Estaremos de braços abertos

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Capítulo Três

Nicolle narrando:

        Estava prestando atenção na aula de fotografia, quando sinto meu celular vibrar. Abro minha bolsa disfarçadamente e vejo que é minha irmã. Fico preocupada na mesma hora, pois hoje ela falaria com as amigas sobre aquela situação, então ela deve estar precisando de ajuda.

- Professor, posso atender? - perguntei.

- Agora vocês não mais precisam pedir. Aqui é como a faculdade, saem e voltem a hora que quiser! O tempo de colégio passou. - disse, mas logo sorriu, para não parecer grosso.

Sorrio de volta, saio da sala e atendo.

Ligação on:

- Oi irmã!

- Ni, eu quero que você venha aqui na escola na hora da saída. - disse ela com um pouco de tensão na voz.

- O que aconteceu? Elas fizeram alguma coisa com você?

- Não, mas me ameaçaram. Você sabe como eu sou e se eu tiver que esperar elas na hora da saída pra brigar, como elas querem, eu fico mas eu estou querendo mudar, então preciso de você aqui. - explicou.

- Sei... Que horas você sai mesmo? - pergunto.

- 12:30.

- Tá bom. Quando eu chegar aí, te ligo. Fica com Deus, beijo.

- Você também, beijo e... Obrigada! - respondeu.

Ligação off.

Entrei novamente na sala preocupada, orando em mente para que o Senhor protegesse e não deixasse nada de mais acontecer com a minha irmã.
Acho que minha expressão de preocupação estava notável, então Lucas perguntou:

- Está tudo bem, Ni?

- É... Está sim, era só minha irmã pedindo ajuda com uma coisinha. - dei um sorrisinho e voltamos a prestar atenção na aula.

↞ ❀ ↠

        Lucas me deu uma carona até a escola da minha irmã e eu fiquei grata, pois se eu fosse à pé ou de ônibus, ia passar muito da hora.

Toquei no interfone do colégio e uma voz grossa, de homem atende:

- Colégio Novo Futuro, boa tarde?

- Boa tarde. Eu sou irmã da aluna Jhiulia e eu gostaria de entrar para pegá-la, por favor?!

- Só um minuto.

Ele desligou, destravou os portões e eu entrei. Fiquei um pouco perdida naquele colégio enorme, mas logo uma simpática senhora me deu algumas informações e eu consegui me localizar.  Fiquei no refeitório e liguei pra ela. Chamou, chamou, mas ela não atendeu. Fiquei preocupada na mesma hora, então rodo aquela escola e quando chego na quadra de futebol, literalmente, vejo duas meninas uma ao lado da outra, e uma outra garota com um penteado igual ao da minha irmã. Reparei na cor do cabelo desta mesma e reconheci, é ela!

        Me aproximei devagar e consegui escutar uma das meninas dizer:

- Então vai lá santinha, viver a vida com esse Deus.

Vida de uma Adolescente Cristã IIOnde histórias criam vida. Descubra agora