7. Eu sem você

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{nota:  Ok, gente, abaixa que é tiro. 

Digo isso porque foi complicadinho demais decidir o final de Tudo de Mim. Eu fiz três versões diferentes e ainda sim não sei se vou postar a que achei mais razoável. E por que eu estou falando isso?

Bem, chegamos a parte b da história. O ponto de vista passa a ser do Bernardo e, como diria ciclano, "parece que o jogo virou". Temos alguns momentos de emoção pela frente, além de uma revelação em especial. 

Música do capítulo: All Of Me, John Legend.

Boa sorte pra nós?}


Bernardo's POV

Isabel Alves.

Isabel.

Bel.

Maluquinha...

Eu tinha certeza que poderia fazer uma lista com os diversos apelidos que eu já tinha arrumado para aquela figura de mulher.

É engraçado como um amontoado teimoso de células pode te infernizar e te mandar para o paraíso ao mesmo tempo. Isabel foi fogo e água para mim. É até estranho, no fim de tudo, eu acreditar piamente que ela é o amor da minha vida. Se existem dificuldades no mundo, ela lidera o ranking. É a mulher mais difícil de todas, cruzes. Tão cheia de críticas e tão prepotente. Tão oposta a mim e tão absurdamente perfeita para mim. E, mesmo assim, está grifada em todas as minhas listas. As positivas e a negativas.

E, quando eu digo que estou prestes a morrer, é porque ela está prestes a morrer.

What would I do without your smart mouth?

(O que eu faria sem sua boca esperta?)

Drawing me in and you kicking me out

(Estou me arrastando e você está me dispensando)

Got my head spinning, no kidding

(Estou com a cabeça a mil, sem brincadeira)

I can't pin you down

(Eu não posso te forçar a nada)

Um derrame.

Aonde aquilo soava normal?

"Vamos chamar o neurocirurgião".

Oh, e não diga que há algo bom em chamar casualmente o médico que cuida do sistema nervoso humano, porque eu não aceito. Isabel não podia ter sobrevivido horas preocupada comigo para eu acordar e, então, ela cair desmaiada em cima de mim e morrer.

Eu não suportaria nada disso. Morreria junto, muito provavelmente

Quem era Bernardo Pazzini sem Isabel Alves?

– Você não pode se agitar, Bernardo. – a enfermeira me aconselhou. Alguns médicos conversavam no meu quarto, todos através de sussurros, e eu já estava começando a me irritar. Para onde tinham levado minha namorada?

É, namorada. Mesmo que Isabel não aceitasse, ela era a porcaria da minha namorada.

– Como você quer que eu me acalme? – eu perguntei. Meu tom beirava ao de quem implora alguma coisa, verdade.

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