Rosas da sedução

95 11 0
                                    

Pedro Moura

Eu preciso urgentemente parar de ser infantil, ou eu brigo com ela e aceito que nunca mais vamos voltar a sermos amigos ou eu sou legal e tento reconquistar sua amizade. Para de mentir para si mesmo Pedro, é óbvio que as duas opções são ruins pois por mais que eu a queria do meu lado, não irei ter principalmente agora que me aproximei demais, agora ela nunca mais vai olhar na minha cara.

Que ideia de tentar beija-la foi essa? Como conseguir ser idiota a esse ponto? A Catarina tem a droga de um namorado, parece um boneco esquisto sim mas ainda assim é o namorado dela, espero que ele valorize a sorte que tem. Além desse boneco humano, ainda tem o fato dela me odiar e muito e com todos os motivos possíveis.
Talvez eu esteja ficando louco e imagino coisas, mas por alguns segundos ela demonstrou que queria o mesmo que eu porque o seu peito estava subindo mais rápido quando me aproximei e vi desejo no seu olhar. Não! Claro que não é real, estou idealizando uma vontade minha. Qual é aquela regra de Deus mesmo? Ah, não cobiçais a mulher do próximo. Se está escrito que é errado, então é errado e eu vou parar de tentar agarrar uma mulher que não é minha. 
A Catarina é perfeita já tem o namorado perfeito que com certeza irá acompanha-lá esta noite, torço para que ele não vá mas se for não terei o direito de reclamar.

Ajudo minha mãe a arrumar a casa. Mesmo que já tenhamos conseguido organizar tudo, ainda é minha obrigação limpar a casa, mesmo achando isso um saco não posso reclamar, minha mãe já faz muito por mim. Senhorita Heloísa cismou que iria fazer uma festa aqui mas avisei a ela que não queria e ficaria trancado no meu quarto se fizesse então nem insistiu mais pois ela me conhece o suficiente para saber que eu realmente me trancaria, mas prometi a ela que tiraria um dia apenas para ficar com ela e talvez fossemos até para um restaurante de sua preferência, espero que comida japonesa não seja tão caro como aparenta. 

_ Ansioso para sua noite filho?_ Minha mãe pergunta. Agora que já terminamos de arrumar a casa, nos sentamos na sala e essa é a hora da conversa entre mãe e filho ou seja, interrogatório sobre minhas particularidades. 

_ Não sei dizer, em parte sim._ Fazer dezoito anos é a cobiça de todos. A maioria das pessoas almejam a maioridade e comigo não seria diferente, sei que não irá mudar nada pois já tenho responsabilidades desde dos meus quinze anos então vai ser tudo normal mas com um número diferente. Ah, sem contar que agora eu já posso ser preso.  

_ Por que?_ Ela indaga.

_ Dependendo de quem for vai ser uma merda._ Reviro os olhos ao pensar que o namorado da Catarina tem grandes chances de ir. 

_ A Catarina vai?_ Minha mãe pergunta indiscretamente. Nunca vi uma pessoa tão direta quanto ela. 

_ Talvez, eu não sei mãe._ Resmungo um pouco incomodado com essa situação.

_ Meu amor, você está fazendo dezoito anos hoje e eu quero te pedir que aproveite ao máximo esse dia. Chame as pessoas que você nunca imaginou que poderia ser amigo e insista para que sua melhor amiga vá, saia e se divirta e quem sabe até se apaixone, caso aconteça, beije a garota e não a deixe ir. _ Caramba, agora minha mãe virou blogueira? Isso soa como frases de incentivo e todos sabem que incentivo levam a atos imprudentes. Talvez minha mãe esteja certa, eu realmente preciso aproveitar esse dia, sem preocupações pelo menos por hoje.

_ Hm... _ Balbuciei pensando no que dizer. Felizmente a campainha toca, e antes que minha mãe faça outro comentário filosófico sobre a minha vida, corro para abrir a porta. 

_ Carolina?_ Me assusto ao ver a amiga da Catarina na porta da minha casa. Será que a Cat mandou algum recado por ela? Sorrio ao pensar nessa hipótese.   

DestinadaOnde histórias criam vida. Descubra agora