Ascendendo em Gabriel

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Era meia noite e April ainda estava acordada trocando mensagens com Haniel.

A lua estava iluminava o quarto dela, e isto deixava, de alguma forma, April confortada. Os cabelos ruivos dela estavam espalhados pelo travesseiro enquanto digitava desesperadamente.

Ela viva com seus pais no norte de Portugal. Ela estava sozinha em casa, os pais estavam viajando para os Estados Unidos, ela não gostava muitos das pessoas que viviam do outro lado o mundo, ela achava eles arrogantes.

Seu telefone começou a vibrar, era uma ligação de Samuel.

- Preciso falar com você – disse Samuel pelo telefone. April notou uma preocupação na voz de Samuel.

- Está falando comigo agora – disse. – Mas antes. Tenho que te falar sobre o Wallace Pteuburg. Ele e a Jessie Goldstone... é... fizeram o que nunca fiz, e ainda por cima... – logo foi interrompida por Samuel com uma voz irada.

- Não quero saber das coisas que ocorrem em sua escola – disse em um tom sério, isso deixou April um pouco brava. – Não lembro se te falei sobre os Arcanjos, eu já falei?

- Sim, que eles morreram, e alguns jovens receberiam as almas desses e blá blá blá – depois de falar deu um risadinha irritante. – Mas por que está me perguntando isso.

- Está na hora.

- Hora de que?

- April. Vou ser direta. Não quero que ocorra como ocorreu com os outros – aquela não era a voz do amigo que April conhecida, até sentou-se na cama e ficou olhando para a janela que estava a frente dela. – Você tem o pedaço da alma de um Arcanjo junto a sua alma mortal. Você tem que ser protegida.

- Você está usando drogas? – perguntou rindo. – Parece que está.

- Você não está entendendo. Quando um descobre os outros irão descobrir de alguma forma. Onde você está?

- No meu quarto – ela repetiu em tom de duvida. – Mas porquê?

Nenhuma resposta.

- Samuel? – chamou pelo amigo no telefone.

E sem nenhuma resposta novamente. April ficou com raiva por Samuel desligar o telefone na cara dela, resolveu tacar o celular dela no chão, mas ele congela no ar antes de tocar o chão.

April se espanta ao ver que o celular congelou, tampou a boca com as mãos e o pânico começou a tomar contar dela. Rolou na cama de forma frenética e gritava sem parar, ela mesma não entendia o que estava acontecendo, com ela.

Ela correu para se olhar no espelho e se viu com os olhos pretos – sendo que normalmente de cor azul. – totalmente pretos como olhos de demônios. Ela começou a chorar e as lágrimas eram de sangue.

Não deixe o pânico tomar sua cabeça, disse uma voz na cabeça de April, suave como o som de uma harpa e afiada como arame farpado. Ela fechou os olhos, sentiu a calma tomar seu corpo, e os abriu novamente.

Viu o celular cair no chão, e rachar a tela, os olhos estavam com sua cor normal. Ela colocou a mão acima da cabeça e olhou para aquilo e disse:

- Que diabos...

A porta de se abriu.

- Não diga isso depois do que aconteceu – disse Samuelem tom de alerta a entrar no quarto. – Não precisamos chamar algo que pode te matar, ruiva.

April não estava entendendo nada. O que tinha acontecido.

- Han. O que aconteceu aqui? Tudo ficou parado.

- Você já deu sua resposta – falou a recolher o celular quebrado de April do chão. – E vejo que não foi somente isso a se quebrar.

April estava com a cabeça girando. Não estavam entendo nada do que tinha acontecido. Ela não estava pronta para ver uma coisa estranha acontecendo, mas que está preparado para isso? Ela se deitou na cama.

- Não estou entendendo nada! – exclamou batendo os punhos no colchão. – Eu me vi no espelho como um monstro, tipo aqueles de filmes de terror que aparecem nos espelhos.

- Me diga o que mais viu? – Samuelsentou-se no pé da cama e olhou para Apriel. – Depois eu te explico.

- Foi assustador. Meus olhos estavam escuros – explicou, enquanto abraça o travesseiro com força – como quando as pessoas ficavam quando recebem um demônio no corpo, e depois lágrimas de sangue.

Samuel não disse nada. Ficou com uma expressão no rosto. Os cabelos loiros dela estavam embaraçados, notou April. Os olhos de Samuel eram verdes, muitas vezes fazia April que eram irmãos de olhos claros.

- Tenho algo que você precisa ver – disse. – Mas antes que me pergunta o que aconteceu era Estrela das Estrelas controlando você.

- Quem é essa Estrela das Estrelas?

- Não vem ao caso. Mas isso é complicado. Ele é como você.

- Ele? E tem um nome tão...feminino – acrescentou gargalhando ao dizer feminino.

- Preste atenção! – disse Samuel com autoridade. – Ele é como você, uma pessoa que carrega um fardo. Você e mais quatro são portadores de almas celestiais. Miguel, Rafael, Gabriel, Uriel e Jofiel.

- Esses são os nomes das almas?

- Não. Esses são os verdadeiros donos de suas almas. – Samuel abriu as asas que tinham um brilho de cores azul e vermelhas. – Isto é só uma parte da equação.

April não sabia o que dizer naquele momento. Ficou surpresa ao ver aquelas asas – sem fôlego para dizer a verdade –, ela concluiu por si mesma que Samuel era um tipo de anjo. Ela notou que tinham desenhos nas asas que pareciam rendas. A coisa mais linda que April tinha visto. O peito com alguns músculos eram preenchidos com as mesas rendas das asas que brilhavam e elas pareciam a corrente sanguíneo.

- Você é um anjo.

- Se você quiser que eu seja, eu serei.


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