Haven

Escarlate

Anthony não sabia o que dizer para os pais.

- Tony e Rochel o que aconteceu aqui? – o pai de Anthony quis saber. – O que vocês fizeram? E Ro, que fantasia é essa?

- Uma coisa que vocês não têm saber – disse Rochel e com uma rapidez junto ao brilho das marcas em seu rosto colocou os pais de Anthony para dormir com um estalar de dedos. – Pronto.

- O que você fez com eles? – perguntou Anthony ao se aproximar dos pais, mas logo foi jogado para longe, ele não podia tocar nos pais.

- Eles não podem ser tocados – disse Rochel. – Eu sei que é muita coisa para você assimilar. Caelum significa "Céu" em latim. Caelum é o lugar onde está guardada a Relíquia de Uriel.

- Você não fazer isso com eles! – exclamou. – E primeiro não quero saber sobre esse tal de Caelum e, essa Relíquia de Uriel. Quem é um diabo de mundo se chama Uriel?

- Sua alma.

- Como?

- O que você acabou de ouvir – retrucou com a voz seca. – Tony você tem a alma do Arcanjo Uriel, pode parecer meio estranho agora – pegou a mão de Anthony e a apertou. Logo Anthony viu várias imagens em sua cabeça: anjos sendo mortos por espadas de lâminas flamejantes; raios e trovões num céu escuro, e em meio aquilo uma única espada em chamas. – Está vendo?

- Vi uma espada em chamas – falou depois de ver as imagens. – Então é a Relíquia de Uriel?

- Sim. E temos que buscá-la.

***

- Mas onde está a Relíquia de Uriel? – perguntou enquanto andavam pela rua. – Estamos apenas andando pela rua.

- Precisamos falar com alguém antes – respondeu. A rua reta terminava em uma bifurcação. Dois caminhos que Anthony reconhecia; a Rua Hell a esquerda e a direta Rua Heaven. – Vamos seguir pela Rua Hell.

A Rua Hell era pouco iluminada, mas era dominada pelas sombras de poucas luzes da rua, a rua por si era movimentada mais movimentada que a Rua Heaven. A Rua Heaven era completamente iluminada por lâmpadas claras que podiam cegar qualquer um que entrasse de súbito ali.

- Quem é essa pessoa que iremos visitar?

- O nome dela é Scarlet – respondeu enquanto adentraram na Rua Hell, os prédios daquela rua tinham janelas com os vidros quebrados, paredes pichadas, lixo para todos os lados. Ela poderia ser calma, mas parecia que uma guerra tinha acabado de ocorrer no lugar. – Ela vai nos ajudar a encontrar a Relíquia de Uriel.

- Estou concluindo aqui na minha cabeça que você é um anjo – afirmou Anthony. – Essas asas. Somente um anjo poderia ter.

- Sim, sou um anjo – disse Rochel colocando os cabelos ondulados para o lado, na pele morena Anthony pode perceber que no pescoço de Rochel tinha uma marca, como uma cicatriz branca. Um X. – Está marca que você está vendo é a Marca do Céu. Anjos quando caem eles são marcados no corpo por ela.

- Você é um anjo caído?

Rochel assentiu com a cabeça.

- Como a Marca do Céu vem as rendas nas asas – continuou. – Quando estamos no Céu, temos essas rendas, mas elas se misturam as penas – abriu mais as asas. – Mas quando caímos, elas se tornam uma das únicas lembranças daquele lugar.

- E porque nós temos que encontrar essa relíquia?

- Os Arcanjos são nossa força vital – disse Rochel olhando para o chão. – Eu era uma das mensageiras do Arcanjo Gabriel, ele sempre foi gentil comigo. Quando ele se perdeu na escuridão. Uriel foi único que me ajudou a lidar com a perda do Arcanjo.