(im)possible Love 02

Treze

-E finalmente aqui são os bastidores onde todos os modelos se preparam para as sessões fotográficas, campanhas, anúncios e isso-falei depois de mostrar todos os compartimentos do estúdio.

-Isto aqui está muito bem decorado e é muito acolhedor por sinal-ele sorriu.

-Tudo foi decorado pelo Ryan com um toquezinho meu-sorri.

-Tens bom gosto.

-Obrigada-cocei a cabeça-olha vou apresentar-te a algumas pessoas.

-Está bem-ele assentiu.

Apresentei-o à Bubu e à Annie, que logo ficaram loucas quando o viram. Apresentei-o aos outros modelos e também aos fotógrafos.

-As pessoas aqui são muito simpáticas-ele falou.

-Eu sei...-assenti-mas onde tu trabalhavas elas eram antipáticas?-perguntei curiosa.

-Sim...-assentiu-as pessoas lá em Lisboa vivem muito para o trabalho e estão sempre muito stressadas. Aquilo era um sufoco.

-Pois eu compreendo-assenti.

Ambos nos dirigimos até a uma pequena mesa com duas cadeiras e sentámo-nos a conversar.

-Então....sempre trabalhaste aqui?-ele perguntou.

-Sim....-assenti-este foi o meu primeiro emprego na verdade.

-Há quanto tempo trabalhas neste ramo? No ramo da moda?

-Há cinco anos apenas e tu?

-Há sete anos-ele sorriu.

-És mais experiente estou a ver...

-É....sabes? És muito bonita.

-Obrigada-corei-tu também.

-Vives aqui perto?

-Sim....-olhei para ele-e tu vives aqui sozinho ou tens família?

-Eu vivo somente com a minha mãe e com a minha irmã de 18 anos, o meu pai morreu três meses depois da minha irmã nascer.

-Oh desculpa eu não sabia-fiquei triste.

-Não faz mal...-ele encolheu os ombros-se calhar até foi melhor assim.

-Porque dizes isso?

-O meu pai maltratava a minha mãe-ele encolheu os ombros-nunca foi um bom marido nem um bom pai. Agora estamos muito melhor sem ele e...eu só entrei para este ramo para ajudar a minha mãe nas despesas e acabei por gostar daquilo que faço e desde então segui com a minha carreira.

-Isso é muito bonito-sorri para ele-a tua mãe deve de estar muito orgulhosa.

-Sim ela está...-ele sorriu ao falar da mãe-ela iria adorar conhecer-te.

Eu corei com as suas palavras.

-Será um prazer.

-E que tal hoje?-fiquei surpreendida com o seu convite.

-Eu não sei...-olhei para ele-é que os meus pais resolveram ter uma noite romântica e eu tenho de cuidar da minha irmã e da minha filha.

-És mãe?-ele perguntou.

-Sim...-sorri nervosa-tenho uma filha de oito anos.

-E aposto que ela deve de ser bonita como a mãe.

-Ela consegue ser mais bonita ainda-sorri ao pensar na minha filha.

-Então tu és casada...

-Não...-ajeitei-me na cadeira desconfortável.