21 - Por que a morte?

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O dia começou frio, sendo um típico dia de inverno. Estava tremendo devido ao vento que parecia derrubar ainda mais a temperatura, que já era negativa.

Logo ambos chegaram juntos e foram bem diretos.

-O que foi? -disse Colby.

-Vocês ficaram sabendo que meu tio será o novo Xerife do condado?

-Não -respondeu Grace.

-E como primeiro ato, ele vai tentar prender Derek.

-O QUÊ? Como assim? -gritou Colby.

-Ele me disse que Derek está envolvido com o tráfico.

-Nossa! -Grace nos ajuntou e apontou para o lado do corredor, mostrando Derek caminhando em nossa direção.

-Olá gostosos -ele pisca para nós.

-Oi -Colby responde tímido.

-Depois terminamos a conversa -digo.

-Não precisa ser depois, eu já ouvi tudo -Derek se irrita um pouco.

-Derek, não precisa ficar bravo -Grace advertiu.

-Vocês não entendem, minha vida é um inferno. Mas logo porei um fim a tudo isso -ele responde e sai andando apressado.

-Hey, espera -corremos atrás dele e o puxo pelo ombro.

-Agora nem paz eu terei mais? -ele realmente estava irritado, neste momento estavamos do lado de fora da escola, somente nós.

-Calma, esclareça tudo primeiro -Grace insistia.

Nos sentamos na sarjeta e ele começou:

-Tudo começou em uma festa há alguns anos, eu precisava de dinheiro e um homem apareceu e me ofereceu participar da venda de drogas que eu teria dinheiro garantido, logo consegui o dinheiro que precisava em casa, mas não conseguia sair desse mundo e fui subindo cada vez mais, até me tornar um dos maiores chefes do cartel dos condados vizinhos e deste -uma viatura dobra a esquina e podia ver meu tio dentro, Derek se levanta como se sabendo de seu destino -bem, chegou a hora de encarar a justiça.

Nos levantamos também, sabíamos que ele seria levado, então nada podíamos fazer.

-Ou será que não? -de repente ele sai correndo numa velocidade incrível para alguém do porte físico e preparo dele, estando a cem jardas da gente em alguns segundos.

Meu tio estaciona a viatura ao nosso lado e grita:

-Andiamo! (vamos!).

Entramos rapidamente e ele saiu em disparada atrás do traficante fujão.

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Ele estava lá. Parado na beirada da ponte olhando para baixo, sem a pesada blusa que usava e sem camisa. Meu tio estaciona a viatura e descemos.

-Derek, não faz isso! -gritou Colby.

-É cara, não precisa ser assim -Grace tentou ajudar.

-Se afastem, quero falar somente com Luke.

Eles se afastaram e meu tio arregalou os olhos para mim, fui me aproximando devagar.

-Derek, por favor, não pule.

-Luke... Luke... Minha vida está impossível, por isso não quis voltar da Itália, já sabia que isso aconteceria e que eu teria que tomar medidas drásticas.

-Sim, mas você pode recomeçar...

-Não há como recomeçar. E eu só te peço desculpa por ter te usado de cobaia para aquela droga que aumenta os sentidos da pessoa, mas diminui a reação cerebral.

-Não importa Derek, você não pode prosseguir com isso...

Ele começa a projetar seu corpo para fora, mas pára e continua a falar.

-E com você foi diferente, eu realmente gostei de você, Rose te explicará melhor isso, peça à ela.

E nesse momento ele se jogou da ponte. O rio era um pouco profundo e a ponte alta. Os outros correram para a beira da ponte para tentar fazer algo, mas era tarde de mais. O corpo dele atingiu a água e a espirrou para cima, gerando ondulações. Colby estava desolado ao nosso lado.

Mas um novo mistério havia sido revelado: o que Rose havia com isso?

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