Nascidos para amar (destino Suécia)

Prólogo

Olá!! Como o livro será postado pela segunda vez, aqui na plataforma, já se encontra a venda na Amazon 9,99 reais.

Notar que a história tem dois finais. Um na versão Wattpad e outro na versão Amazon. Aqui será colocado a primeira opção. Porém, ao término do último capítulo, irei disponibilizar o e-book gratuito por 24 horas. Assim todos os leitores, podem visualizar os dois finais. 

Tive uma infância e início de adolescência comum, com pais normais e amorosos. Sem nada fora do lugar ou que fosse considerado estranho. Morávamos em Americana, quando meu pai o juiz Artur Gonçalves Barreto foi transferido para uma comarca maior e nos mudamos para Campinas. Infelizmente, ali foi o início de toda a tormenta e de vários episódios que mudaram meu destino drasticamente. Naquela cidade perdi o amor e o respeito do homem que mais amei na vida. Aos 15 anos comecei a ter sonhos estranhos e incompreensíveis com a vovó Dina, que havia falecido quando era apenas uma garotinha. Neles minha avó materna, alertava-me sobre os problemas e decepções que surgiriam naquele ano. Porque em breve eu receberia um dom maravilhoso, que ajudaria e mudaria a vida de muitos.

Tudo me amedrontava grandemente, porque eu só queria ter uma vida como os outros, sem grandes acontecimentos e feitos extraordinários. Meu desejo era ser a Cecília, a adolescente que aspirava ser juíza, quem sabe casar e ter filhos. Desfrutar de um convívio pacato como a maioria da população.

Papai era um homem bom, mas de gênio forte, que não aceitava ser contrariado de nenhuma forma. Centrado e sempre mantendo o foco na carreira, tudo girava em torno disso, até nossas vontades e desejos. Certa vez manifestei o interesse de estudar informática, mas fui rechaçada no mesmo instante. Dizia que sua prole iria seguir a carreira de magistrado, assim como todos os homens da família Barreto, ou seja, só havia uma saída cursar direito.

Como eu não queria decepcioná-lo ou criar atritos desnecessários, aceitei o destino como futura juíza e foquei nos estudos. Durantes 07 meses vivemos em um bairro chamado Cambuí, morando em uma casa grande com piscina e desfrutando da companhia de ótimos vizinhos. Uma família que residia em frente a nossa, se tornou presença assídua em casa nos finais de semana. Joaquim, Raquel e sua filha Cristina passaram a conviver conosco sempre que possível e nossos pais se tornaram grandes amigos. Cristina era da minha idade e estudávamos na mesma escola, o que fez nossa amizade criar raízes e se fortificar.

Cristina mesmo com a pouca idade, era uma fervorosa defensora dos animais e vivia me arrastando para suas atividades de caridade em abrigos privados e ongs. Nunca detestei ou me incomodei com isso, muito pelo contrário, sabia que aquilo alimentava minha alma. O ato de estender a mão para os necessitados. Talvez por isso a amizade de Cris me fosse tão preciosa. Sabia que nos fundo erámos extremamente parecidas.

Em um determinado feriado, meus pais resolveram fazer uma pequena celebração em volta da piscina. Convidamos os pais de Cristina e alguns amigos juízes e políticos da região. Tudo ia muito bem, quando Joaquim demonstrou estar se sentindo mal.

Imediatamente foi levado para sala e deitado no sofá e os sintomas de infarto deram sinais. Ele respirava com dificuldade, estava pálido e agonizando com dores fortíssimas no lado esquerdo do peito. O desespero foi geral, Raquel gritava que seu marido era hipertenso e que precisava de ajuda, papai rosnava para chamarem o SAMU, Cristina tremia e orava. Até que algo dentro de mim foi despertado, um desejo insano e potente de tomar uma ação. E no interior da minha mente e coração, eu sabia qual seria a atitude. Nos meus sonhos, vó Dina nunca mencionou qual era meu dom, mas quando a situação aconteceu ao meu redor, o destino tratou de me ensinar e sinalizar qual era meu talento.