Vida de uma Adolescente Cristã II

"Eu te amo muito mais."

Capítulo Vinte e nove

         Depois de passarmos a viagem preocupados, chegamos no Aeroporto Santos Drummond, ligamos para o meu pai e ele nos informou onde estava.

- Filial da Beira Mar, lá em Copacabana. - avisei.

Pegamos um busão e chegamos no hospital. Entramos, demos nossos dados na recepção e a mulher nos mostrou onde minha família estava. Subimos aquela escadaria, quarto 36D e na espera, encontramos meus avós e alguns amigos dos meus pais.

- Como ela está? - Nic perguntou à avó Fabi.

- Muito... mal.

Nos explicou o que tinha acontecido em detalhes e então resovi entrar. Duas batidinhas na porta, abro e vejo meu pai ainda de jaleco, sentado em uma cadeira ao lado da cama da mamãe, segurando sua mão e chorando.

- Você sempre tentando ajudar, querendo o melhor para todos... Eu te admiro por isso, mas me preocupo, amor. Volta pra mim. Eu... - limpou as lágrimas. - amo você!

A deu um beijo no topo da cabeça, ainda sem perceber minha presença.

- Tem um tempinho pra sua filha, Doutor Rodrigo?

- Todo do mundo. - sorriu e veio ao meu encontro, me abraçar.

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         Já com todos nós no quarto, ouvindo atentamente o que papai falava, Gui deu uma idéia:

- Quem falou que não tem mais jeito? - perguntou ele.

- O cirurgião que cuidou dela. - papai respondeu. - Ela não consegue respirar sozinha.

- Ok, mas então por quê o coração dela - apontou para a máquina onde podíamos ver. - ainda bate, se a bala o perfurou?!

Ficamos em silêncio e eu entendi o que ele quis dizer, e pelo jeito, papai também:

- "Se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: "Vá daqui pra lá", e ele irá. Nada será impossível para vocês." - recitou um versículo.

Gui se levantou, logo em seguida Nic também. Esticaram os braços para mim e para a Lara:

- Vamos sentir o Sobrenatural de Deus? - Gui nos convidou.

Fomos, fizemos uma roda em volta da cama e onde minha mãe está desacordada, fechamos os olhos e oramos:

- Meu Pai, estamos aqui juntos para pedir a cura para a minha mãe. Eu sei que para os olhos naturais ela está à beira da morte, mas eu creio que se o Senhor ainda tiver planos para a vida dela, fará com que volte à vida. - meu irmão orou, com a voz falhando.

- Nós cremos no impossível porque cremos em Ti! Que nesta madrugada a tua filha possa ser curada e sentir novamente o ar da vida que o Senhor nos concede à cada manhã... - Lara continou e a todo momento eu me arrepiava e glorificava o nome dEle.

         Quando o papai começou à interceder, não consegui mais segurar aquele nó na garganta e deixei as lágrimas caírem. Orei na minha mente, comecei um clamor pela vida dela e quando decido abrir os olhos, vejo realmente uma coisa sobrenatural. O Espírito Santo estava ali e vários anjos em nossa volta, fazendo também uma roda.