Dali mesmo vi o tempo passar...

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Capítulo Dez

Planejamos do quarto de hóspedes virar o novo quarto de Nicolas, já que não havia outro cômodo pra isso. Peguei meus filhos e os levei para o banho. Enquanto Digo banhava o Nic, eu fazia o mesmo com Rachel. Levamos os dois para o quarto dela, a deitei no seu berço e como era grande e espaçoso, Nicolas também ficou ali. Puxei um banco para perto dos dois, enquanto Digo preparava - acho - que o jantar e fiquei batendo na fralda deles, os fazendo balançar e pegar no sono.

- "Morreu por mim naquela cruz, Jesus, Jesus. Fardo pesado carregou por amor se humilhou." - cantei suave, para os fazer adormecer. - "Me deu a vida, por mim se entregou, Tua graça me salvou eu sou livre e grato pelo Teu amor. Tua graça me salvou [...]"

Depois de alguns minutos, percebi que eles já estavam dormindo, então um beijinho em cada um e fui para a cozinha, onde encontrei meu marido colocando nossas comidas no prato.

- Nossa! Que eficiente. - disse e sorri quando ele me olhou.

Jantamos juntos, conversando sobre tudo o que estava acontecendo em nossas vidas. Rodrigo mudou em algumas coisas, sua fisionomia já estava mais madura e seu vocabulário estava um pouco mais formal, mas não ao excesso, porém ele continuava com aquele jeito de antigamente. Carinhoso, atencioso e paciente, bem paciente!

Fomos para o nosso quarto e planejamos o que iremos fazer amanhã em relação ao nosso "novo" filhote. Ajoelhamos e oramos lado à lado, em voz alta, agradecendo à Deus por tudo e pedindo para que Ele nos capacitasse à cuidar dos nossos filhos conforme o querer dEle.

No dia seguinte...

Fomos ao cartório logo cedo, antes de contar a novidade para os nossos familiares. Registramos nosso filho com o mesmo nome da nossa bebê, Nicolas Meett Will Campos. Os profissionais estranharam por estarmos indo somente no seu 7º mês de vida, o registrar, mas contamos tudo o que aconteceu, fizemos as devidas providências que eles nos orientaram e tudo ficou perfeito! Voltamos para a nossa casa e chamamos a Clara, já que morava na mesma rua que a nossa, para saber da novidade.

- Amiga do céu! Que coisa incrível! - disse ela, logo depois de eu ter contado tudo.

- Deus é incrível né Clara! - rimos. - Mas então, você não queria ser madrinha de um filho meu? - perguntei.

- Queria, quero e vou ser, já está decidido. - gargalhamos.

Passamos um pouco da nossa tarde juntas, mas logo ela teve que ir para o seu consultório. Liguei para os meus pais e para os meus sogros e contei também o que aconteceu. Eles ficaram maravilhados, assim como todos que souberam!

Voltei para o meu trabalho logo depois que botei meus filhos na escola da mamãe, que agora é diretora do seu antigo colégio quando ainda trabalhava como professora.

Os anos se passavam e meu marido e eu continuávamos babando por eles dois. Nicolas é um doce de menino e Rachel também! São muito carinhosos e os dois são muito unidos, tanto que meu filho defende a irmã na escola. Ele já me contou - minha mãe também - que Rachel é um pouquinho "zoada" no colégio por ser fofucha - como a chamo. Ok! Minha filha está um pouco gordinha, mas isso não é motivo dela estar sendo insultada em sua classe. Meu marido diz que mesmo ela estando um pouco acima do peso, sua saúde continua indo muito bem, mas mesmo assim, fico cada dia mais preocupada com isso, então ando diminuindo seu tempo de alimentação e a quantidade também.

Vida de uma Adolescente Cristã IIOnde histórias criam vida. Descubra agora