capítulo 7 pt um

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Seu peito ficou apertado quando percebeu que ainda o amava, e isso não
importava. Não importava o que Lars lhe dissesse, não importava o que ele achava que
sentia entre eles, os fatos permaneciam. Ele era um monstro.
Ele era indigno de ser amado. Ele era perigoso.
Mesmo que desta vez, não fosse culpa dele.
Lars olhou-o com cuidado.
"Se você fez, eu não ficaria chateado. Você sabe disso, né?" Ele podia sentir o
nervosismo inundando Lars e apertou os punhos, como se para defender-se contra ele,
mas Lars aproximou-se, colocando os braços em torno dele. "Não me tranque de fora.”
Disse ele. "Eu te amo.”
"Por favor, não diga isso agora."
Veio o frio junto com essa declaração e Lars se afastou, colocando as mãos em seus
ombros com o peso do chumbo. Ele não queria machucá-lo. Ele sabia o que devia estar
parecendo, acordar ferido para encontrar uma besta de pé sobre ele. Ele sabia o que
tinha acontecido em seu último pesadelo, o quão próximo esteve de ferir Lars. E, pior de
tudo, ele sabia o que tinha dito anteriormente a Lars naquela noite. Que ele tinha uma
história com esse tipo de coisa. Era justo acusá-lo, mas doía da mesma forma, e ele não
podia esconder aquele magoa em sua voz.
"Sinto muito.” Disse ele calmamente. "Eu sei o que vi." Será que ele? Ele fechou
os olhos, lembrando-se da imagem da porta vermelha.
Pouco antes de acordar, ele poderia jurar que ouviu alguém gritando atrás dela.
Como se essa pessoa estivesse sendo atacada. Lars? Seus pensamentos acalmaram-se
quando seus olhos voltaram-se para a cama manchada de vermelho que ainda estava entre
eles. Porra, Danny pensava. Ele teria que fazer algo sobre isso. Trocar os lençóis. Lava-
los. Queimá-los. Se olhasse para eles por mais tempo, pensou que iria perder a cabeça.
Ele puxou uma ponta do lençol, depois outra, rolando os cantos juntos em um
ponto. Olhando para Lars.
Suas feridas há muito haviam curado, mas manchas vermelhas ainda manchavam
seu pescoço e braços.
"Você deve tomar banho.” Disse Danny.
"Eu vou cuidar disso." Lars concordou. "Você é uma pessoa boa.” Disse ele
calmamente.
Danny ocupou-se com os lençóis até que Lars finalmente desapareceu no
banheiro. Ele não conseguiu responder a essa última afirmação, mas queria tanto
acreditar nisso.
Lars ficou no chuveiro muito tempo, deixando a água quente lavar os vestígios de
sangue agarrados ao seu corpo. A água estava quente, muito quente, mas ele não se
importava. Ele deveria se sentir ao menos um pouco da dor e do inferno ele no qual
colocou o seu companheiro.
Mesmo pondo de lado o quão desconfortável Danny ainda estava com seu lobo,
ele foi um idiota de classe mundial. Não importa o quão inacreditável o que Danny tinha
dito e era, ele deveria ter aceitado. Irracional ou não, ele era um lobisomem, pelo amor
de Cristo. Sua vida não era exatamente um desfile de normalidade, para começar.
Após toda a conversa sobre sua confiança, ele não tinha sido capaz de estender a
mesma cortesia básica para seu companheiro. O que quer que tivesse acontecido tinha,
obviamente assustou o inferno fora dele, e ele acrescentou sal nas feridas de Danny, não
só rejeitando o seu lado da história declarando-a como impossível, mas saltando para a
pior conclusão possível. O garoto tinha passado toda a noite confessando a ele o quão
infernal era acreditar que seu lobo era algum animal perigoso, raivoso, e ele tinha
acusado-o de ser exatamente isso. Por que diabos não tinha mentido e dito que
acreditava nele?
Porque ele estava com medo. O sonho era apenas uma vaga lembrança agora,
escorregando para fora de sua mente no segundo que ele acordou com a dor e o choque
de seus ferimentos e a imagem de Danny em pé sobre ele. Tudo o que ele conseguiu se
lembrar foi da maldita porta vermelha, e um tremendo sentimento desconfortável,
quando abriu os olhos e olhou para Danny. Ele queria acreditar que ele não tinha
atacado-o novamente, mas esse sentimento... era como se tivesse visto algo de diferente
nele agora. Alguma outra parte que ele mantinha escondida. Um porto para toda a dor,
miséria e ódio que ele tinha tentado tão duramente bloquear.
Ele passou muito tempo no chuveiro, repassando as imagens em sua cabeça, mas
quando ele saiu, Danny ainda não tinha retornado. Puxou um par de shorts de ginástica,
ele saiu para o corredor para obter um par de lençóis de limpos do armário. Ele poderia
pelo menos fazer aquilo para ajudar.
Quando ele saiu para o corredor, viu Alexandre lá. A cor foi drenada de seu rosto,
e ele estava visivelmente abalado.
"O que aconteceu?"
Lars desviou o olhar, as mãos vagavam entorpecidas pela rouparia.
"Nada.”
"Eu entrei através da lavanderia, e eu vi Danny colocar os lençóis para lavar. Eles
estavam embebidos em sangue, e ele não quis falar sobre isso."
Lars fechou a porta e voltou para o quarto, mas Alexander o acompanhou de
perto, em seus calcanhares.
"Não é possível um cara ter um minuto de privacidade nesta casa? Já é tarde."
"O que aconteceu?" Alexander repetiu.
Lars balançou a cabeça, balançando os lençóis em seus punhos.
"Deixe.” Ele rosnou. "É entre mim e Danny."
Seu irmão cruzou os braços sobre o quadro de largura, estreitando os olhos. Uma
vez que eles eram jovens, ele usou seu tamanho desmedido para pairar sobre ele e Jasper
como uma espécie de guarda-costas sobrenatural, um traço que às vezes era cativante e
em outros irritantes. Agora, estava na fronteira do intolerável. Se Danny era um perigo
para ele como Lars suspeitava, ele não podia arriscar que Alexander descobrisse. Não
sabia como ele reagiria à notícia, e não poderia pensar em Alexander chateado com
Danny. Ele já tinha feito seu companheiro se preocupar o suficiente por uma noite.
Ele alisou o lençol sobre a cama e olhou para ele, brilhante e branco novamente.
Ele esperava que substituí-lo iria encobrir a memória do que tinha acontecido. Isso não

Danny na profunda Escuridão (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora