Cap. 9

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Olá pessoal!! Hj é dia de novo cap. de EBDF e de saber como vai a vida da família Horan, será que o clima vai ainda continuar na bad? Tô achando que não, hein? Mas se quiser saber mais, é só ler e aproveitar!


Ronnie

"Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir."


Na manhã seguinte acordei com uma leve dor de cabeça, olhei em volta e vi que meu quarto ainda estava escuro e a casa silenciosa, olhei para meu despertador laranja na cabeceira da cama e vi que eram exatamente 6 horas da manhã, era atípico eu estar acordada a essa hora a não ser que tivesse de ir para a escola, a chuva parecia ter parado mas no lugar dela o vento forte tomava conta. Tentei fechar os olhos para dormir mais um pouco mas eles insistiam em se manter abertos, ligados. Então, ergui o corpo e apoiei-me nos meus travesseiros, fiquei sentada olhando fixamente para o nada, o escuro. Podia distinguir os traços leves do meu guarda roupa branco e o brilho insistente das estrelas que tinha colado no teto há alguns anos atrás, aquilo me lembrava a infância, nos dias frios de inverno em que nos sentávamos a redor da lareira tomando chocolate quente e ouvindo histórias, mamãe tentando nos ensinar irlandês e papai tocando piano.

E foi assim que eu cresci, nem tão doce quanto pensam nem tão azeda quanto gostaria, mas capaz de muito. Sou curiosa, temperamental, teimosa. Tenho sangue quente, coração mole mas que descobrir ser guardado por uma redoma de gelo, tenho mania de acreditar em sonhos, pessoas incertas e finais felizes, mas eu sinto dentro de mim que estou mudando, algo está se transformando, estou em processo de metamorfose. Dizem que o sofrimento dói, machuca e é verdade mas sem a dor é impossível aprender alguma lição, nos tornar mais fortes, a dor precisa ser sentida para aprender, para crescer. Eu não podia simplesmente ficar me trancando no quarto pelo resto da vida e fugindo das minhas responsabilidades, eu precisava aprender com os meus erros para mais tarde torná-los acertos. Eu não conseguia aceitar uma vida com 50% de chances, eu precisava de todas elas, precisava estar 100%, mas toda essa intensidade era demais para mim, agora posso ver que não sou capaz de administrar tudo de uma vez, é como se um trem sem controle percorresse todos os trilhos e não tivesse parada, talvez eu devesse parar, pôr um fim a esse trem. Ou, embarcar em um outro.

Era isso que eu ia fazer. Começar de novo, é preciso que algo termine para outro começar, não iria ser um caminho fácil mas eu tentaria de tudo para que desse certo. Então, lembrei de alguns trechos da música que Dan estava tocando ontem: "Isn't hard to do", "It's easy if you try", eu precisava tentar, se não tentasse nunca saberia qual o resultado.

Embalada por essas motivações inovadoras, passei um bom tempo pensando em como poderia mudar minha vida e o que fazer até que ouvi ao longe o badalar dos sinos informando que eram 7 horas da manhã. O dia já vinha clareando preguiçoso, os pássaros voando baixo, a buzina dos carros tomando conta das ruas e as pessoas preenchendo a calçada. Pude ver mais um vez que iríamos ter chuva. Hoje era domingo, e como de costume iríamos a missa na catedral e depois voltaríamos para casa conversando alegremente e então prepararíamos o almoço e quem sabe mais tarde fossemos para algum lugar. Mas lembrei que depois daquela discussão as coisas não eram mais as mesmas e nem eu estava disposta a ir à missa e fazer um programa típico de domingo.

Tomada pelo cansaço e pelos bocejos cada vez mais frequentes, decidi tentar dormir mais um pouco e incrivelmente consegui dormir abraçada a meus travesseiros em meio a um ninho de cobertas.

Quando acordei pela segunda vez naquele dia despertada por uma nova mensagem de Bella perguntando porque eu não fui a missa e se eu estava bem, eram quase 10 horas, respondi para ela:

Em busca da felicidadeWhere stories live. Discover now