Ascendendo em Uriel

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Anthony estava deitado sobre a grama da entrada de sua casa. O céu estava limpo, e o sol iluminava gradativamente para um verão nos olhos de Anthony. Rochel tinha marcando de vir a sua casa para jogar videogame. Halo, para ser mais exato.

Rochel Archejel era sua melhor amiga desde sempre. Ele nunca parou para pensar em um dia que não passou longe de Rochel. Eles poderiam parecer um casal bonito agora que estavam na adolescência. Um garoto de cabelo loiro escuro e olhos castanhos, e uma garota de pele morena, e de olhos azuis. Mas o relacionamento deles era só amizade.

- Está na brisa das nuvens? - perguntou Rochel a chegar de fininho.

- Não tem nuvens no céu - disse Anthony rindo.

- Esse é o ponto - disse ao se deitar do lado de Anthony. - Está tão na brisa que não está vendo que há muitas nuvens carregadas no céu.

- Ro, você está louca? - Então, Anthony olhou mais afundo no céu. E nuvens foram se formando e cobrindo o céu. Logo veio a chuva forte e correram para dentro de casa. - Você pode estar certa sobre eu estar na brisa, mas... - Rochel começar a mexer no cabelo dele.

- O que aconteceu com seu cabelo? - perguntou preocupada.

- Ele só está um pouco molhado - afirmou mexendo nele e pingos caíram deles. E olhou para Rochel que estava com uma preocupação estampada no rosto. - O que foi?

- Seus olhos - disse e neste instante Anthony correu para o espelho cumprido que ficava na sala de jantar e não viu nada que pudesse causar a preocupação de Rochel.

- Não tem nada de errado comigo, eles continuam castanhos... - começou a dizer e neste momento seus olhos ficaram com uma cor dourada e os cabelos da mesma cor dos olhos junto um raio que brilhou na casa toda. - O que foi isso?

- Agora.

Anthony não tinha entendido o que "agora" significava, apenas que não tinha tempo para pensar naquilo. Ele ainda estava assustado com o que tinha acabado de ver, nunca levou tanto susto quanto naquele momento.

- Caelum! - exclamou Rochel em uma voz que Anthony nuca ouviu falar, e aquela voz fez algo crescer dentro de si. Algo que nunca sentiu na vida: bom ao mesmo tempo perigoso.

- O que é Caelum? - perguntou depois de alguns minutos depois.

- Não é nada. Preciso conversar com você. Contar uma coisa. - disse com pressa tão absurda como se estivesse para perder um trem.

- Fica pra depois - disse puxando ela para a sala. - Vamos jogar.

Rochel parou de súbito puxando Anthony para perto dela.

- Precisa ser agora Tony!

- Mas por quê?

E das janelas da cozinha, sala, quartos e todas as outras um clarão se formou, os vidros explodiram muito rápido que Anthony sentiu um pedaço de vidro cortar o lado esquerdo de seu rosto.

Ele só pode ver um par de asas brancas com algumas linhas douradas envolta de si, protegendo-o. Tony estava agachado e curvado, ele virou a cabeça para ver, e se deparou com Rochel; os olhos dela estavam brancos, sem íris e pupilas. E linhas finas como rendas estavam por todo seu rosto.

Conforme a luz foi diminuindo, Rochel foi recuando e colocou as asas para atrás dela. Tony não sabia o que dizer. Não sabia como iria contar para seus pais o que tinha acontecido com as janelas.

- O que foi isso? - disse apontando para as janelas. - E você? - Olhou Rochel de cima a baixo. A regata branca que ela estava usando estava com alguns rasgos em lugares aleatórios. -

- Você tem que ir para Caelum - disse pegando no braço de Anthony. - Tony, você tem que confiar em mim.

- Me diga o que é esse tal de Caelum! - exclamou puxando o braço e olhando com desdém para Rochel. Depois tocou o rosto para ver a corte, ele tinha sumido. - E o que foi isso que aconteceu aqui?

- Não posso contar aqui - falou com medo na voz, era possível perceber. - É perigoso.

- O que é tão perigoso?

- Nunca te dei motivo para não confiar em mim - disse num tom de cansaço como se não quisesse mais falar sobre aquilo e o assunto encerrar, isso Tony sabia. - Tem que confiar em mim.

Tony pensou nas vezes que Rochel disse para ele confiar nela, e nestas vezes ele sempre teve sorte em confiar, ele não gostava de mistérios, então aquilo fazia o sangue dele ferver. Então resolveu confiar na amiga.

Rochel pareceu aliviada ao saber que Tony resolveu confiar nela, e não tinha motivo para não confiar.

- Eu juro que quando tudo isso acabar - contou depois que Tony fechou os olhos - por ordem de Rochel - vou explicar tudo para você.

A porta da casa de Tony abre. Eram seus pais.

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