Capítulo 20

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Quando eu chego no laboratório eu vejo o Gabriel e o Marcos arrumando as coisas. O Marcos é o irmão do Carlos, mas eles não se dão muito bem. O Marcos acha uma palhaçada o que o irmão faz, mas é a melhor forma de sobreviver (no conceito dele).

Carlos - E aí, pronta ?
Ana - Claro.
Gabriel - Eu ainda não acho muito seguro que a gente vá agora. Sugiro um treinamento básico com a Ana porque creio que ela ainda não saiba o que possa fazer e isso pode acabar nos surpreendendo lá na frente.
Carlos - Cala a boca. Vocês vão agora.
Ana - Treinamento? Como assim?
Gabriel - Você é capaz de muita coisa.
Ana - Tipo?
Carlos - Vão, agora! Depois conversamos sobre isso.

Ele estende um pano na mesa com alguns equipamentos.

Ele estende um pano na mesa com alguns equipamentos

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Carlos - Vocês vão levar essas coisas. Isso é o necessário para três dias. O furgão de vocês foi trocado por um ônibus. É melhor assim.
Ana - Você quer que a gente sobreviva com apenas uma faca, uma corda, uma bússola, um binóculo, um mapa, um esqueiro, um alicate, um caderno e uma caneta? Qual é, cade as armas ?
Gabriel - Aquilo ali é um GPS ?
Carlos - Sim. As armas não serão necessárias. Sugiro que achem um mercado, pois você vai precisar, Ana.
Ana - Que vontade de arrancar os seus dentes..
Carlos - Faça isso e de adeus aos seus amiguinhos..
Ana - Você me paga!
Marcos - Vamos logo acabar com essa palhaçada?

Terminamos de nos arrumar e saímos. O Marcos foi dirigindo e o Gabriel foi atrás comigo. Ele queria que eu testasse minha força a todo custo.

Ana - Porque eu espalhei pasta de dente por todo o banheiro e porque eu arranquei o gancho da parede quando fui apenas pegar a toalha ?
Gabriel - Então.. Eu queria treinar você por esse motivo.. Você ainda não tem controle sobre suas forças e pode até machucar alguém sem perceber..
Ana - O Felipe.. Eu machuquei ele! Hoje..
Gabriel - Calma, eu vou te ajudar. Você precisa treinar. Tudo bem para você se formos para um campo? Porque precisamos de um local livre.
Ana - Ok..

A gente vai pro campo de futebol. Tinha alguns zumbis na arquibancada mas até eles chegarem a onde estávamos eu já poderia matá-los.
Enquanto o Gabriel me prepara para saber usar minhas forças o Marcos fica de olho nos zumbis.
Gabriel - Está pronta?
Ana - Acho que sim..
Gabriel - Então vai logo!

Ele me entrega um machado e eu vou pra cima dos zumbis. Eu tenho quase o triplo de força de um homem forte. Com pequeno toque suave na cabeça do zumbi ela se parte no meio. Uai, isso é demais! Matei todos aqueles zumbis rapidamente. Depois voltamos para o ônibus.

Ana - Enquanto eu matava eles eu percebi que estava chegando perto deles próximo demais. Eu estava andando muito rápido!

Gabriel - Sua força. Você pode correr bem mais rápido agora. E dar pulos também.
Ana - Uau, isso é demais !

A gente vai para um prédio. Ele está em silêncio, como o resto do bairro.
Gabriel - As escadas estão qubradas!
Ana - Quem mora aqui é esperto. Acho difícil eles querer irem com a gente..
Marcos - Como sabe?
Ana - Os zumbis não sabem ir de elevador. Eles explodiram as escadas para que os zumbis não subam!
Gabriel - Verdade..

A gente usa a corda. O Gabriel lança ela na outra ponta da escada e amarra ela. A gente ai de escada.
Gabriel - Acha que eles vão querer ir com a gente?
Ana - Não sei, mas temos que tentar..
Gabriel - Espero que tenha um bom argumento para isso..
Ana - Eu também..

Ao chegar no primeiro andar eu abro a porta do primeiro quarto. Não vejo ninguém. A gente vai vasculhando o prédio mas em todos os andares não tem nada. O prédio te quatro andares.

Ana - Esse é o último. Espero que encontramos alguém.

Eu abro a porta e vejo uma menininha brincando de Barbie na sala. Ela se assusta quando me vê e corre para o quarto. O Marcos vai para um quarto, o Gabriel vai para o outro e eu fico na sala mesmo. Depois de alguns segundos todos nos encontramos na sala. O Gabriel está com um homem, aparenta ter uns 30 anos. O Marcos está com uma menina e um menino que parece ter uns 17 anos. E eu fiquei com a menininha.

Gilberto - O que vocês querem ?
Ana - Não queremos machucar vocês, inclusive, já pode soltar eles. Viemos aqui em busca de sobreviventes. Temos um lugar ótimo para vocês. Lá tem bastante água, comida e suprimentos. O necessário para sobreviverem.
Gilberto - E quem disse que queremos ir?
Ana - Estamos oferecendo isso porque precisamos de soldados. Você pode se alojar lá com sua família e ser um soldado do exército. Isso é somente para combater os zumbis.
Gilberto - E se não quisermos ir?
Ana - A escolha é de vocês. Mas depois não adianta vir pedir ajuda..

O homem fica pensando. Depois de alguns minutos ele manda as crianças pegarem o necessário.
E assim foi durante o dia todo. Voltamos para casa com mais ou menos 26 pessoas. Carlos ficou muito feliz por isso.

Carlos - Bom trabalho. Amanhã tem mais.

Eu vou pro meu quarto. O Caio não está no quarto. O Felipe estava no banho quando eu entrei.

Felipe - Voltou cedo, achei que iria demorar..
Ana - Pois é, eu também. O que é isso no seu braço?
Felipe - Você. Foi na hora que você apertou..

Meu Deus.. O braço dele estava roxo com a marca da minha mão. Que horror!

Ana - Desculpa..
Felipe - Uhum..
Ana - Desculpa mesmo, Feh..

Ele sai do quarto e eu tomo banho e deito. São 20:30. O Caio entra no quarto com uma bandeja.

Caio - Não vai comer?
Ana - Estou sem fome.
Caio - Mas o Gabriel disse que você iria ter o dobro de fome, e aparentemente você não comeu nada o dia todo.
Ana - Deixa eu aqui sozinha. Quero ficar sozinha, Caio. Sozinha.
Caio - Não, eu não vou te deixar sozinha, Ana!
Ana - Quando eu estou brava você sabe que eu gosto de ficar sozinha! Sai daqui logo!
Caio - Ah, é? E você esqueceu do que eu sou capaz ?!
Ana - Eu não estou para brincadeiras.. Some daqui, porra!
Caio - O Super Caio chegou!

Ele abre os braços quando fala isso. Em seguida ele pula em cima de mim e começa a me fazer cócegas. Eu não aguento e começo a rir. Ele fica fazendo até eu não aguentar mais.

Ana - Aff, eu não acredito que eu ri.
Caio - Quer que eu faça você acreditar de novo?
Ana - Nããão!

Ele começa outra sessão de cócegas.

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