Cap. 14

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É segunda-feira gente, mas nada de estresse, porque mais um cap. de EBDF está na área!! u.u

Fiquei uns tempos sem postar por causa de alguns problemas ocorridos com o site, mas espero que tudo tenha se resolvido.  Lembram que o último cap. foi um bônus? Pois então, neste cap. voltaremos ao contexto da história, na noite em que a Ronnie descobre o nome da mãe biológica. Se liga nas surpresas que vêm por ai!!


Ronnie

"Henry: Eu não quero que isso termine assim!

Doug: É, mas isso vai terminar assim!"

(Como se fosse a primeira vez)


Estávamos já na sexta-feira e na noite seguinte o baile aconteceria. E ao que tudo indicava iria ser uma noite amena.

Eu não tinha mais falado direito com Bella desde o dia de nossas compras na Griffin. Só sei que toda vez que abria o closet de mamãe e via o vestido lá pendurado, tão lindo que nem parecia de verdade lembrava da sua cara de tristeza. Mas agora eu não podia mais voltar atrás, minha mãe pagou caro por ele, não podia simplesmente devolvê-lo. Ela e papai estavam sendo muito legais comigo depois daquela nossa briga. Mesmo eu tendo deixado alguns dos nossos costumes um pouco de lado, nem ter ido à missa todos os domingos e nem assistir ao programa de sábado à noite no sofá da sala com um balde de pipoca. Apesar de algumas coisas terem mudado nós ainda éramos uma família.

Mas agora eu estava prestes a conhecer minha outra família. Meus pais biológicos. Talvez seria difícil nos relacionarmos no começo, talvez iríamos nos estranhar, mas também poderíamos nos dar bem.

Eu estava muito ansiosa para saber o que ia acontecer. Principalmente depois de saber que minha mãe biológica era uma produtora de televisão famosa e morava em Nova York, não que estivesse interessada em seu dinheiro, longe disso, eu queria na verdade conhecer seu coração. Ela provavelmente deveria morar em uma cobertura super mobiliada e chique e vestir roupas de marca como Chanel e Dior. Deveria comer caviar, tomar a melhor champanhe, água francesa e visitar os melhores restaurantes. Podia até ser casada com um magnata de sucesso.

Assim que terminei de ler o e-mail enviado pelo orfanato de Indianópolis fiquei sem saber o que fazer, fiquei somente encarando a tela do meu computador incrédula com aquilo que tinha acabado de ler. Clare Mitchell, 36 anos, Nova York. Isso significava que a conclusão de mamãe estava parcialmente certa. Gravidez na adolescência. Ela havia me tido com 18 anos, exatamente a minha idade agora.

Lembro que a certo tempo atrás procurei por ela na internet, mas nunca imaginaria que agora estaria procurando por minha própria mãe e que a vi pela primeira vez depois de 18 anos em uma entrevista sobre seu novo seriado. Eu ainda não tinha digerido todas essas informações e as dúvidas dentro de mim só cresciam. Como ia ser depois que eu a conhecesse? Será que ela queria me conhecer? Como eu iria chegar até ela? E o que diria quando a encontrasse?

Havia dentro de mim um sentimento de angústia, de medo e de confusão. No dia que conversei com meus pais sobre encontrá-la ficou claro que ela não queria me conhecer, pois concordou que a escolha de encontrá-la era minha, em outras palavras, ela não queria me achar, então porque eu devia procurá-la? Esse pensamento passou pela primeira vez em minha cabeça. Dei de ombros para mim mesma como se isso não importasse. Agora que sabia quem ela era, iria até ao fim. Ou melhor, até Nova York.

Não queria que nada me afastasse de meus planos. Não queira mandar uma carta ou um e-mail e esperar meses por uma resposta – ou em outro caso, uma não resposta. Aliás, a melhor maneira de conhecê-la seria cara a cara. Olhando nos seus olhos, e então, eu saberia se os herdei dela ou de meu pai biológico.

Em busca da felicidadeWhere stories live. Discover now