Acordo e olho no relógio de pulso. São 07:30. Felipe está deitado aida, mas está acordado.
Ana - Bom dia..
Felipe - Bom dia, coração.. Sabe o que eu estava pensando? Em nos dividirmos e irmos atrás de sobreviventes..
Eu conto pra ele sobre as salas que eu e o Caio encontramos ontem e ele amou.
Felipe - Isso é mais um motivo para acharmos sobreviventes !
Ana - Então.. O Caio tem que ir na casa do pai dele pegar a chave do jato..
Felipe - A casa dele é longe. Até chegar lá vai demorar. Se ele for, ele vai ter que dormir lá e voltar no outro dia..
Ana - Sim.. Temos que ir no mercado também..
Eu levanto e vou procurar o Caio. Ele estava falando pro Guilherme de ontem.
Guilherme - Vamos sair agora, enquanto eu e o Felipe vamos no mercado, você e o Caio vai na casa do pai dele buscar a chave e as armas. Ok ?
Ana - Fecho. Mas e o Pedro ?
Guilherme - Ele é um zumbi. Vamos deixar ele trancado aí..
A gente vai se arrumar. O Felipe não gostou muito da ideia de eu ir com o Caio não.
Eu entrei no carro com o Caio e o Gui e o Felipe foi no outro.
Fomos para a casa do pai do Caio. No meio do caminho paramos para pegar água. Eu estava morrendo de sede.
Depois de quase duas horas de viajem a gente chega na casa do pai do Caio.
Caio - A rua aqui está sem movimento. Não vejo nenhum zumbi por perto, que estranho..
Ana - Fica esperto..
A gente sai do carro e o Caio arromba a porta. Logo quando entramos ele coloca a trava de madeira na porta.
Caio - Estamos protegidos. Vamos pegar o necessário e sair daqui.
Ana - Okay.
Ele sobe pro quarto e eu vou beber água. Estou com muita sede ultimamente..
Eu subo pro quarto com ele. Ele está no estoque de armas. Eu entro lá e ele está colocando o máximo de munição possível nas bolsas.
Ana - Não vai levar as armas ?
Caio - Não precisa. Lá tem bastante arma. O que precisamos é de munição.
Ana - Ah..
Eu vou no quarto dele e deito na cama um pouco. Estou cansada. Acabo dormindo.
Acordo. Olho em volta e está tudo quieto. Levanto e desço. Está um cheiro delicioso de comida. Eu vou até a cozinha.
Ana - Que horas são?
Caio - 15:45
Ana - Nossa, Caio. Porque você deixou eu dormir tanto assim ?! Estou dormindo desde às 10:30!
Caio - Ah, você parecia um anjinho dormindo rs e eu aproveitei pra pegar algumas coisas.. Lanternas, fósforos, bolachas..
Ana - Hum.. E o que você fez aí para comermos ?
Caio - Macarrão com queijo.
Caio sabe que macarrão com queijo é o meu prato favorito. E a sobremesa é gelatina com creme de leite.
A gente senta para comer. Comemos em silêncio. Depois eu fui lavar os pratos.
Caio - Será que eles acharam sobreviventes ?
Ana - Não sei.. Provavelmente sim..
Caio - Vou tomar um banho..
Ana - Vamos embora hoje ?
Caio - Eu acho melhor deixar para irmos amanhã. Se formos hoje vamos chegar no fim da tarde.. É perigoso sem energia..
Ana - Ta bom..
Ele sobe para tomar banho. Eu termino a louça e subo. O meu rádio começa a transmitir a mensagem. Era o Gui. Eu deixei o rádio do Caio com ele para nos comunicarmos.
Gui : Ana ?!
Ana : Oi, Gui. Estou ouvindo..
Gui : Vocês estão bem ? Achei que iriam vir mais cedo..
Ana : Estamos sim. O Caio acha melhor a gente ir amanhã.. Vai ficar escuro e sem energia é perigoso..
Gui : Tudo bem.. A gente achou sobreviventes. É um grupo. Tem umas sete pessoas.. Eles estavam no mercado quando entramos, eles foram buscar comida e depois iriam procurar uma casa. Eles disseram que um grupo de militares invadiu o esconderijo deles e matou alguns. Eles conseguiram fuigir..
