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Capítulo dedicado a minha melhor amiga, obrigada por estar sempre me incentivando. Amo muito você.

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Meu dia passou tão confuso na minha mente, mal havia prestado atenção nas aulas, nem mesmo quando o professor me perguntou sobre algo que sempre soube, apenas me calei.
Já não havia muita coisa da antiga Charlotte em mim, era como se eu agora fosse outra pessoa. Uma pessoa que enche a cara, dança para um cara, e beija a qualquer hora do dia. Suspiro enquanto ajudo Dorota pôr os pratos na lava louça. O jantar havia sido divertido, meu pai e Max resolveram irem em uma reunião de amigos, preferi ficar. Depois da bebedeira de ontem, meu estomago e cabeça ainda doem.

- Senhorita, tem visita. - Dorota chama minha atenção para ela. Ao me virar para encontrá-la, sinto o ar me faltar.

- Está tudo bem Dorota, pode se recolher. - digo a ela. Minha pulsação está alta. - O que quer aqui, Harry? - volto minha atenção aos pratos.

As mudanças de humor dele, vão acabar comigo.

Ele espera Dorota nos deixar a sós.

- Conversar, Charlotte. - Harry diz se encostando perto de mim falando no meu ouvido.

Droga como ele chegou tão rápido perto de mim desse jeito pensei com o coração já saindo para fora.

- Não parecia, já que me expulsou do porão.

- Sim o mesmo porão, que você praticamente fodeu com o, Louis.

- E você com a Kendall. - digo em irônica virando para o encarar.

Harry encostou nossos corpos agora colados com força no balcão o que fez minhas costas doer, o que não levei em conta, com uma das suas mãos retirou meu cabelo para o lado, colocando seu rosto no meu pescoço e sentindo meu cheiro, a sensação é extraordinária.
O toque da pele dele contra a minha era como trovoes, meu corpo em segundos já estava arrepiado e pedindo mais, como um suplico, tento me controlar

- Kendall não representa nada. - sua voz sai como um murmúrio.

- Mesmo assim, odeio ver você com ela. - murmuro enquanto minhas mãos caiam de lado, me deixando totalmente a mercê dos seus toques.

- Sente ciúmes, Charlotte? - a voz dele me tortura, me sinto novamente entregue a ele.

- Um pouco. - confesso sem arrependimentos.

Harry me puxa com mais força contra seu corpo.

- Assume que morreu de ciúmes, me diz Charlotte.

- Não é um jogo, Harry. - e não era mesmo. Lanço um olhar sedutor a ele, por fim ele parece esquecer esse assunto.

Harry me olhou cedendo aos meus encantos, segundos depois nossos lábios já estavam colados um no outro. O que antes era um beijo suave de início, mas que logo se tornou mais voraz, mais faminto, chegando ao ponto em que apenas beijar não era mais suficiente para mim.

- Podemos termina essa conversa no meu quarto se você quiser. - minha voz sai sem folego, estar com Harry não é mais questão de dignidade ou não, e sim necessidade.

- Charlotte, você sugerindo isso é tão obsceno e sexy. - Harry sorrio.

- Já disse que não sou freira. - rebato.

Ele me olha com uma intensidade que eu jamais havia visto antes, e eu ainda podia sentir seus dedos puxando com força meus cabelos, mas não reclamei.
Tive um momento para sentir o poder que sua proximidade exercia sobre mim, ficando praticamente hipnotizada por seus olhos que insistiam em fixar os meus. Sua respiração estava pesada contra meu rosto, e cada vez que ele expirava eu podia sentir o cheiro de menta do hálito dele, despertando em mim o nervosismo que havia conseguido evitar durante todo o tempo.

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