12 ✿ тнe paѕт вeнιnd υѕ

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Léo abre um sorriso sincero e vejo seus olhos se iluminarem, só de ver seus dentes brancos abertos naquele sorriso perfeito, fico feliz de ter dado à ele uma chance de se explicar.

- Vem comigo? - ele pergunta.

- Eu não posso deixar meu carro aqui. - aponto para meu carro estacionado à alguns metros.

- Nós só vamos dar uma volta, depois eu te trago aqui e você vai embora.

Hesito um pouco, eu não queria admitir, não queria nem pensar nisso, mas depois de tudo que ouvir sobre ele acabei criando um sentimento que eu realmente não queria criar. Medo.

Ele não parecia perigoso, mas eu não sabia nada sobre ele, além de seu nome. Me convenço que esse é o problema aqui, eu realmente preciso conhecê-lo melhor, só depois que o fizer, serei capaz de julgá-lo.

- Tudo bem. - digo e ele acena com a cabeça.

Nós entramos no carro dele e ele dirige em silêncio por alguns minutos, por mais quieto que o carro esteja, minha cabeça dói de tanto barulho dentro dela. Meus pensamentos não param nem por um segundo, eles estão literalmente me enlouquecendo. E se o Léo fosse tão perigoso como ele diz ser? E se ele andasse com uma arma ou alguma coisa do tipo? A partir do momento que esse pensamento específico aparece na minha cabeça sinto vontade de abrir a porta do carro e pular. Então eu olho para ele, meus olhos estão arregalados e eu balanço minha perna inquietamente, Leonardo por outro lado não parece nervoso e nem um pouco desconfortável, ele dirige com apenas uma das mãos, a outra ele usa para apoiar sua cabeça, com o cotovelo na porta.

- Para onde você está me levando? - tento controlar o pânico na minha voz, ele me olha com um sorriso divertido e a testa franzida. - Quer dizer... Para onde nós estamos indo?

- É surpresa. - ele volta à olha para frente. - Pare de falar como se eu fosse te matar.

- Que? Eu não tô...

- Tá sim. - ele me olha pelo canto do olho e eu apoio a cabeça na janela.

Léo estaciona e eu me surpreendo quando vejo a praia de Santa Monica na minha janela, me viro para ele mas Leonardo já saiu do carro e passa correndo na frente do carro, abrindo a porta para mim.

- Nós vamos para o seu apartamento? -aponto para o outro lado da rua.

- Não. - ele pega minha mão e me puxa pelo estacionamento até estarmos no píer.

A roda gigante acesa me traz lembranças que fazem meu estômago se encher de borboletas, pela primeira vez desde que entrei no carro de Léo me sinto confortável por estar com ele, ele ainda me puxa e eu observo suas costas sob a blusa preta e seu braço que me arrasta, seus músculos tensos por baixo de sua pele dourada.

Algumas pessoas caminham por ali, alguns adolescentes, provavelmente mais novos que eu, conversam e riem enquanto bebem o que parece ser cerveja sentados em um banco perto da montanha-russa, alguns casais caminham de mãos dadas e as vezes trocam olhares apaixonados,  o que mais chama minha atenção é um casal de idosos sentados em um outro banco mais para frente, os dois tem os cabelos grisalhos bem curtinhos, o homem abraça os ombros da mulher e ela apoia a cabeça em seu peito. Fico pensando se algum dia serei capaz de fazer isso com alguém, sentar em um banco e me sentir amada pela pessoa que eu mais amo. Se algum dia isso acontecer, terei certeza que encontrei o meu final feliz. Mas nesse momento, tudo que me resta é lidar com meus problemas, e o mais recente deles caminha à poucos metros de mim.

Observo quando Léo se senta na beirada do píer e dá alguns tapinhas no lugar ao seu lado para que eu me sente, e eu o faço sem pensar muito. Apoio minha testa na barra de madeira que impede as pessoas de caírem no mar e balanço minhas pernas no ar.

Magnets ➳ Leonardo DicaprioOnde histórias criam vida. Descubra agora