Engravidei do Jogador 2

Capítulo 15

Eu e o Léo nos mudamos há um mês mais ou menos pro nosso apê novo. É tudo lindo, muito a nossa cara! Enfim, passo o dia todo só, porque o Léo estuda de manhã e a tarde trabalha na empresa do pai dele. Eu estava em casa arrumando as coisas da minha filha, siiiiiiim, falta pouco tempo pra ela chegar! Quando ouço a campainha tocar, a secretaria atendeu e foi até o quarto da Mel me chamar.

— Dona Gabi, tem visita pra senhora.

— Quem é Jô?

— É sua irmã e uma menina, não conheço.

— Ah sim, obrigada, já vou! Serve um suco ou um café lá pra elas, sim?

Ela assentiu com a cabeça e foi. Terminei de arrumar e fui até a sala. Era a Malu e a Helena, minha amiga do Rio. Ela estava com um bebê, achei estranho, mas fui até ela e lhe dei um abraço.

— Lena! Quanto tempo, você sumiu.

— É, tive que ficar afastada por um tempo. — Ela respondeu meio sem jeito.

Dei também um abraço na Malu.

— A Helena pediu pra que eu a trouxesse aqui, disse que queria conversar com nós duas juntas. — Malu disse.

Sentei com elas no sofá e disse:

— Pode dizer Lena. Ah, esse bebê é seu? — Perguntei curiosa.

— É sim, meu filho! — Ela respondeu.

— Filho? — Malu perguntou incrédula.

— Sim, tem só um mês. E é sobre ele que eu quero falar com vocês!

— Fala logo Lena, agora to curiosa. — Eu disse.

— Gente, eu vim até Niterói, porque eu me senti na obrigação de contar pra vocês.

— Fala logo garota! — Malu sempre impaciente.

— Eu fiquei afastada de vocês esse tempo, porque eu não queria que ninguém descobrisse minha gravidez.

— Mas por quê? — Peguntei sem entender.

— Gente, esse filho é meu e do Pedro! – Ela começou a chorar. – Eu ficava com ele quando ele namorava com a Malu e fico até hoje. Eu engravidei naquela noite que vocês chegaram, que teve o jantar na casa de vocês. A Malu pediu pro Pedro me levar em casa, fomos conversando e rolou...

— Cachorra! — Malu gritou.

— Malu, calma. – eu segurei na mão dela. – Eu achei desnecessário você vim até aqui pra falar isso, a gente ia descobrir de alguma forma.

— Mas eu queria que vocês ouvissem da minha boca. Tá tudo tão difícil pra mim, vocês nem imaginam... Meus pais me expulsaram de casa, to morando no subúrbio, uma casa que mal me cabe. Logo vou ter que deixar meu filho em algum berçário pra voltar a trabalhar.