16- Gonzaga e dorotéa

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- Onde vamos? - perguntou Lília.
- primeiro, buscar as duas lesmas. Depois... Surpresa!

A luz elétrica, as casas de ouro preto tinham um aspecto misterioso. Os janelões escuros esticavam-se mais para o alto, as ruas curvadas pareciam ocultar em cada esquina fantasmas vagueando em busca de recordações. O céu estava estrelado, descendo pelo beco da lapa, elas tomaram a rua Conceição, passando pelo lado da matriz de Antônio dias. Dali, subiram por uma ladeira, a antiga rua do ouvidor, e passaram pela igreja de São Francisco.

- Não é linda? - suspirou tampinha, fazendo pausa para um fôlego. - atrás dela está o museu da prata com obras do aleijadinho, qualquer hora a gente vem visitar...
Lília fez que sim. Depois, tampinha falou do casarão onde elas estavam encostadas. As janelas da casa rosada olhavam de frente para a igreja de São Francisco. A expressão de tampinha era meio triste..

- nesta casa morou o poeta Tomás Antônio Gonzaga - disse. - O poeta da inconfidência, já ouviu falar dele?
- sim, quando estudei história.
- Não é a mesma coisa! - rebateu tampinha. - Quando a gente estuda história, tudo é frio, somos obrigados a decorar nomes e datas. Por isso, a gente acaba perdendo o interesse. Aqui em ouro preto, é diferente, porque você tem a impressão de que todas essas pessoas ainda estão vivas, passeiam entre nós, conversam, amam, riem, choram.. E a morte não as levou. Escute, você acha que sou maluca?
- Por quê? Só por estar sonhando com os olhos abertos?
- É! Os jovens de hoje não curtem essa de sonhar, mas eu curto, sou romântica. Não é pra qualquer um que abro meu coração, sabe? Não gosto de gozação. Mas você tem jeito de também ser romântica. É por isso que me abro sem medo.

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Oi gente, quero pedir desculpas pela demora a publicar novos capítulos. É que aconteceram várias coisas.. Enfim, quero avisar que todos os dias, sem falta, haverá capítulo novo. Beijos é nóis..
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A ladeira da saudadeOnde histórias criam vida. Descubra agora