Capítulo Seis
Nicolle narrando:
Vesti minha saia preta com uma blusa de manga, floral e uma sapatilha. Pus também o cordão que Digo me deu... E falando nele, ouço sua voz vindo lá de fora. Vou até a janela, vejo ele e meus sogros já fora do carro, esperando alguém abrir o portão. Acho que ele já sabia onde eu estava, então olhou pra cima, me viu na janela e sorriu, me fazendo fazer o mesmo.
Caramba, que saudade eu estava dele! Desci as escadas, fui até a cozinha e avisei os meus pais que eles já tinham chego e só então, fui lá atende-los.
Meus sogros estavam de braços dados e Rodrigo, de cabeça baixa, com a mão no bolso. Assim que ele ouviu o barulho do portão sendo aberto, levantou o rosto devagar e quando me viu, sorriu sinceramente. Percebi que não era só seus lábios que esticavam, seus olhos também, e isso me fez admira-lo mais por alguns segundos. Fui até ele, nos olhamos no fundo dos olhos e então nos abraçamos. Não um abraço rápido, de alguns segundos, mas daqueles que você conseguia sentir todos os sentimentos que aquela pessoa estava sentindo. Foi um daqueles abraços que você se sente segura e consegue expressar tudo o que as palavras ainda não foram ditas.
- Que saudade de você! - sussurrei.
- Eu também amor, muita. - disse e me olhou.
Sorrimos, nos beijamos e nos abraçamos novamente. Dei um beijinho no rosto dos meus sogros e entramos. Fomos para a cozinha, onde todos estavam e então se cumprimentaram.
- Por quanto tempo eu dormi, amor? Olha a sua irmã... E o Calebe! - falou o Digo, admirando-os.
- Ainda sinto isso quando os vejo. - respondi, vendo eles se abraçarem.
- Mas como está bonito o meu genro! - falou minha mãe e o abraçou.
- Oficialmente pediatra? - perguntou o meu pai.
- Isso aí!- respondeu e se cumprimentaram.
[...]
Depois do almoço em família, que foi divertidíssimo, Digo pede licença, chama meu pai e vão pra sala. Estranhei aquilo, mas como o relacionamento dos dois ficou ótimo nesses anos, decidi não me preocupar.
Rodrigo narrando:
Sentamos no sofá e eu fui direto ao assunto
- Então seu Léo, eu queria saber se... - e expliquei o que eu queria fazer.
Ele me disse algumas palavras, como um voto de confiança e que aceitaria o que viria à acontecer. Combinamos tudo direitinho o que eu tinha programado e ele gostou da ideia. Apertou minha mão, com um sorriso no rosto e disse:
- Sei que o Senhor está no centro do relacionamento de vocês e creio que continuará.
- Com certeza!
Voltamos para a cozinha como se nada tivesse acontecido, então falei com a Ni que queria leva-la ao cinema.
- Ué amor, agora? - falou ela.
- Sim, hoje é o último dia que vai passar um filme que eu estou querendo ver à um tempão.
- De ação?! - perguntou e eu concordei com a cabeça, o que fez ela revirar os olhos mas logo sorrir.
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Vida de uma Adolescente Cristã II
SpiritualSEGUNDO VOLUME Depois de todas as situações que o casal Nicolle e Rodrigo terão que passar, eles se casarão e formarão uma família. Conforme o tempo passar, seu filhos irão crescer e viver uma vida normal. Rachel, no entanto, se previne das coisas d...