Em busca da felicidade

Cap. 5

Hey pessoal, aqui está mais um cap. para vocês curtirem, espero que gostem, comentem e votem, isso é muito importante para mim! Desculpem se tiver algum erro ortográfico. Este cap. eu dedico em especial para uma pessoa que me ajudou com alguns ajustes para a capa do livro (risos), obrigada  @marcelabasilio

Ronnie

"Lembre-se sempre: Uma palavra tem o mesmo poder que uma arma, só que pior, a buraco de bala pode sarar mas o poder de uma palavra deixas marcas para sempre."

Eu e meus irmãos trabalhamos no campo quando temos tempo livre ou não estamos estudando, senão o trabalho de semear, cuidar e colher as flores fica a cargo de papai e mamãe. Como o campo é longe de nossa casa nossos pais resolveram contratar dois funcionários, por enquanto, para ajudá-los com os serviços enquanto mamãe teria mais tempo para tomar conta da floricultura e atender os clientes.

Quem gosta mesmo de tomar conta da floricultura é Hector, não por gostar de flores mas devido a faculdade que está fazendo, Hotelaria. Ele estuda duas vezes por semana, a noite em uma Universidade aqui perto, Dublin University e está quase concluindo. Hector gosta muito de conversar com pessoas diferentes e algumas delas que aparecem aqui se surpreendem por um rapaz tão jovem de apenas 23 anos já ser tão bem enturmado e sabido assim, tenho que admitir que meu irmão é bem inteligente e sabe falar várias línguas além do inglês e também se virar muito bem com o irlandês, ele sempre diz que um dia ainda vai ser dono de uma grande rede de hotéis espalhados pelo mundo todo, ele é ganancioso, mas por trás dessa ganância eu posso sentir que existe um sentimento, um sonho de ser feliz. Porém, ele nunca foi feliz vivendo aqui, ele sempre quis mais do que viver rodeado de flores mas como essa é sua única opção por enquanto ele tenta agradar aos pais e mostrar que pode sim, manter um negócio de pé.

Hector sempre quis muito morar em Londres, ele diz que lá sim seria um ótimo lugar para se viver com tudo o que ele sempre desejou para sua vida. Apesar de já ser adulto e depender de suas próprias escolhas e já estar com seu próprio apartamento a algumas quadras daqui de casa ele sempre aparece por aqui. Acho que ele ainda busca a atenção dos pais, o cuidado e o zelo que tinha quando era criança, pois afinal quem não gosta de ter tudo de mão beijada quando quisesse? A infância parecia ser bem mais fácil do que a vida adulta e Hector era uma prova viva e frequente disso em minha vida.

Hec, tem uma namorada de 19 anos, mas os dois vivem brigando. O nome dela é Susan Black e ela nasceu na Flórida. Tem uma irmã chamada Megan, de 15 anos que sofre de uma séria doença que afeta o cérebro, ela sempre esquece das coisas e as vezes acaba nem lembrando do nome ou onde está, ela vive a base de remédio e tratamentos caros. As duas tem uma relação difícil com o pai, Louis Black, um grande empresário que vive viajando. Elas mudaram-se para cá quando a mãe delas Cara, morreu com um câncer incurável nos pulmões. Susan tinha 10 anos e Megan 6.

Depois de dois meses do ocorrido o pai das meninas precisou sair do Estados Unidos a trabalho e vir para Dublin e aqui estabeleceu-se por um curto período de tempo. Contratou várias enfermeiras para tomarem conta da filha mais nova mas raramente ele conversava com ela ou com Susan, dando a desculpa que estava sem tempo mas elas sabiam muito bem que além disso ele não ia visitá-las, porque não tinha coragem de ver mais uma mulher de sua família travando uma batalha contra o câncer.

Há vários meses Louis está viajando pela Europa procurando por patrocinadores, sócios e até mesmo novos negócios. Uma vez que outra manda algum postal para casa, eles vem de Milão, Paris, Alemanha, Dinamarca, Hungria.

Um dia desses ouvi Hector e Susan discutindo em um tom de voz alto alternando com um abafo e sussurros e voltando aos graves e agudos em um canto da floricultura, perto das rosas brancas. Susan dizia entre lágrimas que estava cansada, não aguentava mais as cobranças de Hec e o descaso de seu pai.