Voto de confiança.

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Depois de alguns dias Raul pede que levem Clarice até ele. Pois tinha descoberto que tudo o que ela tinha dito era verdade. E ele estava disposto a ajuda-la.

_Você sabia que os empregados de seus pais estavam fazendo algo contra você?

_Bem! Na verdade eu sonhei!

_Então tenho que ti dizer que você tem um sexto sentido e tanto.

_O que você descobriu?

_Que colocaram em suas costas todo o caso, mais vou dar um jeito de ti ajudar!

_Sério Raul, jura? Você não esta brincando comigo esta?

_Não, acho bem óbvio pra mim e pra todos que eles tinham como ter pedaços de sua unha, parte de seu cabelo, já que são eles que fazem a limpeza da sua casa, principalmente do seu quarto, e se eles forem do ramo como estou imaginando, colheram suas digitais e deram um jeito de incluí-la na cena de crime.

_Nossa! Não tinha pensado em nada disso!

_Pois é, e pedi para eles virem te ver, para podermos falarmos com eles e tirar informações. Você acha que suporta olhar para eles?

_Eu sim! Não sei se eles vão conseguir olhar para mim!

_Tá bem! Então pode ir, eles já estão aqui.

Clarice se levanta e vai com Toledo, antes de abrir a porta da um suspiro para se garantir não soltar nada.

_Já deve ter se cansado de mim não é Toledo? Olha para ele sorrindo.

Ele pensa muito antes de responder.

_Você é até a mais legal dos presos.

_ATÉ. Me incentivou e muito. Ela responde brincando.

Ele devolveu o riso.

_Digo que vejo um pouco de mim em você! É como se conectassemos em mente.

"Que estranho ele dizer isso" Clarice pensa e entra na sala por não ter respostas para aquilo.

Sebastian e Dréia estavam nas cadeiras a sua frente, Gabriel ao seu lado, ela se sentou e ficou olhando para eles, Dréia não conseguia a olhar. Clarice começou a encarar, mais ela não levantava a cabeça.

_E então Clari, Lana disse que você queria nos ver, estava com saudades? Sebastian quebra os olhares dela para Dréia.

_Sim! Ela disse para vocês? A verdade é que achei que vocês não viriam, senti muita saudades sim, vocês sempre cuidaram de mim, não é? E coloca a mão esquerda em baixo do queixo segurando a cabeça e o encarando.

_É sim. E sempre cuidaremos de você! Só que foi uns dos chefes daqui que nos ligou pedindo para vir, achei estanho do que se...

_E você irmãozinho? Como vai indo, senti tanta sua falta. E deu o mesmo tapinha do sonho nas costa dele.

Ele a olhou, com um sorriso doloroso, e antes que uma lágrima escorresse Sebastian voltou ao assunto.

_Clari? Você me ouviu? Do que se trata nos chamar aqui?

_Ah fui eu que pedi, pensei que minha mãe não deixaria vocês virem, entende?

_Haram, sua mãe tem vindo bastante aqui não é?

_É sim, mais como você mesmo sabem, eu não tenho só uma mãe, e estava sentindo muita falta da Dréia, foi por isso. Né Dréia, sentiu minha falta?

Andréia não a olha, ela começa a chorar, e sem querer demostrar que Clarice sabia o motivo, responde.

_Olha só! A saudade é tanta que nem consegue conversar. Linda. Te amo Dréia. MAMÃE!

Palavras que a fizeram soluçar de choro.

Antes que ficassem sem assunto Gabriel coloca a mão em sua barriga e começa a acariciar, suas lágrimas escorriam em uma rapidez enorme, Clarice não entendeu ele fazer aquilo.

_E esse bebezinho hein? Quando vem ao mundo?

_Não sei! Nem sei de quantos meses estou!

_Deve ser uns 3 ou 2 e pouquinho.

_Por aí, como você sabe?

Ele imediatamente tira a mão, enxuga o rosto e fica sem a responder até ela insistir novamente na resposta.

_Digo, pelo tamanho, parece ser quase 3.

_Ha! É. Deve ser!

O mesmo rapaz que tirou da sala de visita com sua mãe, a chama novamente para ir para a cela. Clarice se levanta sem se despedir e vai.

_Rafael, pode deixar, eu levo. Toledo conversa com o policial.

Ele não responde, apenas sai e deixa Clarice para descer com Toledo.

Depois de um tempo Toledo começa a conversar.

_Você deve ter achado estranho o que eu disse não foi?

_Ah! Não, não achei não!

_Eu sei quando metem pra mim!

_Mais eu não tô mentindo.

Ele levantou a sobrancelhas e ficou sorrindo.

_Tá! Ta bem, talvez um pouco, só um pouquinho.

_Não disse. Ninguém mente pra mim.

"O que ele tá arrumando" Clarice pensa!

_Nada!

_O quê?

_Hã!

_Toledo você disse nada!

_Ah, tava pensando alto.

"Vish, ele é pior que eu pensei, pelo visto ele quer saber dos meus sonhos, deve estar pensando que eu sou louca" Pensa.

_E então, foi sem querer, mais ouvi você dizer pro Raul um negocio de sonho?

_Ah sim! É que eu sonho com mortes e essas coisas entende?

_Super normal.

Ela o olha ironicamente.

_Quer dizer, nem tanto.

_Posso ser sincera?

_Pode!

_Você acredita, ou acha eu louca?

_Não eu acredito em você! Mais do que qualquer um.

_Então, não fica triste, mais é que em um desses sonho você estava no meio.

Ele a olha assustado, mais sabia que era mentira, era só um truque para ele a deixar em paz.

_Que legal! Está entregue, antes que eu morra e você fuja. Fala brincando com ela, abrindo a cela

Ela sorriu e entrou, e já do lado de dentro disse.

_Mancada hein? Você disse que acreditava.

_E eu acredito. Quando você fala a verdade! Piscou e se retirou.

Clarice sabia que podia confiar nele, pois ele realmente acreditava nela.

Menina Dos PesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora