Deus cabe nessa história?

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Tantos dias se passaram e Clarice sem sonhar!

Na realidade para muitas pessoas isso é normal, mais para ela, especialmente era como se faltasse algo, era como deitar-se, fechar os olhos, e depois de horas olhando para um imenso escuro, voltasse a abri-los.

Era nítido que faltava algo em Clarice, triste ela sempre fôra, mais essa tristeza de agora era algo diferente. Algo que se olhando de fora se sente.

Talvez fosse pela perda de seu bebê, a de seu amigo Ruivo ou a enorme confusão que Toledo havia causado em sua cabeça, que talvez todas as explicações do mundo não seriam capazes de a fazer entender.

Se já era difícil para o mundo, cheios de pessoas sábias e vividas entenderem, sobre como ela poderia ter poderes, para ela era ainda maior essa dificuldade, já que Clarice não conhecia nem sequer o mundo, quem dirá os segredos que nele se escondem.

_Toooledooo! Clarice se lembrou de que Toledo disse estar disponível quando ela precisa-se. Não era caso de vida ou morte, mais ajudaria ouvir vozes, e pensameamohs diferente.

Desceu mais que depressa indo em direção à porta, até que Carlos a vê e a interrompe de sua imensa pressa.

_Clari? Você esta bem?

_Ham! Oi? Estou sim.

_Esta indo pro hospital? Quer que eu vá junto?

Clarice o olha e percebe o quanto, mesmo sem ela merecer, aquelas pessoas se importavam com ela. Então prefiriu ser sincera.

_Não, eu vou na cadeia!

_ fazer o quê? Ele pergunta assustado.

_Preciso conversar com o Toledo.
E se você quiser ir dirigindo, eu aceito sua ajuda.

Carlos entendeu aquilo como uma provocação, ela sabia de que não tinha carteira de habilitação, muito menos carro, mais antes que ele dissese algo, ela completa.

_Com o carro de minha mãe é Claro!

Sem dizer nada, ele apenas pega a chave e vai atrás dela.

Chegando lá, ela foi procurar por Toledo, mais não o encontrava em lugar nenhum. Até receber o convite de espera pelo atraso do funcionário naquele dia. Ela se senta na sala de espera, quando se lembrar de que Gabriel era o motivo dela não estar mais ali. Então aproveita para ter uma visita com ele.

_Oi. Clarice disse já na sala de visita assim que ele entrou.

Ele não conseguiu a olhar, se sentou e ficou quieto.

_Gabriel. Oi! Eu disse oi!

_Desculpa, desculpa por tudo, eu não quis, não foi intenção minha, eles me obrigaram, meu pai me obrigou... Dizia em um desespero tão grade quando Clarice o impediu de continuar.

_Ei, ei, tá tudo bem! Eu não culpo você, aliás eu vim ti agradecer por ter confessado, você foi forte, foi contra seu pai, pra me livrar daqui. O diz carinhosamente, o acariciando.

_Mais eu não fiz isso por você!

_E por quem foi então?

_Pelo bebê!

_O meu?

_Sim. Não só teu.

_Eu sei, mais você fez então por Charlie? Porquê o bebê é dele.

_Não! Clarice não! Você não entende?

_Me desculpa, mais não tô conseguindo entender bem.

_O pai, não, não é ele, sou eu!

Menina Dos PesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora