"Vocês não sabem o que dizem."

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Capítulo Dois

Ps: Jhiu na foto acima.

Fiquei o encarando, olhando para cada detalhe nele e creio que eu fazia alguma feição estranha, pois quando fui dar conta de mim, ele me olhava estranho e logo riu. Ri de volta e falei:

- Desculpa, mas eu não lembro de você. - falei meio sem graça.

Ele sorriu.

- Faz tempo que a gente não se vê mesmo... Eu sou o Lucas. - continuei sem lembrar dele. - Do acampamento da sua igreja... Está lembrando? Teve até aquela "parada" com o seu namorado e tal...

- Ah, nossa! Claro que eu lembro. Eu sabia que seu rosto não era estranho.

Ele riu e começamos a conversar, coisa que não fizemos no acampamento em Paquetá.

Eu, normalmente, não sou uma pessoa esquecida das fisionomias das pessoas, mas dessa vez nem eu sei o que houve para não lembrar do Lucas, até porque, depois da confusão que houve, eu não deveria ter esquecido... Mas pensando bem, foi até bom ter apagado tudo aquilo de uma vez, até porque, dias depois tudo ficou melhor. Ele aceitou Jesus e meu namorado e eu, fomos batizados no Espírito Santo.

- E aí, você gosta de fotografia? - perguntei.

- Gosto bastante. Descobri esse "dom" à pouco tempo, por isso só comecei esse curso agora. - respondeu, diferente do seu jeito durão.

- Ah, entendi! Mas então, você tem ido à alguma igreja depois do acampamento?

- Pior que não, Ni... - ele me olhou - Posso te chamar assim?

- Claro. - sorri.

- Eu não encontrei nenhuma que me fizesse bem. Eu queria sentir a mesma coisa daquele dia em que aceitei Jesus. Aquela mesma sensação de bem, estar ao lado daquelas pessoas legais e sem falar daqueles líderes... Que são muito gente boa! - falou ele, parecendo ser sincero.

- Ah, mas então porque você não aparece lá na minha igreja? Sempre mais um em nosso grupo é bem vindo... - parei de falar e pensei. - Mas... você foi com quem mesmo?

- Com o Igor po, meu amigo de muito tempo já!

- Ah, então, vai lá sim, tenho certeza que você vai se sentir bem. - sorri e ele sorriu de volta.

O professor nos interrompeu, dizendo que o tempo da dinâmica já tinha terminado e que entraríamos nas matérias. Ele nos explicou que também terá aula pratica, tanto na sala de aula quanto em alguns lugares, que ele pesquisará e nos levará para treinarmos nosso dom em tirar foto.

Rodrigo narrando:

A noite chegou e hoje é dia de culto! Fui para o banho e me arrumei, com o meu estilo de sempre. Vesti o tênis que a Ni me deu no nosso aniversário de um mês, o que me fez lembrar e sentir saudade cada vez mais dela.

Desci, chamando os meus avós, para já irmos à igreja. Enquanto eu esperava, percebi que tinha um quadro de várias fotografias em uma das paredes escuras daquela casa. Uma foto minha quando era pequeno, com eles e meus pais juntos. Vi meus avós jovens, os vi em seu casamento... Achei tudo aquilo incrível, mas paro quando meu avô põe a mão sob meu ombro e diz:

- Bons e velhos tempos...

- Que isso vô! O senhor tá cheio de vida aí.

Vida de uma Adolescente Cristã IIOnde histórias criam vida. Descubra agora