O estrupo!

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Depois de já ter entregado os convites na vizinhança, ter avisado a hora para Carlos e todos os preparativos estarem de acordo com sua vontade! Clarice estava tão exausta, que a única coisa que queria fazer era dormir!

Naquele dia ela jantou mais cedo, tomou seu banho pôs uma camiseta macegada e se deitou.

Ela sonhou novamente com aquela porta, aquela que nunca teve coragem de abrir, nem no sonho nem na vida real. Quando de repente sente-se sendo sufocada, um cheiro estranho começa a exalar, um odor tão forte que a fez ter náuseas. Ela queria gritar, mais não conseguia, achou que estava em transe, e achou que seria questão de tempo para abrir os olhos e voltar tudo ao normal.

Mais o cheiro não passava, ela tentava abrir os olhos mais não conseguia, era como se tivesse uma venda neles. Ela se remexeu de um lado para o outro, quando sentiu ao lado de seu pescoço algo gelado, levantou os braços para ver o que era, e sentiu uma pessoa sobre ela. Tentou gritar desesperadamente, mais não saia voz, tinha um lenço em sua boca. Tentou se levantar mas não pôde, seu pés estavam amarrados na cama, somente seu braço estava solto, mais ela não tinha força suficiente para detê-lo.

Ela esperneou, estapiou, chorou, tentou gritar, se soltar, mas não conseguiu. Antes Mesmo que ela começasse a desistir, A pessoa a cima dela começou a agir. Lentamente passando a mão sobre seu corpo, ela tentou impedir agarrando o rosto e encravando com toda força as suas unhas, sem sucesso algum, depois que o agressor se livro das suas garras, segurou seus pulsos de uma maneira que a deixou totalmente imóvel. E voltou a ativa no seu propósito.

Foi horrível para Clarice. Foi das piores coisas que poderia acontecer em toda sua vida. Foi uma dor tão grande que Clarice já não suportava mais, por mais que fosse chorona, nunca chorou tanto em sua vida como naquele momento. De repente sentiu uma tontura tão grande e logo em seguida uma pancada forte na cabeça que a faz desmaiar!

No momento em que acordou, demorou um tempo para se recompor e cair a fixa do acontecido. Ela não Conseguiu fazer nada, pensar, agir, gritar, a única coisa que fez foi se pôr a chorar, ela não podia ficar lembrando, não queria lembrar, coisas ruins acontecem com pessoas que merecem, mais o que fez ela pra merecer aquilo?

Bateram na porta, eram 13:37 da tarde. Era Andréia querendo saber o motivo dela não ter aparecido para o café da manhã nem para o almoço.

Clarice não respondeu!
Andréia insistiu, e a conhecendo como Clarice conhecia, sabia que não ia sair dali sem motivo, a única desculpa foi dizer que estava tomando banho.

Ela não podia dizer, não assim! Ela não sabia quem era, não sabia se era de fora ou de dentro de sua casa! Não podia colocar em risco de acontecer novamente. Ela sempre foi medrosa, mais aquele era um medo diferente, era uma sensação insegura, instável, estranha.

A sua desculpa foi dizer que não estava bem, para não abrir a porta, pois se abrisse não aguentaria e se coloria a chorar.

_Só quero passar o dia sozinha Déia (era assim que ela chamava sua mãe afetiva). Eu, eu estou bem!

_ Tudo bem querida, se precisar me chama ta bem? Lana esta preocupada com você!

_Estou bem!
Foi o que ela conseguia dizer.

Sem querer incomodar a menina, Déia se afastou da porta, esperando por algo a mais, porém sem exito, ela deixa Clarice ficar por aquele dia, da forma que queria; em paz!

O que Déia não sabia, era que paz, seria a última coisa que Clarice teria.

Menina Dos PesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora