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Viro na cama, mas não consigo dormir, a música do lado de fora é muito alta e as pessoas conversam e gritam alto do outro lado da porta, minha cabeça começa a latejar e agradeço por estar parcialmente no escuro.

- Minha mãe vai me matar se eu dormir aqui. – sussurro e me sento, olho ao redor do quarto. A cama de casal era o que ficava no centro encostada na parede, de um lado tinha uma escrivaninha com a luminária acesa e um iMac, do outro, uma cômoda e uma porta, provavelmente o banheiro.

Coloco meus sapatos novamente e passo minha bolsa pelo ombro antes de sair do quarto. Assim que abro a porta percebo que a festa não está tão lotada como estava antes, as pessoas já começavam a ir embora e as que sobraram apenas conversavam e bebiam, alguns casais ainda se encostavam às paredes, mas nada parecido à algumas horas antes. À quanto tempo será que estou aqui?

Assusto-me quando uma mão segura meu braço com força, mas nada se compara ao que senti quando encontrei seu rosto.

- Frank? – minha voz quase não sai.

- Oi Kath. – sua voz está lenta, mas não por causa do quanto eu tinha bebido, mas por causa do quando ele tinha. Ele se inclina na minha direção e eu congelo ao pensar que ele vai me beijar, mas sua cabeça acaba apoiada no meu ombro.

- Você pode, por favor, sair de cima de mim? – coloco as mãos nos seus ombros para tentar afasta-lo, mas não tenho sucesso.

- Cuida de mim, Katherine. – ele olha para mim com o rosto à poucos centímetros do meu. – Como você costumava fazer. – ele chega mais perto e fecha os olhos, agora eu tenho certeza que ele vai me beijar.

- Sai! – com todas as forças restantes o empurro, ele não se mexe muito, mas se assusta e se afasta.

- Porque, Kath?!– ele grita e bate na parede. – Porque você sempre tem que ser essa vadia?!

Algumas pessoas já pararam de fazer o que quer que elas estivessem fazendo e olham para nós dois, e sinto um alívio quando vejo que uma dessas pessoas é Léo,  ele olha por cima das pessoas com a testa franzida, provavelmente tentando entender quem eram as duas pessoas brigando. Sua testa se suaviza quando ele me identifica, mas seus olhos parecem se preocupar ainda mais quando ele caminha na nossa direção.

- Presta atenção em mim! – Frank grita do meu lado quando desvio o olhar dele para ver Leonardo.

- Calma, cara. – alívio toma conta de mim quando Léo se coloca entre nós dois, ele tem uma das mãos no peito de Frank e o outro braço ele usa para criar uma barreira entre nós.

- Vadia de merda! – Frank continua gritando por cima do ombro de Léo, começo a me sentir humilhada. Leonardo empurra de leve o peito de Frank, mas é o suficiente para ele se desequilibrar um pouco e dar alguns passos para trás.

- Para. – a voz de Léo é firme e ele tem seu dedo indicador no peito de Frank para mantê-lo afastado.

- Quem é você, idiota? – os olhos castanhos de Frank estão vermelhos, assim como suas bochechas, ele estava basicamente se irritando sozinho, porque ninguém o estava provocando.

- Ninguém. – Léo responde e dá de ombros.

- Eu não vou sair daqui até ela... – ele aponta para mim, olho para baixo. – conversar comigo!

Frank passa sua mão por baixo do braço esticado de Léo e agarra meu pulso com tanta força que seus dedos deixam uma marca branca no meu braço, com um movimento rápido, Léo conecta seu punho fechado ao maxilar de Frank, que cambaleia para trás e acaba caindo em cima de algumas pessoas. Frank leva a mão até o queixo, do canto dos seus lábios se escorre um pouco de sangue. Mesmo tonto ele tenta socar Léo de volta, mas ele segura seu punho e dá alguns passos na sua direção, ficando com o rosto a centímetros do dele.

Magnets ➳ Leonardo DicaprioOnde histórias criam vida. Descubra agora