Em busca da felicidade

Cap. 2

Ronnie

"Edward Cullen: Eu não tenho mais forças para ficar longe de você."

"Isabella Swan: Então não fique."

(Crepúsculo)

Ah o amor, uma das coisa da vida que não tem explicação, simplesmente acontece...

Meus pais são casados a mais de vinte anos. Minha mãe, Natalie nasceu em Indianópolis, Indiana (EUA) em uma casinha simples e humilde, sempre foi boa pessoa e uma mulher muito dedicada e batalhadora, casou-se com apenas 18, quando se encontrava grávida de meu irmão mais velho, Hector. Como a família dela não era muito rica mamãe conseguiu com muito esforço concluir o ensino médio e logo começou a trabalhar para ajudar sua família. O sonho de mamãe era ser médica, mas infelizmente ela nunca pode realizá-lo. Trabalhava em um restaurante a quase 7 km de sua casa, o salário era razoável e já ajudava muito.

Papai era pianista e sonhava em ser professor na Columbia University, onde fazia Faculdade de Música, sua família era muito rica e morava em Nova York. Quando casou-se com mamãe tinha 22 anos. A família dele ficou muito desapontada, pois eles sonhavam com um futuro brilhante para o filho e não que ele tivesse uma criança e mulher para sustentar. Apesar de terem muito dinheiro aquela família não era uma das melhores e papai salvou-se quando decidiu não mais fazer parte dela.

A história de como eles se conheceram foi a seguinte, me lembro de cada detalhe, pois eles sempre contavam essa história quando éramos pequenos e ainda hoje posso sentir o quanto mamãe (principalmente) e papai sofreram para chegar até aqui.

Era um dia frio em Indianópolis e minha mãe como sempre se dirigiu ao trabalho logo pela manhã e pretendia ficar lá até o anoitecer quando era hora de voltar para casa. Naquele dia mamãe não estava se sentindo muito bem, estava com dor de cabeça e era difícil trabalhar e se concentrar com todo aquele movimento e vozes misturadas. De repente entrou pela porta um belo rapaz na casa dos 20 anos vestindo um sobre tudo preto, guarda-chuva e com uma pasta na mão. O belo rapaz tinha encantadores olhos verdes e um rosto bonito, mamãe de trás do balcão pensou "Mais um cliente.", mas esse em especial mexeu com ela. O rapaz se encaminhou até uma mesa e um garçom foi logo mostrar-lhe a carta, ele pediu uma carne com fritas e um suco de laranja. Foi mamãe quem levou o pedido até lá. Ela foi até a mesa com passos indecisos e encantada pelo rapaz, o caminho até lá parecia longo de mais, mas era só coisa da cabeça dela, é logo ali, só andar alguns metros, mas sem estar no controle da situação a visão de mamãe foi escurecendo e quando ela chegou na mesa do belo rapaz falou com voz baixa e trêmula "Aqui está senhor, seu pedido." E neste momento sua visão falhou totalmente ela cambaleou e acabou derrubando a bandeja no chão respingando em papai o suco de laranja, nesse momento e rapaz levantou-se e pegou-a delicadamente pelo braço, pediu se estava tudo bem e a fez sentar na sua mesa, todos a sua volta começaram a prestar atenção naquela curiosa situação que ocorria e mal sabiam eles e muito menos a jovem garçonete e o belo rapaz que aquilo os uniria e dessa união surgiria uma nova vida, inesperada e cheia de supressas.

O gerente do restaurante logo veio e pediu o que se passava na ocasião, pediu a minha mãe se ela estava bem e desculpou-se com o rapaz pelo incômodo ocorrido, meu pai falou que estava tudo bem mas logo voltou a se preocupar com a situação da moça e pediu se ela queria que ele a levasse a um hospital, pois ela estava muito pálida e fraca, minha mãe respondeu com uma voz quase inaudível "Não precisa, senhor estou bem, desculpe pelo incômodo." O jovem abaixou-se pegou sua mão e disse "Não foi incômodo nenhum, senhorita." E os dois ficaram se olhando de um modo significativo, o que não passou despercebido pelo espectadores que se entreolharam curiosos.