levanto e começo a correr, eu esbarrava em várias coisas, até que me acertam com alguma coisa na cabeça, e caio em cheio no chão.

Uma silhueta era captada pelos meus olhos, era ele o homem de olhos verdes, ele se coloca acima do meu corpo, colocando todo seu peso em seus braços

-Você pode mais do que isso baby.
Ele sussurra.

Acordo com a respiração acelerada, e me sento na cama passo as mãos lentamente em meu cabelo, e puxo ele em um coque.

Olho minha cama que estava coberta de sangue, sangue que eu não sabia da onde vinha, checo meu corpo e logo percebo que eu arranhei todo meu corpo, olhei minhas unhas, que estavam com vestígios da minha pele.

-Isso não é real.
Sussurro tentando me convencer que isso tudo não é real.

-Sim, isso é real.
Oh meu Deus quem falou isso, de um segundo pro outro meu coração parecia que iria explodir.
Olho em volta, mas não tinha ninguém e isso me deixou ainda mais nervosa.
Me levantei e corri até a porta, mas fui impedida por algo, uma mão que agarrou meu pulso.

-Você pode mais que isso baby.
Meu Deus essa voz.
Os olhos verdes me encaram.
/////