Cap. 12

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Hello people! E hj,  mais um capítulo chega para dar continuidade a história da nossa querida Ronnie! E neste em especial ela vai estar completando 18 anos, e esse dia promete muitas surpresas! Acompanhe!

Ronnie

"Não basta seguir o coração; uma vez ou outra, você precisa guiá-lo."

22 de novembro de 2015

Mais uma vez o dia raiou em Dublin, mesmo estando nublado aquele dia era especial. Finalmente completaria os tão esperados 18 anos. Logo que abri os olhos, um fato acorrido na madrugada da noite passado me veio à cabeça.

Tinha levantado para tomar um copo de água e desci as escadas devagar para não acordar ninguém. Mas assim que cheguei na cozinha pude ver as luzes acendidas e meus pais conversando baixinho. Mamãe mexia da leve sua xícara de chá e papai estava apoiado no balcão. Então, fiquei quieta em um canto ouvindo a conversa dos dois. Foi ai que ouvi a palavra "adoção", seguido de "a mãe dela".

No mesmo momento gelei. Meu rosto parecia queimar mesmo estando com frio, então me aproximei mais sem que eles me visem achando que tinha ouvido errado, mas não. Minha mãe continuou:

__ Nós não sabemos quem ela é, nem como toda essa história aconteceu. Ronnie já vai estar com 18 anos e se quiser pode procurá-la conforme foi dito no orfanato. – ela falou com um tom de voz cansado e triste.

__ Eu sei – meu pai disse – Teremos que conversar com ela, afinal ela merece saber a verdade e, nós também.

Meu coração disparava enquanto eu escutava o desenrolar da conversa. Meu cérebro apenas captava algumas palavras incapaz de assimilar tudo isso.

"...Drogas... gravidez na adolescência... doenças..."

Eu sabia que mamãe também tinha tido Hector ainda bem jovem, então acho que no fundo ela também compreendia como era passar por isso, mas mesmo assim era difícil para ela ter que aceitar essa história.

Aquelas palavras me rasgaram por dentro. Seria mesmo verdade tudo aquilo? Que minha mãe biológica apenas me teve por contragosto e porque não queria estragar mais sua vida me entregou para a adoção? Talvez essa fosse a raiz dos meus problemas, de eu mudar tanto de humor em instantes, de sonhar demais, de me iludir. Será que eu fui uma ilusão - mal sucedida, por sinal na vida dos meus pais biológicos? Infelizmente, eu não podia mudar o jeito que era nem podia escolher outra vida. Nem mesmo podia responder essas perguntas sem antes conhecer a minha mãe biológica.

Arrasada, voltei para o quarto e me enfiei debaixo das cobertas enquanto as lágrimas caiam. Mas eu precisava ser forte, pois afinal no dia seguinte mesmo eu poderia esclarecer toda essa história, poderia conhecer minha mãe biológica e perguntar tudo o que queria saber. Eu merecia uma explicação. Apertei meus olhos com força para fazer as lágrimas pararem e depois de muito esforço consegui algum avanço. Eu não podia me permitir inventar coisas que eu nunca tive ideia de como seriam, não podia endeusar nem desprezar minha mãe sem antes conhecê-la e era isso que eu iria fazer. Na manhã seguinte falaria tudo para minha família e querendo eles ou não, viajaria para qualquer lugar do mundo para encontrá-la.

Afastei essas lembranças da minha cabeça e resolvi levantar de uma vez. Olhei para o relógio e eram quase 11 horas, realmente eu havia dormido bastante mas meu corpo e minha cabeça pareciam não corresponder a esse fato. Ainda estava meio grogue quando abri a janela e dei de cara com Bella do outro lado. Ela estava na sacada da casa e quando me viu gritou:

__ Feliz aniversário, bela adormecida! Achei que você não ia mais acordar. Vinha aqui conferir a cada cinco minutos e nada!

__ Bella, sua louca! Obrigada! Mas agora venha aqui em casa comemorar comigo! Minha família toda deve estar aqui! – falei pensado no falatório de casa cheia que aquele domingo seria.

Em busca da felicidadeWhere stories live. Discover now