Capítulo 54

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Oii gente, peço mil perdões e vocês já sabem de que.

Estava sem tempo pra escrever, e devo admitir também que estava com "medo" de escrever, já que estamos na reta final. Mas cá estou eu voltando a escrever.

E sinto em dizer que estamos chegando no fim. Acredito que só terá mais dois capítulos. :( :'(

Enfim é isso, aproveitem a leitura!! E desculpa o cap curtinho.

Beijos!!

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Pisei no acelerador e o ronco do motor encheu meus ouvidos enquanto me forçava a olha em linha reta para a pista, mas tão incontrolavelmente meus olhos encontraram o retrovisor, e tão rápido a surpresa me pegou, meu estômago se embrulhou, meu peito se apertou e doeu como se uma faca estivesse cravada nele quando eu vi o Ethan de joelhos no chão com a cabeça baixa e seu corpo se movendo pelos soluços. E nesse momento eu não consegui mais segurar, o choro veio de uma forma compulsiva e incontrolável.

Ele não merecia sofrer, e principalmente por mim!


A minha maior vontade... Pra ser mais precisa... A minha maior necessidade era voltar lá e abraçá-lo para não deixar mais uma sequer lágrima rolar sobre suas bochechas, mas eu sabia que isso era errado, me aproximar dele era errado. Era perigoso.


Minha visão estava bastante embaçada, e meu peito ardia pelos soluços enquanto eu dirigia, cortava vários veículos a minha frente, ultrapassava sinais e pegavas os atalhos mais rápidos da cidade, enquanto via Switch passar em apenas vultos.

Eu não conseguia raciocinar nada, com nenhuma coerência, a única coisa que se passava em minha cabeça tinha nome, endereço e lindos olhos azuis. E para que eu não fizesse a besteira de voltar até lá eu apenas dirigia desesperadamente na intenção de chegar em casa o mais rápido possível, fazer as malas e pegar o primeiro voo para qualquer cidade a mil quilômetros de distancia de Switch.

Mesmo depois de tantos riscos de velocidade fora do limite que eu passei, eu ainda me surpreendi ao parar o carro em frente ao meu jardim em poucos minutos. Desliguei o carro como um suspiro depois de uma breve maratona e respirei fundo em meio as minhas lágrimas.


"Eu preciso deixá-los. Preciso livra-los de mim. Preciso protegê-los. Preciso me afastar. Preciso ir embora."


Minha intenção era repetir esse mantra mil e quatrocentas vezes se preciso até que eu estivesse no aeroporto, mas na quarta vez eu já estava me lamentando e sabendo que eu não era forte o bastante. Não tanto quanto eu pensava que era.


Eu preciso... De repente meu celular tocou me levando a um sobressalto.
Olhei para o visor onde tinha o nome "Kody". E não sabia se ficava decepcionada ou aliviada por ser ele, mas antes que eu pudesse descobrir eu interrompi meus pensamentos mais confusos do que nunca e coloquei o celular junto a orelha.


— Fala. — minha voz saiu mais grossa que o necessário enquanto eu fungava


— Onde você está maninha? — ele perguntou animado ignorando meu mau-humor

Olhei para a garagem e vi que todos os carros dos meus irmãos estavam lá. E me surpreendi automaticamente, já que não vejo todos juntos há um bom tempo.


— Hum... Em frente ao nosso jardim. Por que? — funguei mais uma vez e limpei os olhos


— Entra logo então. — ele riu e pude ouvir outras vozes e risadas ao fundo

Condenada à AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora