Bite

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De manhã, recebi uma mensagem avisando de que ele chegaria de madrugada.
Eu ainda estava atordoado com todos os acontecimentos do dia anterior, tinha sido um longo dia.
E esse seria um longo mês.
Levantei da minha cama e desci para tomar o café da manhã, Connor já estava na cozinha preparando panquecas para Tyde e Sage enquanto os três conversavam.

– Poderíamos ir hoje com o Troye, não acho que nossos pais vão discordar. – Sage disse e bebeu um gole do café na sua frente.
– Eles só voltam semana que vem, claro que não vão reclamar – Tyde respondeu e inclinou a cabeça em um ângulo engraçado enquanto observava Connor – Alguém mais está sentindo cheiro de queimado?

Me sentei na cadeira ao lado de Tyde e observei enquanto Connor falhava em cozinhar panquecas decentes. Percebi que havia uma caneca com café na minha frente e comecei a tomar o conteúdo aos poucos, sem prestar atenção na conversa que estavam tendo ao meu redor.

– Troye poderia nos levar até lá, não poderia? – Tyde disse e todos olharam para mim como se esperassem uma resposta.

Eu realmente não estava prestando atenção no que eles estavam falando, suspeitei que tivesse algo a ver com fazer compras e concordei com a cabeça.
Quando eu já havia tomado metade do meu café, Connor colocou uma panqueca meio queimada em um prato e me entregou.

– Te vejo mais tarde então. – Ele disse e tirou o avental.

Olhei para o relógio da cozinha e depois para Connor.

– São dez da manhã. – Franzi o cenho para ele. – O que você vai fazer em Perth às nove da manhã?
– Coisas. – Ele disse, pegou a câmera que estava em cima do sofá e saiu de casa.

Sage e Tyde riram e foram para seus quartos após acabarem de comer suas panquecas.
Eu fiquei sozinho, o que não era bom. Quando eu ficava sozinho, eu pensava; Quando eu pensava, Connor vinha à minha mente.
Era incrível como eu podia estar ao lado de Connor, beijar ele e escutar ele dizendo que gosta de mim mas ao mesmo tempo sentir como se ele fosse algo inalcançável.
Mesmo após ouvir Connor dizer tudo aquilo na noite anterior, eu não conseguia deixar a sensação de que ele era apenas um sonho recente, Tão real e tão ilusório.

11 horas depois

– TROOOYE! – Ouvi Sage gritar perto da porta do quarto. — VOCÊ JÁ ESTÁ PRONTO?

Abri a porta dando de cara com ela e a encarei. Ela usava maquiagem pesada e um vestido preto que batia nas coxas.

– Qual a dificuldade em bater na porta? – Eu disse e arqueei uma sobrancelha. – Sério, você está a tipo... três metros de mim.
– Gritar é mais divertido. – Ela respondeu com um sorriso e apertou a minha bochecha. – Pelo visto você ainda não se arrumou.
– Me arrumar para que? – Olhei confuso para ela e pude observar a porta do quarto de Connor se fechar. O que será que ele estava fazendo?

Sage estalou os dedos na minha frente como se tentasse me acordar.

– Oi? você disse que ia nos levar para a boate hoje.

Olhei para ela e pisquei os olhos algumas vezes.

– Eu o que? – Falei confuso e recebi uma cara de desaprovação dela.
– Olha, se você quiser ir com roupa de dormir tudo bem, estamos saindo daqui a 15 minutos.

Ela deu meia volta e foi até a sala, me deixando parado na porta do quarto.
Voltei para dentro e troquei de roupa colocando meu jeans velho, uma camiseta branca e uma camisa de flanela por cima. Sai do quarto ao mesmo tempo em que Connor saia do dele.
Connor vestia uma blusa cinza e calças pretas. Ele me observou de cima a baixo e estendeu a mão para mim.

Don't Keep Love Around // TronnorOnde histórias criam vida. Descubra agora