Magnets ➳ Leonardo Dicaprio

11 ✿ oн proмιѕeѕ!

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Meu coração para. Como assim "quem vende, não usa"?

- O que você disse? - me inclino um pouco sobre Anna, ela ainda sorri, mas seus olhos permanecem fechados.

- Ops. - ela vira para o outro lado e se encolhe para dormir.

Levanto do sofá e cambaleio um pouco, Adam segura meu cotovelo e evita uma queda embaraçosa, meus pensamentos estavam tão confusos e eu estava tão em choque que não percebo quando Leonardo entra no camarote, ele parece tão surpreso em me ver, como eu estou em vê-lo.

- Kath? - Adam grita no meu ouvido para que eu possa escutá-lo. - Está tudo bem?

- E-eu estou b-bem. - é o que consigo responder, sem tirar os olhos de Léo por um segundo, ele me encara com os olhos semicerrados e a testa franzida em dúvida.

Me solto de Adam e aceno com a cabeça para ele em um "obrigada", pego minha bolsa no sofá e abaixo a cabeça, esperando poder passar por Leonardo sem que ele me interrompa, afinal, depois que bati a porta do carro, assumi que o que fosse que estivesse acontecendo entre nós, tinha acabado. Passo por ele e ele não me segura, e percebo que queria que ele o fizesse.

Por dentro, estou pirando, não consigo imaginar aquele garoto, vendendo... drogas. Por que ele faria isso de qualquer maneira? Chego nas escadas e sinto alguém segurar meu braço de leve, me encho de esperança por imaginar o óbvio, mas me viro e vejo Adam.

- Você já vai? - ele pergunta.

- Já.

- Você se importa se eu for com você? - ele pergunta, mesmo no escuro vejo seus olhos azuis implorando.

- Acho que não.

Ele abre um sorriso, aquele sorriso que lembra tanto o do irmão, o irmão que infelizmente eu começava a criar sentimentos, mas e agora? O que eu faço com esse sentimentos? Coloco-os dentro de uma caixinha e a tranco, jogando-a no mar depois.

Adam e eu saímos do The Avalon e adoro sentir o ar fresco da noite, já começava a me sentir um pouco zonza com a informação que foi jogada em cima de mim por Anna. Procuro em minha bolsa a chave do meu carro e percebo que estou tremendo um pouco, sinto que Adam observa cada um dos meus movimentos.

- Você está nervosa ou alguma coisa do tipo?

- Um pouco. - não sou boa em mentir, por isso sempre opto pela honestidade.

- Posso te fazer uma pergunta? - ele olha para a boate atrás de mim, afirmo com a cabeça. - Você e o meu irmão... O que está acontecendo?

- O quê? - pergunto um pouco nervosa. - Porque você acha que está acontecendo alguma coisa?

- Fala sério, Kath... Só um cego não veria o jeito como você fica nervosa quando ele aparece, ou como ele olha ao redor quando você está por perto, só para ter certeza que ninguém está olhando para você.

Do que ele está falando? Como ele poderia reparar nessas coisas se nem eu mesma reparava, admito que só de estar próxima de Léo eu sentia uma pequena vibração no estômago, e uma vontade incontrolável de ficar perto dele.

- Nada. Não tem nada acontecendo entre nós, Adam.

- É... - ele ri, eu disse não ser boa com mentiras.

- Eu nem gosto dele, acho ele muito... muito... arrogante. - é o que consigo dizer, na tentativa de fazê-lo acreditar em mim.

- Boa sorte então. - ele aponta com a cabeça para trás de mim, é o tempo de eu me virar para Adam desaparecer, me deixando sozinha com um Leonardo que caminha na minha direção.

Léo aponta para mim e com os lábios diz "Não fuja", penso nas chances de eu realmente sair correndo dali, são poucas porque ele já está próximo suficiente para me segurar caso eu corra.

- Oi. - ele diz quando para na minha frente.

- Não. Você não vai fazer isso. - dou as costas para ele e consigo dar alguns passos até ele segurar meu pulso.

- Você não quer mais falar comigo? - ele pergunta, seu cabelo dourado jogado para trás.

- Não! - tiro meu pulso de entre seus dedos. - Eu não quero ser sua amiga, Leonardo. Eu não quero ser nada sua. - digo e me arrependo instantaneamente quando vejo seus olhos azuis ficarem nublados, eu tinha feito o que achei ser impossível, deixei ele triste.

- Kath,eu te afastei porque...

- Porque você é "perigoso" - faço aspas no ar. - Você já disse isso. Eu não quero nada de você, só peço para que não me faça de idiota. Se você quer que eu suma, me deixe ir.

- Eu quero te contar a verdade. - ele cruza os braços, ignorando completamente o que eu acabei de dizer.

- Que você é um traficante? - digo e ele arregala os olhos.

- Quem te falou isso? - ele se abaixa um pouco para olhar nos meus olhos, ele olha tão fundo que qualquer emoção que passar por mim, tenho certeza que ele irá capturar.

- Não interessa quem me falou! É verdade, não é? - digo e ele não fala nada, só olha ao redor.

- Eu te falei que tinha feito muita merda. Mas tem muita coisa sobre mim que você não sabe, que ninguém sabe. - ele coça a nuca.

- Eu não quero saber. - dou de ombros.

- Não faz isso. - ele implora e eu posso sentir todo o muro que eu construi nos últimos minutos sendo derrubado aos poucos.

- Você vai me afastar. - digo e ele nega com a cabeça, fazendo alguns fios de seu cabelo caírem na sua testa.

Ele levanta o dedo mindinho na frente do meu rosto.

- É uma promessa. - ele arqueia uma sobrancelha.

Hesito por alguns segundos, penso em todos os riscos, em todos os pares de ação e reação, peso os prós e contras, penso no que seria certo e no que seria errado. Mas mesmo assim...

- É uma promessa. - levanto minha mão e entrelaço nossos dedos, criando ali, um laço que todas as vozes dentro de mim gritam ser bem mais forte do que eu jamais poderia imaginar.

E aí, gostaram do capítulo? Não se esqueçam da estrelinha! Ela só brilha se você clicar nela. Também não se esqueçam dos comentários (daí eu brilho kk). Até o próximo cap, prometo não demorar muito para postar.