capítulo 6 pt dois

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"Onde estamos?" Lars perguntou, seu coração acelerado. Você está em um sonho.
Você está vagando em seu próprio subconsciente estúpido. Uma miríade de análises
prontas veio-lhe à mente para explicar a falta de definição. Confissão de Danny tinha
virado uma parte dele, e essa era a manifestação de sua ansiedade. Ele estava passando
pela culpa reprimida por vendar Danny. A intensidade da queda no amor tinha o
dominado, e seu subconsciente tinha supercompensando, largando-o no abismo.
Apesar do quão racional, lógico e explicável que suas ideias eram, a sensação que
afundava no seu estômago sugeria o contrário. Algo estava muito errado ali.
"Eu estou morto?"
"Quase. Muito perto." Thomas zombou. “Mas não. Você está apenas visitando.
Bem-vindo ao meu avião."
A respiração de Lars acalmou. Toda a sua vida, ele queria acreditar na existência
de algo além deste mundo. Depois do que tinha acontecido com seus pais, era o seu
único recurso. Apesar de seus melhores esforços de racionalidade, ele agarrou-se à
possibilidade de que eles estavam lá, esperando em algum lugar, se não em Morgana em
algum tipo de vida após a morte. E a ciência que se dane, a esperança de seu coração
dependia disso. Mas não ali. Não daquele jeito.
"Este é o lugar onde vamos após a morte?"
"Este é o lugar para onde eu fui."
Lars concordou com a cabeça, o gesto perdido na escuridão. Sua cabeça nadou
com as possibilidades do que Thomas lhe dissera. Thomas tinha ido para lá em morte,
mas não era um lugar universal. Mas subjetivo. Era um pouco como um sonho. Seria este
lugar, também, criada a partir dos fragmentos em ruínas de uma vida passada?
Você era tão jovem quando morreu.
Isso foi o que Lars tinha dito a ele anteriormente, e ele pensou que agora entendia
o significado da mesma. Thomas tinha morrido antes que suas memórias tivessem
desenvolvido, sem nada de sua vida para segurar. Ele foi cortado, e estava perdido no
vazio de possibilidades.
"Você está preso aqui?” Perguntou ele. O pânico daquilo crescendo em seu peito.
"Você nunca pode sair?"
"Eu saio às vezes.” Disse Thomas, e suas presas parecia quase formar um sorriso.
"Quando ele me deixa." Aqueles olhos azuis frios deixaram Lars num espaço vazio atrás
dele. Lars virou-se para seguir o seu olhar e viu que não era o vazio que estava atrás de si.
Uma porta tinha aparecido, cortando a escuridão e quebrando o vazio. Uma porta
vermelha brilhante. O objeto solitário na escuridão, destacava-se como um farol, mas
algo terrível que, pulsando vermelho, avisou para ficar longe. Ele se perguntou o que
havia por trás dele. Ou quem.
Lars engolido para aliviar a garganta seca.
"Quando ele permite que você saia para fora.” Repetiu ele. "Quem é ele?"
"Você sabe quem. Danny."
Danny. Seu primeiro pensamento foi para chegar até ele e começou a ir em
direção à porta de uma só vez, mas quanto mais perto chegava, pior se sentia. Não era
como a vertigem da posição para seu companheiro, embora ele poderia, no entanto
vagamente sentir, que Thomas estava certo. Danny estava lá atrás da porta, mas Lars
tinha medo de abri-la. Algo não estava certo naquela situação. A porta de ligação para
Danny e este monstro antes que ele fosse marcado pela dor.
Ondas de terror, dor e remorso pareciam irradiar dele. Danny viria para aquele
lugar tão assustador para Lars. Ele não queria levá-lo de volta para ela. Ele parou, os
dedos como garras cravaram em seu pulso, puxando-o de volta para a porta vermelha.
Thomas era forte. Surpreendentemente.
"Ele me trancou para fora.” Disse ele. "E a culpa é sua." Aquelas palavras, aquelas
que a mãe de Danny tinha dito a ele, ecoavam em sua cabeça. Será que Thomas sabia o
seu significado, o efeito que teve em Danny? A maneira como eles tinham esfregou em
sua memória com toda a culpa e remorso? Do jeito que ele falou com satisfação as
palavras, suspeitou que ele sabia.
Lars olhou para a porta à sua frente. Vermelho. Cru. Machucado. Ele não podia
imaginar por que alguém iria querer entrar por aquela porta, para deleitar-se na dor que
parecia presa dentro dela. A menos que essa pessoa não conhecesse mais nada. Lars olhou
para a porta de novo, acenando cores vivas como um canto de sereia, prometendo que
para todos os seus maus presságios ele existiu. Bem ali. Ele olhou para os olhos apertados de Thomas novamente, e pensou ter visto desespero neles. Como ele precisava sair deste
lugar.
Como ele iria a qualquer lugar, correria qualquer coisa de risco, para escapar dali.
As palavras de Thomas ecoaram em sua mente. Ele me trancou para fora. Lars se
lembrou da sensação de paz que sentira quando Danny disse que o amava. Ele sentiu
quase como se de que a paz havia se arrastou para fora de alguma coisa que bloqueava seu
caminho. Algo que Danny tinha deixado ir. Ou fechado para fora de sua mente.
"Ele fez isso hoje?"
As manchas brancos dos olhos e dentes, moveram-se para cima e para baixo na cor
preta. A mão em seu pulso agarrava-se a ele como a de uma criança carente.
Thomas tinha necessidades, mas não era uma criança espreitando ali no escuro.
Era um parasita, uma criatura que crescida que queria algo para alimentar a sua
existência solitária, para ajudar a moldar o seu mundo. Como a borda, vermelho vivo do
arrependimento de Danny.
Quanto tempo Danny passou pensando em Thomas, se preocupando com o que
tinha feito para ele, desejando tê-lo de volta? Ele disse a Danny a noite que ele o atacou
que uma parte dele estava resistindo ao acasalamento de suas almas. Ele não queria
mudar, tivera medo de dar uma parte de si mesmo. Lars agora sabia que parte era.
Thomas empurrou em direção à porta.
"Abra-a.” Disse ele.
Lars balançou a cabeça, e aos poucos o aperto ficou mais forte. Ele sentiu o fio
molhado de sangue quente correndo contra sua pele. Ele rangeu os dentes e balançou a
cabeça.
"Não foi você que ele deixar ir.” Disse Lars. "Apenas a dor."
Thomas deu uma risadinha.
"A dor me mantém forte." Thomas empurrou Lars novamente, mais do que
antes, arremessando-o contra a porta. A madeira lascou contra ele, pressionando os
pedaços em seu corpo. Lars engasgou para respirar e, finalmente, senti a pressão em seus
pulmões. O vento tinha nocauteado-o. Ele lutou, tiritando, tentando recuperar o fôlego
em grandes suspiros frios quando Thomas aproximou-se dele. Seu braço ainda doía de
antes, e ele podia sentir o calor de seu sangue que escorria dos cortes profundos,
urticantes.
Moveu-se para trás de Lars e pressionou contra ele. Seu braço picou, e sentiu a
respiração quente na parte de trás do seu ombro e os dentes pastarem seu pescoço.
Em um instante, Thomas poderia destruí-lo. Ele não tinha para onde ir, além da
porta.

Danny na profunda Escuridão (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora