Capítulo Onze: Paris 5.0

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Luke

Nada melhor do que uma guitarra para descontrair. Michael disse que o palco estava vazio e que eu tinha permissão para entrar lá.

Quando abri a última porta que era preciso até chegar ao palco, uma voz feminina suave e umas notas de guitarra que nem eu conheço ecoaram na minha cabeça.

Mas que merda é esta? Disseram que isto estava vazio!

Onde é que eu já ouvi esta música antes???

Depois de pensar como um retardado lembrei-me que é a 18 mas uma versão um pouco diferente. Tipo como se fosse uma versão feminina, sei lá.

Subi as pequenas escadas de metal tentando fazer o minimo barulho possível, não quero incomudar ninguém, só quero ver quem é.

Espreitei curioso e vi alguém sentado no chão. Era uma ela.
Ai não, aquela rapariga de ao bocado? Deus, muito obrigado. Adoro ser sarcástico.

Aproximei-me calmamente.
Ela parou de cantar e riu. Que louca mano.

Bem, tenho de pedir desculpas de uma maneira ou de outra por isso...Sentei-me perto dela.

So tell me what else can I do?
I bought my fake id for you

She told me to meet her there
I can't afford a bus fare
I'm not old enough for her
I'm just waiting till I'm eighteen

-eu continuei.
Ela virou a cabeça tão lentamente que mais parecia a miúda do exorcista.

Ela apanhou um susto mental, por que sim, o seu corpo não se mexia mais, nem pestanejava.

-Queres ajuda com a guitarra? -eu perguntei e ela abriu a boca, mas não saiu nenhum som da mesma. Ela olhava-me tão fixamente que até me fez sentir constrangido. -Posso pegar na guitarra? -ela segundos depois saiu do transe e entregou-me a guitarra. Toquei e cantei o próximo verso. Não sei como é que eu fiz, mas ao cantar, fiz ela cantar também. Ela cantava baixinho, mas cantava.

Sofia

-Como boas-vindas ao "grupo 5SOS" concedo-te um desejo. -Ashton falou sorrindo. Nossa senhora de Fátima, onde é que ele vai buscar este sorriso?

-Desejo ser a tua Senhora Irwin, mãe dos teus 5 filhos. -eu disse, na minha cabeça, mais ninguém ouviu, nem o Ashton. O que eu realmente disse foi:

-Não é preciso.-eu disse rindo sem graça.

-Eu insisto.

-Hmmm. -sim, eu vou pedir isto. -Um beijo. -eu pedi baixinho.

-Desculpa, não ouvi. -ele disse aproximando-se demasiado de mim.

-UM QUEIJO, sim, UM QUEIJO!

-Um queijo?!

-Sim, tipo queijo francês.

-Ah OK, -ele riu. -eu vou buscar um então. Deram-nos imensos depois do concerto

Que bom Sofia, pedis-te um queijo e ele vai dar-te um queijo. Ganhas-te o dia não é?

Fodasse, eu não vou perder esta oportunidade! Respira, expira, respira , expira...CÁ VAI!

-ASHTON?! -eu praticamente gritei e ele olhou para trás assustado.

-Sim Sofia?! -acho tão engraçado aquele sotaque: "Soufia"

-Hmmmm...uma aula de bateria?!

-Duas! -ele sorriu.

-Obrigada.

-De nada

(...)
-Mas ainda queres queijo???

Luke

S

orri quando toquei o último acorde. Ela olhava em volta, mas nunca para mim.Arranhei a garganta tentando chamar a sua atenção mas ela estava demasiado distraída a olhar cadeiras.

-Bem, eles quase me imploraram para te pedir desculpa. -ela olhou para mim, mas durante pouco tempo. -Mas não é só por eles me terem pedido. Eu devo-te um pedido de desculpas...Não é por vossa causa eu estar assim...arrogante. Por isso...foi sem importância. E como vamos nos ver mais vezes...Mais vale desculpar-me agora. -Quando me apercebi já tinha falado muito para um simples desculpa. -Desculpa...

Depois de um minuto de vácuo eu levantei-me. Estou a fazer papel de parvo.

-Azuis...-ela tinha finalmente dito alguma coisa. -São azuis demais.

Eu demorei muito a decifrar o que ela tinha dito mas mesmo assim não percebi muito bem o porquê disto agora.
Olhei-a com curiosidade.
-Parecem o oceano. -ela olhou-me sorrindo. -Tens noção o que eles provocam nas pessoas?

Eu não estou a perceber um caralho. Ela está a falar em código?

-Eu não faço ideia do que estás a falar. -eu ri e ela olhou-me fixamente, como da outra vez...mas pior.

-Os teus olhos...Estava a falar dos teus olhos...

-Ah,os meus olhos! Os...meus...olhos. -depois de perceber o tema da conversa fiquei ainda mais constrangido.

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