Vida de uma Adolescente Cristã II

Nada mais pode me pôr pra baixo!

Capítulo Quinze

Fui pra aula com os meninos e na hora da saída, Lara estava com duas meninas no portão. Passei, junto com o meu irmão e o Gui, sem nem dar bola para elas, ou melhor, só ela.

- Vai se tratar logo crentezinha. - gritou ela.

Meu sangue ferveu no mesmo instante, então virei e quando ia seguindo pra falar com ela, alguém me puxa. Olho por cima do ombro e era o Guilherme.

- Rachel, ignora que vai ser melhor.

- Eu não vou fazer nada de mais.

- Só vai espancar a menina, pois é, nada de mais. - ironizou, meu irmão.

- Não foi você mesmo quem falou pra eu não ligar para o que os outros dizem? - ele assentiu. - Pois então! Só quero calar a boca dessa estúpida.

- Tá, mas então vamos juntos com você até porque você pode perder a cabeça em qualquer instante. - falou Gui.

Eles riram.

- Com certeza. - concordou meu irmão.

Dei um tapa no braço dos dois e fomos até lá. Fiquei de frente para Lara, que prendia o riso e as outras meninas se afastaram.

- Mas não é que as notícias correm por aqui?! - falei.

- Mas não é garota... Corre igualzinha à você quando está a fim de vomitar e foge para o banheiro. - responde ela.

- HA-HA-HA. - respirei fundo, séria. - Nossa, estou até mergulhando no meu mar de risos que acabei de dar por dentro depois de ouvir isso.

- Que bom, mas não foi essa intenção.

- É, eu sei qual foi a sua verdadeira intenção mas olha só, nada mais pode me pôr pra baixo. Fala o que você quiser de mim ou até mesmo pra mim. Quer me provocar? Vai em frente, mas fica ciente que você vai estar falando sozinha. - pisquei de um olho só, mandei um beijo no ar e saí dali.

Os meninos vieram logo atrás e me abraçaram, meio que me parabenizando por não ter levado o insulto direto pra briga.

Nicolas narrando:

Cheguei em casa, tive minha rotina normal e quando peguei o meu celular, vi que tinha muitas ligações da Alice. É, ela tem me perturbado pois eu tenho a ignorado no colégio depois do que fiquei sabendo. Mexi nas minhas redes sociais e recebi mais uma ligação dela. Resolvi atender a acabar logo com isso.

- Ai gracinha, ainda bem que você atendeu. Tenho tentado me explicar há um século com você, mas... - falou, mas a interrompi.

- Não quero saber de explicação nenhuma, você não me deve satisfação.

- Tá, mas mesmo assim eu quero te contar o que aconteceu. Aquele doido do Bob me agarrou e eu não consegui me soltar, foi um assédio sexual.

- HAHAHA. - gargalhei. - Inventa outra cara, eu te conheço muito bem. Se você não quisesse que aquilo acontecesse, você não ia deixar.

Ela ficou quieta do outro lado da linha.

- Chega Alice, tenho mais o que fazer.