No próximo dia, Clarice saiu do quarto antes que Carlos acordasse, para conhecer o orfanato. Bem diferente dos filmes que ela tinha visto, nada tão espaçoso e grandioso para comportar tantas crianças, mais super arrumado e limpo, limpeza, que os próprios órfãos faziam. Ela conheceu cada canto, até que viu uma porta escrita "banheiro", e ia puxando-a para entrar.
_Ei, ei, tem gente aqui dentro.
Uma voz grita atrás da porta.Clarice não reagiu nem falou nada, então a pessoa saiu pra ver quem era. E ana era essa pessoa.
_Ha! Tinha que ser não é? A porta não tem tranca então da próxima vê se toma cuidado.
_Tá.
_Você dormiu por aqui queridinha?
_Claro! Eu sou uma órfã. Assim como você, e aqui é meu lugar não acha?
_Não, não acho não. Você só é órfã porque matou o próprio pai, e o seu lugar é na cadeia.
_Quem ti disse isso? Carlos?
_Ora essa, notícias voam. Se acostume. Vou saber de tudo sobre você, enquanto você, nada de mim.
Clarice não responde.
_E Carlos disse algo sobre nós dois?
_Sobre os dois não! Sobre você sim.
_Sério, que consideração! Ele pensou em mim enquanto estava com você? Disse querendo irritar Clarice.
_É sim! E me fez perceber o quanto deve ser ruim gostar de alguém que não dá a mínima pra gente.
_É o seu caso?
_Não, o meu não! Mas o seu sim.
Ana não teve reações.
_Ha. E aliás, você tem um gosto musical ótimo!
Clarice a disse dando as costas.Ela passou por um corredor e saiu por uma porta que levava a rua, lá ela parou e respirou, com o coração batendo muito mais forte que de costume, não acreditava nas palavras que tinha dito, mais a verdade é que ela tinha gostado daquilo.
Ela se vira sorrindo pelo feito, e ao se virar para sentar na escada, encontra um garoto albino, de cabelos tão loiros, que nem se via sombrancelhas e cílios, o engraçado era que mesmo de um jeito diferente ele se parecia muito com ela. Os dois um de frente para o outro, ficaram simplesmente parados, quando Clarice ia voltando para dentro da casa._Oi.
Ele disse._Oi.
Clarice responde._Você é a namorada do Carlos não é?
_Bem! Acho que sim.
_Ha.
_Porquê?
_Nada.
_Nada, nunca é nada.
_Dessa vez sim.
_Pode me falar. O que ouve? Algo dele pra me dizer?
_Não, não. Você tem sorte, Carlos é o cara. Eu só perguntei pra puxar assunto. Juro!
_Ha. Você é estranho.
_Eu tô sem óculos.
_Não foi isso que eu disse. E começou a rir.
_Ah tá, tá, tá desculpa.
E entrou para a casa._Ei, eu não quis...
_Tudo bem moça. Já estou acostumado.
Antes que Clarice dissesse algo para se desculpar ele a deixou conversando sozinha.
Carlos estava vindo do quarto, ainda esfregando os olhos.
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Menina Dos Pesadelos
HorrorDizem que sofredores tem tudo pra ser pessoas boas de coração! Clarice sofreu, lutou, tentou, mais o coração bom... Nunca chegou! A história de uma menina que não tinha nada, mais perdeu tudo o que tinha. E não entendendo de sua origem, se tor...