9- Preparativos

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Quando o despertador tocou, às cinco da manhã, Lília já estava acordada fazia tempo. A emoção da viagem havia-lhe tirado o sono, só conseguiu dormir depois da meia-noite e, assim mesmo, um sono agitado.
Acendendo a luz, trocou de roupa e fechou as malas, que havia preparado na noite da véspera sem a ajuda da mãe. Coçou a cabeça.
- Será que peguei tudo o que vou precisar? Acho que sim. Tenho de aprender a me virar sozinha. Se faltar alguma coisa, compro em ouro preto. Em seguida, desceu para a sala. Estava escuro lá; porém, na cozinha, viu a luz acessa. Surpreendeu-se ao ver tia ninota coando café.
- oi tia, a senhora tomou o lugar da Alice?
- dei folga para ela - respondeu a tia, dando uma olhada. - está pronta?
- Estou...
- pegou as roupas direitinho?

Lília fez que sim, intimamente pensando: "será que vão parar os interrogatórios da mamãe para começar os de tia ninota? É dose!"
Pouco depois, dr. Rui descia. Meio rouco, meio resfriado. Dona Flávia não desceu - mandava um beijo para a filha e desejava boa viagem. Lília achou que assim era melhor, facilitava as coisas. Depois do café, os três seguiram para o aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, guarulhos.
O sol estava começando a despontar no céu azul, a cidade já se mostrava movimentada. E junto aos pontos de ônibus, as pessoas bocejavam, sonolentas.

A ladeira da saudadeOnde histórias criam vida. Descubra agora