capítulo 2 pt quarto

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Danny olhou para ele.
"Você me mordeu. Eu não..." Ele se deteve abruptamente.
"Você não gostou." Lars terminou, preenchendo os espaços em branco. Melhor
dizer dele próprio, ele pensou. Mas não achava que ele poderia lidar em ouvir isso a
partir de Danny.
"Eu não acho que eu poderia me controlar.” Corrigiu-o Danny. Lars levantou uma
sobrancelha para ele. "Eu não queria me transformar em..."
"Você não tem de controlá-lo comigo."
"Sim, eu tenho.” Disse Danny. "Eu não quero te machucar."
"Você não poderia.” Falou Lars. Quando Danny olhou para ele, incrédulo, ele
acrescentou: "Doeu quando eu mordi você?" Danny olhou para o dedo, arregalando os
olhos quando viu que o pequeno corte já havia cicatrizado. "Esse é o seu lobo. Ele vai
sarar mais rápido do que um ser humano. Uma das vantagens da mudança."
"Não há vantagens." Danny murmurou sob sua respiração.
Ele sentou na cama, os olhos fixos com determinação para baixo. Lars viu-o
nervosamente torceu suas mãos. Ele soltou um suspiro esfarrapado de emoção, em seguida, levantou os olhos para
olhar para Lars.
"Mas você já, fez? Quero dizer não um outro lobo, mas... Você já machucou
alguém? Você sabe, quando estava...?"
Lars balançou a cabeça.
"Nunca.”
Danny mordeu os lábios, os olhos transbordando de lágrimas.
"Sim. Eu também não.” Disse ele.
Enfiando a mão da manga de sua camisa sobre o seu rosto, deixando um rastro
molhado e desleixado na sua ausência.
"Pergunta idiota.” Provisoriamente, Lars se aproximou da cama e se sentou ao lado dele.
Ele passou a mão em volta da de Danny, que respirou longamente e tremeu antes
de cair contra ele. Ele não sabia o que poderia ter perturbado tanto o garoto ou o fez odiar a si mesmo com tal determinação. Com anos de experiência em ler as pessoas, Lars
tinha aprendido a perfumar o tipo de ódio escondido interiormente que poderia levar à
violência, mas esse garoto não tinha uma gota de maldade nele. Apenas o medo. E que, felizmente, parece estar se dissipando agora.
Como Danny poderia ter vivido como um lobisomem por tanto tempo e saber tão
pouco sobre eles?
"Seus pais são lobisomens?" Lars perguntou.
"Não.” Disse Danny, com o rosto endurecimento. "Deus, meu pai..." Ele parou,
passando a mão pelos cabelos. Fosse o que fosse, ele não estava falando com o silêncio,
Lars poderia apenas presumir que os pensamentos que tinha estavam trabalhando.
"Não.” Ele repetiu com determinação. "Os seus são?"
"Sim. Bem, meu pai era. Meus irmãos também."
"Deve ser bom.” Disse Danny pensativo.
Lars concordou.
"Você vai encontrá-los amanhã. Fique aqui o tempo que quiser."
Danny olhou para ele nervosamente.
"Mesmo que eu não queira..."
O coração Lars se acalmou. Ele queria Danny ali, por inúmeras razões, mas não
sabia se podia manter seus próprios desejos sob controle nesse período. Aquilo iria matá-
lo, estando tão certo de que havia encontrado seu companheiro e não ser capaz de
aplacar essa necessidade, tendo a certeza que ele jamais iria saciá-la. Ele seria capaz de
segurar essa necessidade por quanto tempo? Um dia? Uma semana? Um mês? Para
sempre? Lars olhou para Danny, timidamente olhando por cima de onde ele estava
enrolado na cama. Ele estava assustado e cansado, e ao contrário de Lars, tinha vivido
sem quaisquer outros lobos durante anos. Ficou claro que qualquer situação de Danny
tinha com seus pais, ele não queria voltar para casa. Lars mordeu o lábio. Quaisquer que fossem suas próprias necessidades elas não
poderiam compensar o desamparo que Danny estava sentindo.
"Tudo o que você quiser fazer.” Lars disse: "Eu quero você aqui." Os lados da
boca de Danny aproximaram-se de um sorriso de menino tão encantador, que custou
toda a concentração Lars para não cobri-lo com um beijo ali mesmo.
"Obrigado.” Ele disse rapidamente. "Não vou demorar muito, eu prometo.
Apenas alguns dias, e você nem vai saber que estou aqui. Uma semana, talvez." Ele fez
uma pausa, como se considerando esta última afirmação. "Definitivamente, não mais do
que algumas semanas."
"Algumas semanas.” Disse Lars repetiu fracamente, olhando para Danny enrolado
na cama ao lado dele, de joelhos descuidadamente pressionando contra coxas do Lars.
"Ótimo."
Danny sorriu, fixando a cabeça no travesseiro e deixando seu sono fechar seus
olhos azuis. Lars o observou, sobrecarregado com o desejo de acariciar seu cabelo macio
quando ele adormeceu. Sua mão subiu por vontade própria, mas parou quando se
lembrou da promessa que tinha feito a Danny a apenas um momento atrás. Tudo o que
você quiser fazer, ele disse, e quis dizer isso.
Mesmo que Danny não quisesse fazer absolutamente nada.
Colocando seu desejo para baixo, Lars dirigiu com as suas mãos errantes, e seu
pau ereto até as escadas para dormir no sofá.
Ia ser um par de semanas bem longo....
EM BREVE NOVOS CAPITULOS PESSOAL

Danny na profunda Escuridão (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora