Capítulo 24

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                                                                                   (Malu narrando)

Depois que todo esse susto da Gabi passou, decidi que havia chegado a hora de contar pros meus pais da minha gravidez, eles já sabiam da gravidez da Gabi e ficaram super felizes. Acordei do lado do Cadu, não estava me sentindo muito bem. Umas dores estranhas, fiquei bastante preocupada e acordei ele.

— O que aconteceu Malu?

— Amor, eu estou sentindo umas dores estranhas.

— Estranhas como? – Ele levantou preocupado.

— Não sei explicar.

— Quer ir ao médico?

— Não amor, não precisa. Vamos logo nos arrumar se não vamos chegar atrasados na aula.

Eu fui pro banheiro primeiro, tomei um banho e me arrumei. Nós fomos direto pra faculdade, assistimos aula normal e depois eu voltei pra casa. A tarde, a Gabi e a Mel vieram passar a tarde comigo, eu ainda sentia as dores e resolvi comentar com a Gabi.

— Irmã, é normal sentir umas dores na barriga?

— Claro que não Malu, dor nunca é normal. Por que? Você tá sentindo alguma coisa?

— Acordei de manhã com uma dorzinha chata e até agora não parou!

— Então liga pro seu médico agora, nós vamos lá ver se está tudo bem com o bebê.

Liguei pro meu médico e ele disse que iria me atender. Chegamos ao consultório e eu fui direto fazer a ultra. O médico não estava com uma cara muito boa e disse:

— Infelizmente não tenho boas noticias Malu.

— O que foi Doutor?

— Não consegui ouvir os batimentos cardíacos do seu bebê, você sofreu um aborto espontâneo! Eu lhe disse que sua gravidez era de risco.

— Não acredito... Então é verdade que eu não posso ter filhos? – Comecei a chorar.

— Calma! – Gabi segurou na minha mão.

— Sim Malu, é bem provável que você não consiga segurar filhos na barriga. Vou ter que te deixar aqui essa noite pra fazermos a curetagem, ok?

Ele saiu e a Gabi tentou me consolar.

— Fica assim não irmã! Há vários outros jeitos.

— De nenhum jeito vou conseguir levar uma gravidez adiante Gabi, de nenhum.

— Vou ligar pra mamãe, quer que eu ligue pro Cadu também?

Fiz que sim com a cabeça e virei pro lado, chorei até que peguei no sono. Acordei algum tempo depois com uma conversa no quarto, eram meus pais que estavam me esperando acordar.

— Oi filha, ainda bem que você acordou. — Minha mãe disse.

— Como você tá? – Meu pai perguntou passando a mão na minha cabeça.

— Muito mal, queria tanto ter filho. – Voltei a chorar. – Por que eu não posso? Tantas pessoas que jogam filho nas ruas, que abortam. E eu que tinha tanto amor pra dar, perco?

— Fica calma meu amor! Cada coisa no tempo de Deus. — Minha mãe tentou me consolar.

— O Cadu já chegou? — Perguntei.

Engravidei do Jogador 2Onde histórias criam vida. Descubra agora