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Puxei o ar com toda força que eu tinha. O que de nada adiantou de fato, minhas mãos estavam geladas, minha respiração oscilava a cada segundo. Minha vida parecia estar fugindo do meu controle, entre meus dedos, e eu já não podia fazer nada em relação a isto.

Segurei a alça da minha pequena mala, em uma tentativa de me acalmar, eu acabava de sair do avião, estava em Los Angeles. Só ouvia falar desse lugar em filmes, ou seriados que amo.

Varri o local tentando encontrar alguém, mais precisamente, meu pai. O qual eu não via dês dos meus três anos de idade, se não fosse pela foto que tinha dele, talvez eu nem lembrasse, mas do seu rosto.

- Senhorita, Maxwell?

Me virei instantaneamente ao ouvir meu sobrenome. Um homem segurava uma placa com meu nome.

Balancei a cabeça confirmando, um sorriso largo foi dado em seus lábios.

- Sou Martin, motorista do seu pai. O senhor Ian, pediu que eu a pegasse.

- Ah, tudo bem. - respondo aleatoriamente. Não era surpresa alguma que meu pai não estivesse vindo. Mas mandar um.... Motorista.

Martin, pegou minha mala um tanto surpreso, me questionando o porquê de apenas uma mala. Talvez eu devesse dizer que não tinha muitas roupas, mas preferi guarda para mim essa informação.

Meus olhos se chocaram com o enorme carro a minha frente, Martin abriu a porta para que eu entrasse.

Agradeci com um sorriso, não pude deixar de notar como era confortável. Sempre soube que meu pai era rico, mamãe e ele havia se separado depois que eu nasci. Alguns anos depois ele havia se casado com um homem, o que chocou a todos.

O motivo do choque, só vim entender depois. Minha família sempre foi religiosa demais, menos eu. Minha mãe havia proibido que ele me visitasse, e com o tempo deixou de fazer falta.

- Sinto muito. - Martin me tirou dos meus pensamentos. - Por sua mãe. - ele completou me olhando pelo espelho. - O senhor, Ian explicou o que houve.

- Obrigada. - foi tudo que consigo dizer, minha garganta se fechava.

- E meus parabéns.

Sorri de volta para ele, Martin me olhava solicito. Com tantos problemas havia me esquecido que hoje era meu aniversário de dezessete anos. Minha mãe nem estava ao meu lado como todos os anos, muito menos me faria seu tradicional bolo de chocolate. Nem mesmo tive tempo de chorar sua morte, a dois dias eu estava a enterrando, e logo depois sendo mandada para morar com meu pai.

O carro ao pouco foi diminuindo velocidade. Voltei minha atenção para o local, e mal pude prestar atenção em mais nada a não ser a enorme casa a minha frente, estava mais para uma mansão.

Arvores lindas davam vida ao lugar, era como estar dentro de um filme. Martin manobrava o carro, Com certeza deveria ter uns dez quartos.

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