Ana : Nossa, porque ? Quem era ?
Gui : Eles não sabem informar. Mas devemos ter cuidado também..
Ana : Ta bom, pode deixar..
Eu subo e sento na cama. Caio sai di banheiro e aparece no quarto só de toalha.
Ana - O Gui me chamou no rádio. Ele disse que acharam sobreviventes..
Caio - Hum..
Ana - Os sobreviventes disseram que um grupo de militares invadiu a casa deles e começou a matar todo mundo, eles conseguiram fugir..
Caio - Nossa.. Deve ser o Marcelo procurando a gente..
Ana - O Gui disse para tomarmos cuidado..
Caio - Sabe o que eu estava lembrando ? A chave do jato do meu pai ficou na minha casa.. Ele deixou ela comigo porque eu iria viajar no fim do ano para ver ele..
Ana - Nossa.. Então temos que buscar..
Caio - Amanhã.. Mas sabe do que eu estou com medo ?
Ana - Do que ?
Caio - Do Marcelo. A Jaqueline sabe a onde eu moro.. E se eles estiverem por lá procurando a gente ?
Ana - Temos que tomar cuidado..
Caio se troca e deita do meu lado. A gente dorme.
Acordo 06:30. Caio não está na cama. Eu tomo um banho e coloco a camisa dele. Desço. Caio estava na janela observando.
Ana - O que foi ?
Caio - Passou um carro na rua agora. Era de militar. Eles estão procurando a gente. Provavelmente vão sair arrombando todas as casas.
Ana - Mas eles estão aí ?
Caio - Eles passaram só. Já sumiram..
Ana - Ah..
Eu vou na cozinha e faço o café da manhã. Enquanto a água está esquentando eu sento na copa que divide a sala da cozinha. Caio fica me olhando de longe.
Caio - Você gosta do Felipe ?
Ana - Ah, ele é um cara bacana..
Caio - Hum..
Ana - E você, gostava da peituda ?
Caio - Sim. Ela era sensacional..
Ana - Só se for na cama, porque pra confiança é uma víbora..
Caio - É..
Caio levanta e coloca a água no coador de café. Depois ele vem em minha direção. E fica entre minhas pernas. Ele chega bem perto do meu rosto.
Caio - Mas sabe, eu estava pensando em uma coisa..
Ana - No que ?
Caio - Todo mundo ficava intrigado porque eu nunca fiquei com você.. E eu nunca liguei muito, pois levava tudo na amizade.. Mas eu estava pensando..
Ana - Hum..
Caio vem se aproximando cada vez mais da minha boca. Ele olha nos meus olhos e segura no meu cabelo e a outra mão vai na minha bunda. Ele me puxa para mais perto do corpo dele. Estamos super colados. Ele começa a me beijar. É um beijo tão bom!
Ana - Desculpa, eu não posso fazer isso com o Felipe..
Eu levanto e subo para o quarto. Mas porque diabos eu fiz isso ?! Eu sou uma idiota mesmo, aff.
Eu me troco e fico arrumando as coisas. Caio sobe para se arrumar e eu desço para tomar café. Depois ele desce com as bolsas. Ele está sem camisa e pelas veias nas costas dele, indica que ele está nervoso.
Caio - Vamos.
Ele abre a porta e nem espera eu responder. Eu pego minha arma e corro pra fora. Tranco a casa e entro no carro com ele. Ele esconde as bolsas embaixo do banco de trás.
A gente vai pra casa dele. Ele pega a chave e a gente sai da casa. Quando íamos entrar no carro fomos surpreendidos pelos militares. Era o Marcelo, a Jaqueline e mais uns dez soldados. Eles nos pegaram e colocaram a gente no carro. Caio falava comigo baixinho dentro do porta malas.
Caio - Toma, coloca a chave no seu peito. Provavelmente eles vão querer tirar as coisas da gente..
Ana - Ok.
Chegamos no campus. O Marcelo joga a gente em uma sala e tranca a porta. Fomos sequestrados. Que merda!
