DKLA

339 44 38
                                    

Hello bitches, i bet you thought you'd seen the last of me.

1 Semana depois

Sempre gostei de observar as pessoas na rua. Era divertido observar grupos de amigos rindo de piadas internas entre eles ou casais caminhando de mãos dadas e se beijando mas ultimamente, tudo parecia sem vida. Até mesmo as cores no cabelo de Tyler pareciam ter desbotado. Eu me perguntava onde Connor poderia estar ou o que ele estava pensando.
Por que ele tinha ido embora?
Tyler disse que ia ficar no hotel fazendo algumas ligações na esperança de saber onde Connor estava então eu vim até uma cafeteria, era um dos únicos lugares em que eu conseguia parar e pensar desde que tinha chegado aqui. Os cabelos do menino ao meu lado eram dourados e refletiam as luzes da cafeteria, eu tive a leve impressão de que ele estava nervoso enquanto digitava algo no celular.
Peguei o celular e comecei a ligar para Connor, eu tinha perdido a conta de quantas vezes já tinha ligado para Connor naquela semana.

Mas dessa vez foi diferente.

Ouvi uma respiração do outro lado da linha e me levantei, me afastei um pouco do menino ao meu lado para poder atender.

– Connor?

Dessa vez, ele atendeu.

– Oi, Troye... – Ele disse com a voz suave que usava sempre que estava com sono. – Eu cansei.
– E-eu... você... – Eu não sabia o que dizer, aquele era mesmo Connor? eu estava ouvindo a voz dele?
– Eu pensei que ia aguentar... – Ele disse calmamente. – Eu sempre pensei que ia aguentar, que ia ser fácil deixar tudo para trás e mudar as coisas, esquecer quem me machucou... mas não foi.
– Para com isso agora. – Eu disse com a voz firme. – você sumiu da minha vida e eu literalmente atravessei um oceano para te encontrar, fiquei te ligando por uma semana sem ter nenhum retorno e você diz isso? Por onde você esteve? por que você me deixou?
– Eu pensei que não te amava, Troye. – a voz dele estava mais fraca. – Eu queria não te amar, eu queria acabar com tudo isso logo porque eu não mantinha o amor por perto...

Se as cores estavam desbotadas antes, agora elas pareciam um borrão aos meus olhos.
Foi o que eu achei até perceber que estava chorando.
Eu queria sentir raiva de Connor mas eu nunca o vi daquele jeito. Nunca pensei que ouviria a voz dele daquele jeito.

– Eu te amei. – Eu disse e pude sentir as lágrimas rolando pelo meu rosto.
– Ou talvez você achava que amava... eu te forcei a sentir algo que você já tinha enterrado.
– Isso não é verdade...
– E você provavelmente se sentiu obrigado a me querer já que eu insistia tanto naquela ideia... Sabe, eu pensei muito durante essas semanas e descobri que eu sou um merda em tudo o que eu faço.
– Connor, não...
– Me desculpa por tudo isso, Troye. Eu não devia ter brincado com seus sentimentos daquela maneira. Descobri que você vem tentando me achar mas eu não quero ser achado... só me esqueça.

E ele desligou.
Obrigado, Connor Franta. Obrigado por me fazer passar por uma montanha russa de sentimentos todas as vezes que eu penso em você.
Obrigado por me fazer passar por uma montanha russa de sentimentos em tudo que é relacionado a você.
Voltei até o balcão e peguei meu boné, o menino de cabelos dourados se levantou logo em seguida.

– Vamos Caspar, eu acho que posso descobrir onde ele está.

Sequei as lágrimas rapidamente e voltei para o Hotel.

•   •   •

Caspar me acompanhava pelos corredores intermináveis do hotel enquanto eu pensava, pensava muito, pensava em tudo.
Em tudo o que havia acontecido com Connor nas últimas semanas e em como tudo parecia um sonho borrado;
Em como Connor podia me levar até as nuvens, e depois fazer com que eu fosse esmagado no concreto em uma questão de segundos.
Eu tentava me lembrar do sabor dos lábios de Connor mas tudo parecia um borrão para mim; a batida de seu coração estava perdida na minha memória e quanto mais eu cavava, mais eu me perdia dentro de mim.
O que eu faria agora?
Eu já tinha passado por esse sentimento milhões de vezes durante essa semana, já tinha passado pela sensação de deitar na cama e deixar as lágrimas rolarem pois achava que tudo estava perdido.
Era um exagero dizer que Connor era tudo.
Que Connor era meu tudo.
Mas às vezes eu tinha essa sensação e me perguntava se Connor se sentiu do mesmo jeito ao menos por um segundo.
Agora eu sabia.

•   •   •

O carro parou na frente da casa. Eu estava no banco de trás, Tyler e Caspar olharam para mim.

– O que?
– Tem certeza disso? – Caspar falou e arqueou uma sobrancelha. – Troye, ele pode estar querendo um espaço para pensar e tudo mais...
– As pessoas fazem isso... – Tyler disse e suspirou. – Mas eu me recuso a abandonar isso depois de ter pago tanta gente para descobrir onde esse maldito estava escondido.

Franzi os olhos olhando para a casa e suspirei. Caspar se virou para mim sorrindo.

– Boa sorte. – Ele disse e deu uma piscadela. – Tenta não bater nele.
– Tentar... Ok.

Tyler se virou para mim e sorriu.

– Sabe, eu me sinto no meu primeiro dia de aula. – Franzi o cenho. – E vocês são meus pais.
– Vai embora logo, pirralho – Tyler disse e destrancou a porta.

Eu saí do carro e fiquei olhando para a casa que estava na minha frente.

Existia uma possibilidade de que eu encontrasse Connor e eu ficava nervoso com aquela possibilidade.

Esperei o carro ir embora para que eu pudesse caminhar até a porta e tocar a campainha.

Don't Keep Love Around // TronnorOnde histórias criam vida. Descubra agora